terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Abiec: carne irlandesa pode trazer risco ao consumidor

Pelo site Beef Point (www.beefpoint.com.br) no dia 16/12/2008.

"A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne) recomenda aos brasileiros que estão em viagem na Europa, que não consumam carne irlandesa.

Ao pedir carne nos restaurantes, o brasileiro deve se informar sobre a origem do produto. Se for irlandesa, descarte, diz a entidade. Otávio Cançado, diretor de relações institucionais da Abiec, diz que é "um absurdo" a atitude das autoridades irlandesas e da União Européia envolvidas no episódio de dioxina encontrada na carne da Irlanda, principal abastecedor de carne bovina na Europa. O nível de dioxina na carne bovina foi de 2 a 3 vezes superior ao permitido pelo Codex Alimentarius. Na suína, atingiu 200 vezes.

Cançado acha inadmissível o desleixo irlandês, principalmente quando as autoridades afirmaram que havia uma diferença muito grande entre os níveis da bovina e suína. Diferença existe, mas em ambos os casos há problemas aos consumidores, segundo Cançado.

Por muito menos, a União Européia baniu a carne brasileira dos países do bloco no início deste ano. Na avaliação da Abiec, o país teve problemas, mas nada tão sério como o da dioxina, que causa câncer. "Androulla Vassiliou, comissária européia para a saúde do consumidor, já deveria ter se manifestado sobre o assunto", diz Cançado.

A matéria é de Mauro Zafalon, publicada na Folha de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint".

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Queda no preço do sal mineral

Pelo site Beef Point (www.beefpoint.com.br) no dia 15/12/2008:

"Sal mineral: preço cai após 12 meses de alta

Após 12 meses de alta, o preço do sal mineral, item que mais pesa no custo de produção da pecuária, apresentou queda de 0,39% em outubro na média nacional. Este recuo se deve principalmente à redução da demanda por insumos para a produção de alimentos, decorrente da crise financeira mundial.

Apesar da retração, o custo da suplementação mineral acumula alta de 95,65% em 2008, segundo informações dos Ativos da Pecuária de Corte, publicação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP). Dos dez estados incluídos na pesquisa, Mato Grosso do Sul registrou a maior desvalorização do sal mineral em outubro, de 7,67%.

O levantamento revela também que o Custo Operacional Efetivo (COE) subiu 0,23% em outubro, depois de registrar ligeira queda de 0,05% no mês anterior. No ano, a elevação do COE é de 30,67%. Já o Custo Operacional Total (COT) teve variação mensal de 0,42%, chegando a 27,74% de janeiro a outubro.

As informações são da Agência CNA, adaptadas pela equipe AgriPoint".

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Emissão de metano pela pecuária

Pelo site Beef Point (www.beefpoint.com.br), em 12/12/2008.

"Mapa: pecuária já reduziu emissão do gases

A quantidade de gás metano emitido por quilo de carne produzida reduziu, pelo menos 30%, nos últimos 18 anos. A informação é do professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo, Paulo Henrique Mazza Rodrigues, que participou do workshop sobre Sustentabilidade na Pecuária de Corte, realizado nesta quarta-feira (10), em Brasília. O metano é um dos principais gases que provocam o efeito estufa.

Segundo Paulo Henrique Mazza, um dos fatores que contribuíram para essa redução foi diminuir a idade do abate. "Não foi preciso mexer em nada em relação ao metano. Nós conseguimos reduzir a emissão desse gás trabalhando com estratégias de redução da idade do abate de cinco para três anos", afirma.

Durante o workshop foram apresentadas, ainda, outras ações que podem ajudar na diminuição da emissão de gases pela pecuária brasileira. Entre elas, a recuperação de áreas degradadas, controle do desmatamento, melhoria de qualidade das forragens, manejo adequado das pastagens e também o incentivo aos programas de sustentabilidade agropecuária.

O Programa de Integração Lavoura-Pecuária-Silvicultura (ILPS) e o Sistema Agropecuário de Produção Integrada (Sapi), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), também foram apresentados durante o evento. Os projetos investem na capacitação de técnicos e na conscientização de produtores sobre a emissão dos gases do efeito estufa, além do aperfeiçoamento de linhas de créditos para aqueles que adotam programas de sustentabilidade.

As informações são do Mapa, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint".

COMENTO:

Esse asunto ainda é um tanto quanto mistificado pelos ecologistas, póis não é feito um cálculo de quanto gás carbonico é evitado de ser liberado no meio através do uso de subprodutos industriais consumidos na pecuária, tanto de corte como de leite, esses subprodutos (orgânicos) são grande fonte de gás carbónico, coloco a seguir uma lista de alguns emissores e absorvedores de gás:

"Tabela 1. Fluxos de carbono entre os diversos reservatórios do planeta.
Fluxo Reservatório Taxa (Pg C ano-1) *

Efluxo para a atmosfera
Queima de combustíveis fósseis 5,3
Cultivo do solo 0,6-2,6
Respiração das plantas 40-60
Decomposição de resíduos orgânicos 50-60
Sub-total 95,9-127,9

Influxo da atmosfera
Fotossíntese 100-120
Absorção pelos oceanos 1,6-2,4
Sub-total 101,6-122,4
Balanço (efluxo – influxo) 1,8 m 1,4

15 * Pg = 10 g
Fonte: Lal et al. (1995).
Efeito Estufa: Potencialidades e Contribuições da Agricultura"

Notem como a decomposição de matéria orgânica é altamente poluente, se o Brasil fizesse um levantamento sério de quanto dióxido de carbono as matas alagadas por barragens emitem a atmosfera o país passaria de vendedor a comprador de bónus de carbono.
Voltando ao assunto da pecuária, na nutrição de grandes confinamentos (corte e leite) se consome muito resíduo industrial, restos de alimentos que seriam transformado provavelmente em adubo orgânico, a conta desse gás que deixa de ir para a atmosféra não é creditada aos bois né!!!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Frigorífico JBS aposta na america latina

Matéria publicada no site Beef Point (www.beefpoint.com.br) em 09/10/2008:

"JBS diz que continuará crescendo em 2009

Nem EUA, nem Europa, nem Ásia: em meio à desaceleração global da economia, as oportunidades de investimento em 2009 se concentrarão na América do Sul. Quem afirma é Joesley Batista, presidente da JBS-Friboi, frigorífico brasileiro que é o maior do mundo e luta hoje para aumentar a liderança no mercado americano.

"Venho dizendo desde o início do ano e mantenho: as oportunidades para o próximo ano estarão no Mercosul", disse Batista. "Nos EUA e na Austrália, pela fatia de mercado que já temos, o período de expansão acabou."

Quando questionado pela Folha de SP a respeito das ações contra a aquisição da National Beef,
Joesley Batista comentou, "o acordo de compra não pode ser concluído enquanto houver essa oposição do Departamento da Justiça. Por enquanto, estamos nas tratativas iniciais entre as partes. O processo é longo, acho que ainda levará cerca de seis meses até chegar às audiências".

Para o presidente do JBS essa aquisição, será a maior dos EUA por uma boa margem de diferença em relação aos concorrentes. "Perseguimos tanto essa compra porque ela aumenta nossa economia de escala e eficiência e melhora os custos", explica.

Quanto à possibilidade da concentração do mercado causar alta nos preços, Batista foi enfático, "isso é bobagem. O que ocorre é o contrário. Nós já conseguimos baixar nosso custo de processamento por cabeça de gado de US$ 210 para US$ 160, e nossa expectativa é baixar para US$ 120. Se a compra não for feita, essa nova eficiência não vai poder ser refletida no preço final do boi e da carne".

Para ele em 2009 aparecerão oportunidades no Mercosul, mas no momento não há nenhuma aquisição ou investimento planejado, o momento é de preservar caixa. "O orçamento não está fechado. Mas estamos mantendo planos originais, achamos que vamos ser capazes de seguir crescendo".

A matéria é de Andrea Murta, publicada na Folha de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint".

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Fogo Amigo

Publicado no site Beef Point (www.beefpoint.com.br) dia 05/12/2008:

"O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, defendeu ontem sua proposta para alterar o Código Florestal, disse que nunca foi favorável ao desmatamento ilegal e chamou o Ministério do Meio Ambiente de "incompetente" no combate à destruição da floresta.

A proposta, apresentada na terça-feira, inclui uma anistia para quem desmatou as áreas de preservação permanente (APPs) e plantou nesses locais até 31 de julho de 2007. APPs são topos de morro, margens de rios e encostas - áreas que não podem ser ocupadas e precisam ser recuperadas.

Segundo Stephanes, é preciso manter a agricultura "em topo de morro, serra e várzea em áreas já consolidadas, onde as pessoas estão produzindo há 50 ou há 100 anos".

Para ele, se o código for mantido como está, "toda a produção de uva do Rio Grande [do Sul], de fruta de Santa Catarina e metade do café de Minas Gerais estariam proibidos". "Isso tem de ser corrigido ou vamos efetivamente assumir publicamente que a metade do café de Minas tem de ser erradicado."

O ministro enfatizou, porém, que nunca defendeu o desmatamento. "Se alguém derruba ilegalmente a madeira, ponha-se na cadeia. Isso não é problema meu. Isso é problema de incompetência do Ministério do Meio Ambiente, que não consegue colocar na cadeia os caras que derrubam madeira."

Após sua proposta receber críticas de ambientalistas, o ministro também respondeu a eles: "Ambientalistas não plantam. Eles comem, poluem".

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) afirmou que sua pasta não tem competência para prender, mas "multa, embarga e ajuíza ações". "Me custa crer que uma pessoa com a experiência dele tenha feito um comentário tão injusto. Mas vou relevar. Concedo perdão não aos desmatadores, mas ao ministro temporariamente descompensado."

Minc disse que enviou ontem a Stephanes uma lista de 12 propostas para recomeçar o diálogo no sentido de reformar o Código Florestal, de 1965.

As informações Folha de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint".