Matéria publicada no site Beef Point (www.beefpoint.com.br) em 09/12/2010:
"Mantido no comando do Ministério da Agricultura, Wagner Rossi tem base política em Ribeirão Preto, interior paulista, e boa interlocução com a bancada ruralista e empresários do agronegócio.
Rossi, com 67 anos, chegou ao ministério em março de 2009, indicando a vitória de Temer sobre o antecessor Reinhold Stephanes (PMDB), que preferia o secretário-executivo da Pasta, José Gerardo Fonteles. Passou também, a partir de indicações do vice-presidente eleito Michel Temer, pela a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre 2007 e 2010.
Em suas passagens pela estatal foi citado em suspeitas de irregularidades. Na Conab, onde era responsável por gerenciar um Orçamento de mais de R$ 5,5 bilhões, uma auditoria do Tribunal de Contas da União apontou problemas ao longo de várias gestões nas áreas de armazenagem e jurídica da estatal. O pente-fino do TCU, feito dois anos e meio depois de Rossi assumir a estatal, indicou problemas na gestão, como contratações irregulares. Rossi, à época, reconheceu os problemas e disse que estava corrigindo as "imperfeições". Na estatal, também foi acusado de lotear cargos, o que ele também nega.
No Ministério da Agricultura, a gestão de Rossi ainda é considerada "tímida" por parlamentares e pela Contag. O ministro tem boa aceitação na bancada ruralista, mas divide o agronegócio.
Para o empresário do etanol Maurílio Biagi, Rossi fez um bom trabalho na Pasta. "Se o Wagner continuar, estamos bem servidos. O ministério precisa ser político", disse Biagi, próximo ao deputado federal Antonio Palocci (PT-SP).
Já na análise de outro representante do agronegócio de São Paulo, o cargo pede alguém menos político. "A ligação dele no ministério é política, pelo Michel Temer. Ele é um político profissional. Não é o que a gente gosta. Preferimos pessoas que sejam do setor", afirmou. Na avaliação do empresário que pediu para não ser identificado, Rossi abriu bom diálogo com o segmento, mas não há segurança sobre o comprometimento do ministro com o empresariado. "Ninguém sabe o que ele pensa."
O secretário de Política Agrícola da Contag, Antoninho Rovaris, também diz não saber quais são as propostas de Rossi. "Não conseguimos visualizar uma postura mais concreta do ministro sobre diferentes assuntos. Não temos conhecimento sobre ele. Não sabemos o que pensa sobre o Código Florestal, por exemplo. Stephanes, bem ou mal, se posicionava", comenta. "Tivemos mais conversa com Stephanes. Com Rossi não houve essa possibilidade e só conseguimos conversar com o segundo escalão do ministério", diz Rovaris.
A matéria é de Cristiano Agostine e Ruy Baron, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint".
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Paraná deve continuar vacinando contra aftosa em 2011
Matéria publicada no site Beef Point (www.beefpoint.com.br) em 06/12/2010:
"O novo secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, afirmou ontem, após ser anunciado para a pasta pelo governador eleito Beto Richa (PSDB), que acredita que o Paraná tenha que continuar com as campanhas de vacinação do rebanho bovino contra a febre aftosa por pelo menos mais um ano.
A expectativa do governo era realizar a última campanha de imunização do gado em maio de 2011 e depois entrar com o pedido de declaração de área livre da doença sem vacinação. Questionado, Ortigara disse não acreditar nessa possibilidade, porque ''o dever de casa não foi feito'' pelo governo atual governo.
''No grupo de transição, eu zelei para que a Secretaria tenha o mínimo de recursos para fazer o que precisa ser feito, que é o ato preparatório, preparar todas as barreiras interestaduais, dotá-las de estrutura mínima de funcionamento, repor o grupo de técnicos com contratos temporários que encerram em fevereiro. Sem essas condições nem o Ministério da Agricultura nem a OIE permitiria que déssemos esse passo ousado. Se formos competentes em 2011, quem sabe vacinaremos até novembro, mas é uma discussão a ser feita com as equipes técnicas e entidades, para quem sabe em 2012 buscar esse certificado'', disse.
A pretensão do novo governo que assume o Estado a partir de janeiro é criar uma Agência de Defesa Agropecuária. Será uma autarquia que deve absorver o Departamento de Fiscalização da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) e uma parte da Claspar. A agência terá como objetivo prevenir, controlar e erradicar problemas sanitários.
Ortigara, disse que a meta é ampliar a prevenção, o controle e a erradicação de pragas e doenças da agricultura e da pecuária e fortalecer a defesa sanitária. Ele destacou que o Paraná perdeu cerca de US$ 1 bilhão com a febre aftosa.
A ideia é de que um projeto de lei seja encaminhado para a Assembleia Legislativa para a criação da agência. A entidade terá um quadro de fiscais agropecuários próprio e irá absorver os engenheiros agrônomos e os médicos veterinários da Seab. A previsão é ter cerca de 650 fiscais.
''O Estado está sinalizando que vai investir pesado nessa área'', disse. O objetivo é preparar ainda mais os produtos paranaenses para poder exportar para o mundo. ''Queremos ter uma produção com qualidade para poder acessar qualquer mercado mundial'', afirmou. Segundo Ortigara, ainda não foi definido o valor que será investido para a criação da agência.
Outra novidade é a criação de uma Agência de Desenvolvimento que será responsável por atrair investimentos para o Estado e facilitar a obtenção de linhas de crédito junto a bancos para as indústrias do Estado em geral. ''Queremos criar um clima favorável a novos negócios no Paraná'', disse. Esta agência também terá um projeto de lei que será encaminhado para votação na Assembleia Legislativa
''Os dois órgãos vão trabalhar em conjunto com a Secretaria de Agricultura e várias outras. Foi uma sugestão da Faep e de outras entidades durante a campanha eleitoral'', disse o governador eleito, Beto Richa.
As informações são da Folha de Londrina, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint".
"O novo secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, afirmou ontem, após ser anunciado para a pasta pelo governador eleito Beto Richa (PSDB), que acredita que o Paraná tenha que continuar com as campanhas de vacinação do rebanho bovino contra a febre aftosa por pelo menos mais um ano.
A expectativa do governo era realizar a última campanha de imunização do gado em maio de 2011 e depois entrar com o pedido de declaração de área livre da doença sem vacinação. Questionado, Ortigara disse não acreditar nessa possibilidade, porque ''o dever de casa não foi feito'' pelo governo atual governo.
''No grupo de transição, eu zelei para que a Secretaria tenha o mínimo de recursos para fazer o que precisa ser feito, que é o ato preparatório, preparar todas as barreiras interestaduais, dotá-las de estrutura mínima de funcionamento, repor o grupo de técnicos com contratos temporários que encerram em fevereiro. Sem essas condições nem o Ministério da Agricultura nem a OIE permitiria que déssemos esse passo ousado. Se formos competentes em 2011, quem sabe vacinaremos até novembro, mas é uma discussão a ser feita com as equipes técnicas e entidades, para quem sabe em 2012 buscar esse certificado'', disse.
A pretensão do novo governo que assume o Estado a partir de janeiro é criar uma Agência de Defesa Agropecuária. Será uma autarquia que deve absorver o Departamento de Fiscalização da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) e uma parte da Claspar. A agência terá como objetivo prevenir, controlar e erradicar problemas sanitários.
Ortigara, disse que a meta é ampliar a prevenção, o controle e a erradicação de pragas e doenças da agricultura e da pecuária e fortalecer a defesa sanitária. Ele destacou que o Paraná perdeu cerca de US$ 1 bilhão com a febre aftosa.
A ideia é de que um projeto de lei seja encaminhado para a Assembleia Legislativa para a criação da agência. A entidade terá um quadro de fiscais agropecuários próprio e irá absorver os engenheiros agrônomos e os médicos veterinários da Seab. A previsão é ter cerca de 650 fiscais.
''O Estado está sinalizando que vai investir pesado nessa área'', disse. O objetivo é preparar ainda mais os produtos paranaenses para poder exportar para o mundo. ''Queremos ter uma produção com qualidade para poder acessar qualquer mercado mundial'', afirmou. Segundo Ortigara, ainda não foi definido o valor que será investido para a criação da agência.
Outra novidade é a criação de uma Agência de Desenvolvimento que será responsável por atrair investimentos para o Estado e facilitar a obtenção de linhas de crédito junto a bancos para as indústrias do Estado em geral. ''Queremos criar um clima favorável a novos negócios no Paraná'', disse. Esta agência também terá um projeto de lei que será encaminhado para votação na Assembleia Legislativa
''Os dois órgãos vão trabalhar em conjunto com a Secretaria de Agricultura e várias outras. Foi uma sugestão da Faep e de outras entidades durante a campanha eleitoral'', disse o governador eleito, Beto Richa.
As informações são da Folha de Londrina, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint".
ONU: Brasil é o principal emissor de CO2 da America Latina
Matéria publicada no site Beef Point (www.beefpoint.com.br) em 07/12/2010:
"Brasil, Argentina, Venezuela e México são responsáveis por 79% das emissões de gases que causam o efeito estufa na América Latina, indica um relatório das Nações Unidas divulgado nesta segunda-feira na Cúpula sobre Mudança Climática (COP-16).
O documento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), desenvolvido com o apoio do instituto GRID Arendal, destaca que o Brasil sozinho fornece 52% das emissões de toda a região.
O estudo adverte que as emissões globais de dióxido de carbono (CO2) na América Latina em 2006, excluindo as por mudança no uso da terra, foram de 38,754 bilhões de toneladas métricas. Analisando dados de 2005, a pesquisa assinala que a média das emissões per capita da região, também excluindo as por mudança no uso da terra, foi de 5,5 toneladas métricas de CO2, sendo que Trinidad e Tobago, Uruguai, Venezuela e Argentina registraram, nessa ordem, as maiores emissões por habitante.
As principais fontes de emissão de gases do efeito estufa na América Latina são a mudança no uso da terra e silvicultura, agricultura e energia, acrescenta o documento, intitulado "Os Gráficos Vitais da Mudança Climática na América Latina e Caribe". Por países, o Brasil é o maior emissor por mudança no uso da terra, com mais de 800 mil toneladas métricas de CO2.
"A importância da agricultura na região se vê refletida também nas emissões, tendo Brasil, Paraguai, Argentina, Jamaica e Colômbia uma participação significativa deste setor no total de suas emissões", ressalta o estudo.
Quanto às emissões por energia na região, os dois países que mais contribuem são México e Brasil, que juntos emitem mais de 500 mil toneladas de CO2.
"Apesar de ainda não sermos grandes emissores, se a América Latina seguir crescendo de maneira contínua e com a mesma plataforma produtiva, poderemos nos transformar em grandes emissores no futuro", indicou o pesquisador da Cepal e coautor do documento, Luis Miguel Galindo, em entrevista coletiva para apresentar os resultados do estudo.
Segundo Galindo, América Latina e Caribe têm um índice de emissões de 1.152 toneladas de CO2 por cada milhão de dólares do seu Produto Interno Bruto (PIB), muito superior à média dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 481 toneladas de CO2 por cada milhão de dólares de PIB.
As informações são da EFE, publicadas pela Folha de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint".
"Brasil, Argentina, Venezuela e México são responsáveis por 79% das emissões de gases que causam o efeito estufa na América Latina, indica um relatório das Nações Unidas divulgado nesta segunda-feira na Cúpula sobre Mudança Climática (COP-16).
O documento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), desenvolvido com o apoio do instituto GRID Arendal, destaca que o Brasil sozinho fornece 52% das emissões de toda a região.
O estudo adverte que as emissões globais de dióxido de carbono (CO2) na América Latina em 2006, excluindo as por mudança no uso da terra, foram de 38,754 bilhões de toneladas métricas. Analisando dados de 2005, a pesquisa assinala que a média das emissões per capita da região, também excluindo as por mudança no uso da terra, foi de 5,5 toneladas métricas de CO2, sendo que Trinidad e Tobago, Uruguai, Venezuela e Argentina registraram, nessa ordem, as maiores emissões por habitante.
As principais fontes de emissão de gases do efeito estufa na América Latina são a mudança no uso da terra e silvicultura, agricultura e energia, acrescenta o documento, intitulado "Os Gráficos Vitais da Mudança Climática na América Latina e Caribe". Por países, o Brasil é o maior emissor por mudança no uso da terra, com mais de 800 mil toneladas métricas de CO2.
"A importância da agricultura na região se vê refletida também nas emissões, tendo Brasil, Paraguai, Argentina, Jamaica e Colômbia uma participação significativa deste setor no total de suas emissões", ressalta o estudo.
Quanto às emissões por energia na região, os dois países que mais contribuem são México e Brasil, que juntos emitem mais de 500 mil toneladas de CO2.
"Apesar de ainda não sermos grandes emissores, se a América Latina seguir crescendo de maneira contínua e com a mesma plataforma produtiva, poderemos nos transformar em grandes emissores no futuro", indicou o pesquisador da Cepal e coautor do documento, Luis Miguel Galindo, em entrevista coletiva para apresentar os resultados do estudo.
Segundo Galindo, América Latina e Caribe têm um índice de emissões de 1.152 toneladas de CO2 por cada milhão de dólares do seu Produto Interno Bruto (PIB), muito superior à média dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 481 toneladas de CO2 por cada milhão de dólares de PIB.
As informações são da EFE, publicadas pela Folha de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint".
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
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