Segundo Assocon, alta não ocorrerá por fatores naturais
Por: LEANDRO J. NASCIMENTO
O volume de gado confinado no Brasil em 2012 pode chegar próximo aos 4 milhões de animais. A projeção é da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) e representa um crescimento de 12% sobre o total de bovinos criados mediante este mesmo regime ano passado, quando foram 3,4 milhões de animais. Mas conforme define o presidente da entidade, Eduardo Moura, a expansão do confinamento no país não ocorrerá de maneira natural ou mesmo saudável.
"Este é um ano curioso. Vamos ter um crescimento do confinamento que não considero saudável. É pela dor. Pela deterioriação das pastagens, pelo acontecimento das cigarrinhas e morte súbita das pastagens e pela mesma pastagem que cada vez tem menor capacidade [de produção]", enfatizou o representante.
No país, conforme explica Moura, o confinamento tornou-se opção para o pecuarista que quer acelerar o ganho de peso dos animais e atender a demanda do mercado na época de entressafra, quando o volume de animais nos pastos é insuficiente para abastecer as plantas frigoríficas. Mas o dirigente da associação que reúne os confinadores brasileiros diz que esse processo deve ocorrer de maneira natural e não somente ser visto como uma 'saída emergencial' para enfrentar a falta de alimento para o gado durante a seca.
"Não deve acontecer no susto. Deve fazer parte de um planejamento de produção. O produtor já deve se programar com os confinamentos e fazer dele parte de seu sistema de produção. Não confinar quando ele descobrir que não terá mais pastagem. Muitas vezes, não se encontra vaga", ponderou, em entrevista ao G1.
Apesar do aumento dos custos de produção para confinar gado, a opção ainda é considerada viável ao pecuarista brasileiro. No país, cerca de 10% dos animais enviados para as indústrias para abate são oriundos de confinamentos. Somente entre os anos de 2010 e 2011 o volume de animais confinados evoluiu 17,2%, passando de 2,9 milhões de cabeças a 3,4 milhões.
Atualmente, Goiás ocupa o primeiro lugar no ranking dos maiores confinadores do país seguida por Mato Grosso, com 763,9 animais em 2011.
Para Eduardo Moura, fatores como o avanço da agricultura em áreas de pastagens, a ocorrência de pastagens deterioradas, bem como a necessidade de se produzir mais em uma mesma estão favorecendo o avanço da criação de animais em regime de confinamento.
Nos estados
Somente em Mato Grosso, onde está localizado o maior rebanho bovino brasileiro com mais de 29 milhões de animais, o número de bovinos confinados cresceu 39% em quatro anos, passando de 426,5 mil cabeças para 593,6 mil, entre 2007 a 2010. Mas ao ser observado um intervalo superior, a alta chega a 480,7% entre 2005 e 2011. Naquele ano, foram 117.879 animais, conforme demonstraram estudos do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
"O rebanho aumentou, mas a área de pastagem diminuiu e essa é uma tendência que deve se prolongar pelos próximos anos, com aumento do número de animais confinados em Mato Grosso nos meses da entressafra", pontuou Carlos Augusto Zanata, analista de pecuária da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).
Superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidônio destaca que na unidade federada o aumento da produção de grãos deve se tornar um forte aliado do pecuarista na hora de confinar. Nesta safra, devem sair do campo 22 milhões de toneladas de soja e 10 milhões de toneladas de milho.
"O confinamento deve crescer puxado pelo 'boom' agrícola. O aumento da produção de grãos, que somente na safra 2011/2012 vai impulsionar o confinamento no Estado. Muitos pecuaristas devem, inclusive, produzir grãos utilizados em seus confinamentos, uma modalidade de Integração Lavoura-Pecuária", frisou.
Fonte: G1MT
segunda-feira, 26 de março de 2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
Paraná: Produtores investem em modelo de confinamento altamente tecnificado
Matéria publicada no site Beef World (www.beefworld.com.br) em 19 de março de 2012.
Em apenas sete meses, novilhos já atingem peso ideal para o abate. Carne é diferenciada e bem recebida no varejo, diz açougueiro.
Cerca de 100 produtores de gado de corte no oeste do Paraná começaram a investir no modelo de confinamento para crescer o rebanho. O objetivo deles é aproveitar as oportunidades do mercado que surgem com o crescimento da produção. Assim, vale até colocar novilhos do gado leiteiro, que eram abatidos logo ao nascer.
Os novilhos que crescem no sistema de confinamento estão prontos para o abate em apenas sete meses. No modelo tradicional, cada boi leva dois anos até atingir o peso ideal para o abate.
De acordo com André Cozer, um dos criadores que investiram no modelo, o gado confinado recebe uma alimentação diferenciada, a base de milho. “O alimento é 80% de grão de milho inteiro e 20% de uma ração. Essa ração basicamente é proteica, com alguns aditivos, microminerais e vitaminas”, diz.
Para o veterinário Felipe Brondani, o sistema aumenta o lucro dos produtores. Os filhotes que seriam rejeitados são comprados por cerca de R$ 300 e vendidos por mais de R$ 1 mil. Cozer diz que atualmente já é difícil encontrar os bezerros para a compra, já que alguns produtores de leite também resolveram investir na idéia. “Já tem dificuldade, paga-se mais caro”, conta.
Ardir Gubert, que cria gado leiteiro, resolveu utilizar o sistema de confinamento na propriedade dele. “Dá uns R$ 150, R$ 200, por animal. Se você fizer uma conta de 30 animais, no fim do ano, você tem lá uns R$ 3 mil R$ 4 mil”, avalia.
A carne dos novilhos confinados tem boa receptividade no varejo. Jadilmo Trevisol, dono de um açougue de Medianeira, conta que das quatro toneladas de carne que vende por mês, apenas 500 kg não são provenientes do gado diferenciado. “A carne é diferente. Tem uma coloração mais branca e é macia, tanto o dianteiro quanto o traseiro”, diz
Fonte:G1
Em apenas sete meses, novilhos já atingem peso ideal para o abate. Carne é diferenciada e bem recebida no varejo, diz açougueiro.
Cerca de 100 produtores de gado de corte no oeste do Paraná começaram a investir no modelo de confinamento para crescer o rebanho. O objetivo deles é aproveitar as oportunidades do mercado que surgem com o crescimento da produção. Assim, vale até colocar novilhos do gado leiteiro, que eram abatidos logo ao nascer.
Os novilhos que crescem no sistema de confinamento estão prontos para o abate em apenas sete meses. No modelo tradicional, cada boi leva dois anos até atingir o peso ideal para o abate.
De acordo com André Cozer, um dos criadores que investiram no modelo, o gado confinado recebe uma alimentação diferenciada, a base de milho. “O alimento é 80% de grão de milho inteiro e 20% de uma ração. Essa ração basicamente é proteica, com alguns aditivos, microminerais e vitaminas”, diz.
Para o veterinário Felipe Brondani, o sistema aumenta o lucro dos produtores. Os filhotes que seriam rejeitados são comprados por cerca de R$ 300 e vendidos por mais de R$ 1 mil. Cozer diz que atualmente já é difícil encontrar os bezerros para a compra, já que alguns produtores de leite também resolveram investir na idéia. “Já tem dificuldade, paga-se mais caro”, conta.
Ardir Gubert, que cria gado leiteiro, resolveu utilizar o sistema de confinamento na propriedade dele. “Dá uns R$ 150, R$ 200, por animal. Se você fizer uma conta de 30 animais, no fim do ano, você tem lá uns R$ 3 mil R$ 4 mil”, avalia.
A carne dos novilhos confinados tem boa receptividade no varejo. Jadilmo Trevisol, dono de um açougue de Medianeira, conta que das quatro toneladas de carne que vende por mês, apenas 500 kg não são provenientes do gado diferenciado. “A carne é diferente. Tem uma coloração mais branca e é macia, tanto o dianteiro quanto o traseiro”, diz
Fonte:G1
terça-feira, 13 de março de 2012
Paraguai: Avançam negociações para enviar miúdos bovinos via porto de Montevidéo
O Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal do Paraguai (SENACSA), recebeu em uma nota oficial enviada pela Direção Geral de Serviços Bovinos do Uruguai, uma solicitação na qual apresentam os requisitos para reabilitar o transito pelo porto de Montevidéo (Uruguai), de visceras bovinas (Miúdos) procedentes do Paraguai.
O documento enviado pela entidade Uruguaiana será analisado e avaliado pelos técnicos do SENACSA para realizar algumas modificações, sugestões e posteriormente será enviada a proposta formal no transcorrer da semana, a fim de dar reinicio so transito de tal mercadoria.
Fonte: SENACSA, traduzido e adaptado por este blog.
O documento enviado pela entidade Uruguaiana será analisado e avaliado pelos técnicos do SENACSA para realizar algumas modificações, sugestões e posteriormente será enviada a proposta formal no transcorrer da semana, a fim de dar reinicio so transito de tal mercadoria.
Fonte: SENACSA, traduzido e adaptado por este blog.
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