Matéria publicada no site Beef Point (www.beefpoint.com.br) 24/09/2008
A saturação de carne no mercado internacional, o alto nível de estoque e a recuperação das exportações de carne do Brasil provocaram uma diminuição do preço da carne no exterior, o que afetou também diretamente as vendas paraguaias do setor.
Atualmente, a carne paraguaia é comercializada a menos de US$ 5.000 a tonelada no mercado chileno, o que representa uma queda de mais de 20% segundo os exportadores. Além disso, eles disseram que a crise financeira dos Estados Unidos não está relacionada com a diminuição dos preços.
A presidente da Mesa Setorial de Carne e Couro, Maris Llorens, disse que a desvalorização da carne destinada ao mercado chileno se deve a outras questões. Para ela, a saturação do mercado e o alto estoque do produto a nível mundial são os fatores pelos quais os frigoríficos paraguaios se viram forçados a diminuir os preços para não perder mercados.
Além da saturação de mercados, as vendas ao Chile foram afetadas pela entrada de um grande volume de carne proveniente do Brasil e da Austrália, fato que obrigou os frigoríficos paraguaios a diminuir o preço para menos de US$ 5.000 por tonelada. Também foi registrado no último mês uma diminuição do consumo de carne no mercado chileno e tem aumentado o consumo de produtos alternativos, como o frango, de acordo com o porta-voz de um dos principais exportadores de carne do Paraguai.
O Paraguai é atualmente o principal fornecedor de carne ao Chile. Até agora neste ano, o país vendeu para o Chile 27.243 toneladas de carne, o que representa 56,1% do mercado global.
Esta notícia da queda dos preços internacionais da carne pode favorecer a intenção dos setores privados e públicos que têm iniciado negociações com os pecuaristas e frigoríficos a fim de baixar o alto preço dos cortes no mercado local paraguaio. Há duas semanas, chegaram a um acordo para reduzir os preços de alguns cortes, mas os consumidores, apoiados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, reclamam que a campanha se estenda a cortes de primeira qualidade.
A reportagem é do jornal La Nación, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Bom Cliente Porém Exigente
A Comissão da União Européia aprovou medidas para endurecer os critérios usados para abate de animais no Brasil, eles querem que " bovinos, suínos e aves sejam abatidos de forma que não sofram". Para que essas medidas sejam aprovadas é necessário que os 27 países sancionem, Neil Parish presidente do Comitê Agricola do Parlamento Europeu comemorou a decisão, é claro que ele está muito preocupado com o sofrimento dos animais brasileiros. A noticia foi dada pela Agencia Estado.
O Brasil tem que acatar essas baboseiras todas que os europeus dizem e entender de uma única forma: O cliente sempre tem a razão!! Temos que produzir a melhor carne, temos que ter o melhor sistema de produção e rastreamento, melhor abate e logística de exportação. E temos visto que as empresas que estão nessa corrente tem feito isso, queremos e precisamos exportar para a U.E, são os melhores clientes, eles que pagam o melhor preço, estarão sempre cobrando mais e mais qualidade de nossos produtos.
Os produtores brasileiros estão acostumados a lutar contra grandes dificuldades, quando se compara com americanos e europeus que recebem grandes incentivos governamentais, o brasileiro sempre brigou com as dificuldades naturais e ao contrário de nossos colegas estrangeiros, o nosso governo nem sempre toma decisões que facilite a saúde financeira dos agricultores.
O Brasil tem que acatar essas baboseiras todas que os europeus dizem e entender de uma única forma: O cliente sempre tem a razão!! Temos que produzir a melhor carne, temos que ter o melhor sistema de produção e rastreamento, melhor abate e logística de exportação. E temos visto que as empresas que estão nessa corrente tem feito isso, queremos e precisamos exportar para a U.E, são os melhores clientes, eles que pagam o melhor preço, estarão sempre cobrando mais e mais qualidade de nossos produtos.
Os produtores brasileiros estão acostumados a lutar contra grandes dificuldades, quando se compara com americanos e europeus que recebem grandes incentivos governamentais, o brasileiro sempre brigou com as dificuldades naturais e ao contrário de nossos colegas estrangeiros, o nosso governo nem sempre toma decisões que facilite a saúde financeira dos agricultores.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Crise Americana e Produtor Brasileiro
A seguinte matéria foi publicada no site Beef Point dia 22/09/2008 (www.beefpoint.com.br):
Economia: produtor ainda não sentiu efeitos da crise
O momento sólido da economia brasileira minimizou os efeitos da crise norte-americana dos últimos dias no agronegócio. A quebra de uma grande instituição financeira e o socorro governamental a outras duas empresas, que afetaram economias no mundo, não causaram impacto no mercado dos produtos agrícolas e os preços permaneceram estáveis.
A soja e milho não tiveram alteração no mercado interno após a turbulência no mercado americano. A soja esta semana ficou no patamar dos R$ 46,00 a saca. O milho oscilou entre R$ 20,00 e R$ 21,00, também estável.
Para os analistas, a crise preocupa vários setores e repercute em economias em todo o mundo, seja nos países centrais ou nos emergentes. Segundo Flávio Turra, gerente técnico econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), produtores vão se ressentir da redução no ritmo de crescimento no mundo. ''Haverá diminuição pela demanda de alimentos e isso vai impactar as economias dos países produtores'', avalia.
A curto prazo, o Brasil não deve sentir efeitos negativos, em função da boa situação econômica e de reservas cambiais. Mas segundo Turra, os impactos vão atingir o setor em dois ou três meses, sobretudo no mercado externo. ''Nessa época haverá a percepção da retração da economia dos países compradores dos produtos brasileiros'', diz o técnico. Dessa forma, os preços serão menores, o que acabará neutralizando os ganhos que os exportadores terão com a movimentação do câmbio dos últimos dias. A médio prazo poderá haver também evasão de recursos, com reflexos no câmbio.
A crise norte-americana pode afetar também os rumos da próxima safra. Flávio Turra avalia que poderá haver diminuição nos investimentos, o que interferiria diretamente na produtividade. Isto porque, segundo ele, parte dos recursos é captada no exterior e terá custo maior, o que fatalmente irá aumentar a dívida dos produtores.
A matéria é de Raquel de Carvalho, publicada na Folha de Londrina, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.
Economia: produtor ainda não sentiu efeitos da crise
O momento sólido da economia brasileira minimizou os efeitos da crise norte-americana dos últimos dias no agronegócio. A quebra de uma grande instituição financeira e o socorro governamental a outras duas empresas, que afetaram economias no mundo, não causaram impacto no mercado dos produtos agrícolas e os preços permaneceram estáveis.
A soja e milho não tiveram alteração no mercado interno após a turbulência no mercado americano. A soja esta semana ficou no patamar dos R$ 46,00 a saca. O milho oscilou entre R$ 20,00 e R$ 21,00, também estável.
Para os analistas, a crise preocupa vários setores e repercute em economias em todo o mundo, seja nos países centrais ou nos emergentes. Segundo Flávio Turra, gerente técnico econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), produtores vão se ressentir da redução no ritmo de crescimento no mundo. ''Haverá diminuição pela demanda de alimentos e isso vai impactar as economias dos países produtores'', avalia.
A curto prazo, o Brasil não deve sentir efeitos negativos, em função da boa situação econômica e de reservas cambiais. Mas segundo Turra, os impactos vão atingir o setor em dois ou três meses, sobretudo no mercado externo. ''Nessa época haverá a percepção da retração da economia dos países compradores dos produtos brasileiros'', diz o técnico. Dessa forma, os preços serão menores, o que acabará neutralizando os ganhos que os exportadores terão com a movimentação do câmbio dos últimos dias. A médio prazo poderá haver também evasão de recursos, com reflexos no câmbio.
A crise norte-americana pode afetar também os rumos da próxima safra. Flávio Turra avalia que poderá haver diminuição nos investimentos, o que interferiria diretamente na produtividade. Isto porque, segundo ele, parte dos recursos é captada no exterior e terá custo maior, o que fatalmente irá aumentar a dívida dos produtores.
A matéria é de Raquel de Carvalho, publicada na Folha de Londrina, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Governo zera alíquota de importação de minerais
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior decidiu incluir o fosfato bicálcico, o ácido fosfórico (matéria-prima fundamental para a produção do fosfato bicálcico) e o
ácido sulfúrico na lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, com alíquota zero. Estes produtos servem de matéria-prima para a fabricação da suplementação mineral da alimentação animal e do adubo fosfatado, cujos preços em alta vêm contribuindo significativamente para o aumento dos custos da
produção agropecuária. Sem concorrência no mercado, os aumentos dos preços desses insumos atingem diretamente o custo da nutrição animal e das lavouras.
Para o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, esta decisão contribuirá para o aumento das importações de fosfato bicálcico, ácido fosfórico e do ácido sulfúrico, aumentando a concorrência e reduzindo os preços dos produtos. Na sua opinião, “se trata de uma medida decisiva nesse momento em que o custo de produção vem subindo substancialmente”. Os preços do sal mineral, de
fundamental importância para os ganhos de produtividade da pecuária de leite, praticamente dobraram desde novembro do ano passado, aumentando de R$ 25,00 para R$ 50,00 a saca. A razão destes aumentos está relacionada diretamente à elevação dos preços do fosfato bicálcico, responsável por 60% dos custos do sal mineral.
O fosfato bicálcico é a fonte mais utilizada de fósforo, pois é a mais facilmente disponível para a absorção dos animais. Outras fontes possíveis de serem usadas são o fosfato de rocha, menos palatável que o fosfato bicálcico e possui 30% a menos de P, além do super fosfato triplo, que possui quantidade elevada de flúor,
elemento tóxico aos bovinos. Por esse motivo, a CNA e o MAPA se empenharam na inclusão dessas matériasprimas na lista de exceção da TEC do Mercosul, com alíquota zero, pois facilita as importações do ácido fosfórico e fosfato bicálcico de fora do Mercosul, que até agora entravam no País com alíquotas de 4% e 10%, respectivamente.
O aquecimento da demanda mundial por ácido fosfórico foi o principal responsável pelos aumentos do sal mineral, que subiu 80% de outubro de 2007 a fevereiro deste ano, segundo dados dos Ativos da Pecuária de Leite da CNA. O fato de 90% da produção de ácido fosfórico ser utilizada pelos fertilizantes, restando apenas
10% para uso em alimentação animal e humana, agrava ainda mais a situação. Mas também estão previstas altas semelhantes para os fertilizantes à base de fósforo.
Desde novembro de 2007, o preço do fosfato bicálcico mais do que dobrou, passando de R$ 800,00 a tonelada para R$ 2.100,00 a tonelada. Os maiores consumidores mundiais de fosfato bicálcico são China, Índia, Estados Unidos e Brasil, que adquirem o produto do Marrocos, Rússia, Tunísia e Jordânia. Não há previsão de aumento
da oferta mundial em curto prazo, pois as jazidas existentes já atingiram 95% da capacidade de produção e novas jazidas levariam, no mínimo, quatro anos para se habilitarem a entrar em funcionamento.
O Brasil poderia produzir mais fosfato, pois possui reservas de 261,6 milhões de toneladas, pequenas se comparadas às 21 bilhões de toneladas do Marrocos. Entretanto, grande parte da rocha brasileira tem baixa concentração de fósforo, 3% contra 30% da marroquina, o que freqüentemente torna sua extração antieconômica, frente aos investimentos exigidos. Com informações da CNA.
Notícia publicada em: 29/08/2008
Esta notícia foi publicada no http://www.pecuaria.com.br
ácido sulfúrico na lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, com alíquota zero. Estes produtos servem de matéria-prima para a fabricação da suplementação mineral da alimentação animal e do adubo fosfatado, cujos preços em alta vêm contribuindo significativamente para o aumento dos custos da
produção agropecuária. Sem concorrência no mercado, os aumentos dos preços desses insumos atingem diretamente o custo da nutrição animal e das lavouras.
Para o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, esta decisão contribuirá para o aumento das importações de fosfato bicálcico, ácido fosfórico e do ácido sulfúrico, aumentando a concorrência e reduzindo os preços dos produtos. Na sua opinião, “se trata de uma medida decisiva nesse momento em que o custo de produção vem subindo substancialmente”. Os preços do sal mineral, de
fundamental importância para os ganhos de produtividade da pecuária de leite, praticamente dobraram desde novembro do ano passado, aumentando de R$ 25,00 para R$ 50,00 a saca. A razão destes aumentos está relacionada diretamente à elevação dos preços do fosfato bicálcico, responsável por 60% dos custos do sal mineral.
O fosfato bicálcico é a fonte mais utilizada de fósforo, pois é a mais facilmente disponível para a absorção dos animais. Outras fontes possíveis de serem usadas são o fosfato de rocha, menos palatável que o fosfato bicálcico e possui 30% a menos de P, além do super fosfato triplo, que possui quantidade elevada de flúor,
elemento tóxico aos bovinos. Por esse motivo, a CNA e o MAPA se empenharam na inclusão dessas matériasprimas na lista de exceção da TEC do Mercosul, com alíquota zero, pois facilita as importações do ácido fosfórico e fosfato bicálcico de fora do Mercosul, que até agora entravam no País com alíquotas de 4% e 10%, respectivamente.
O aquecimento da demanda mundial por ácido fosfórico foi o principal responsável pelos aumentos do sal mineral, que subiu 80% de outubro de 2007 a fevereiro deste ano, segundo dados dos Ativos da Pecuária de Leite da CNA. O fato de 90% da produção de ácido fosfórico ser utilizada pelos fertilizantes, restando apenas
10% para uso em alimentação animal e humana, agrava ainda mais a situação. Mas também estão previstas altas semelhantes para os fertilizantes à base de fósforo.
Desde novembro de 2007, o preço do fosfato bicálcico mais do que dobrou, passando de R$ 800,00 a tonelada para R$ 2.100,00 a tonelada. Os maiores consumidores mundiais de fosfato bicálcico são China, Índia, Estados Unidos e Brasil, que adquirem o produto do Marrocos, Rússia, Tunísia e Jordânia. Não há previsão de aumento
da oferta mundial em curto prazo, pois as jazidas existentes já atingiram 95% da capacidade de produção e novas jazidas levariam, no mínimo, quatro anos para se habilitarem a entrar em funcionamento.
O Brasil poderia produzir mais fosfato, pois possui reservas de 261,6 milhões de toneladas, pequenas se comparadas às 21 bilhões de toneladas do Marrocos. Entretanto, grande parte da rocha brasileira tem baixa concentração de fósforo, 3% contra 30% da marroquina, o que freqüentemente torna sua extração antieconômica, frente aos investimentos exigidos. Com informações da CNA.
Notícia publicada em: 29/08/2008
Esta notícia foi publicada no http://www.pecuaria.com.br
O Fim Justifica os Meios??
Vendo a alta do dólar nos últimos dias, me lembrei de uma vez que eu estava em Salvador, (na primeira Bienal da UNE, após aquela eu nunca mais fui a nenhuma Bienal da UNE, acho que não perdi nada interessante, a não ser que eu fosse um usuário de Canavis Sativa, bom isso é uma outra história), isso foi em fevereiro de 99, e naqueles dias eu lembro que houve uma alta impressionante do dólar, não estou bem certo quanto por cento subiu, mas o que mais me marcou foi a comemoração dos petistas e simpatizantes, vibravam como uma torcida num estádio, e diziam que “eles” haviam dito que o Plano Real era um plano eleitoreiro de FHC, e que não iria adiante. Não conto essa feita pra mostrar o quanto estavam errados com relação ao Plano Real, mas sim pra enfatizar o quanto essa turma de companheiros não se importa com o que venha acontecer com o país, nem com o povo (povão mesmo, que trabalha e paga todas as lambanças dos politiqueiros), fazem as associações com fulanos e cicranos tipo Marcos Valério e companhia, o importante pra eles é que cheguem ao poder, não importa a que preço, e farão de tudo pra se manter lá (assim como qualquer politiqueiro “elite”), o objetivo é ser Fidel Castro. O que fazem na oposição é criticar muito, enquanto o dinheiro está na mão da “elite”, porque assim que passa para as mãos dos “companheiros” ai tudo bem!!! Não sei de nada....não vi nada!!!!
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
O Obstáculo da Falta de Infra-estrutura do País
O Brasil há tempos vem tendo um crescimento aquém do esperado, e um dos principais motivos sem dúvida é a falta de infra-estrutura. O agronegócio, grande responsável pelo aumento no PIB brasileiro, poderia colaborar muito mais se tivesse melhores condições de logística e armazenamento. Vejamos um exemplo numa matéria publicada no site “Beef Point (www.beefpoint.com.br)” nessa sexta feira (12/09/2008):
“A maior "safrinha" de milho da história trouxe problemas aos produtores, sobretudo no Centro-Oeste. Com tanto grão colhido, alguns enfrentaram dificuldade de armazenagem. Teve gente que atrasou a colheita, para esperar uma "vaga no armazém"; outros que deixaram o grão a céu aberto e aqueles que optaram por abrigá-lo em silos-bolsas... Teoricamente, se toda a safra da região precisasse ser armazenada, 7 milhões de toneladas ficariam sem lugar no Centro-Oeste - considerando os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Especialistas dizem que o ideal é que a capacidade estática seja 20% superior à colheita. Apenas de segunda safra de milho a região colheu 11 milhões de toneladas, 30% mais que na temporada passada. O diretor da Céleres, Leonardo Sologuren, afirma que a dificuldade de armazenagem pode forçar a venda do produto, pressionando o preço - atualmente a R$ 13 a saca.
A dificuldade também ocorreu em Mato Grosso. De acordo com Jaime Binsfeld, diretor-comercial da Fiagril, parte da produção ficou alguns dias à céu aberto.”
Esse problema tem uma solução que é uma participação maior do governo juntamente com o setor privado, facilitando o financiamento de obras específicas, mas a fome do governo por impostos e mais impostos dificulta essa abertura. Finalmente nós vimos essa história mudar um pouco nessa ultima semana, onde o governo firmou algumas propostas para facilitar financiamentos e posterior exploração pelo setor privado dessas benfeitorias. Na verdade é um problema que Fernando Henrique Cardoso resolveu em parte com as privatizações, mas jamais o atual governo aceitaria a palavra “privatização”.
“A maior "safrinha" de milho da história trouxe problemas aos produtores, sobretudo no Centro-Oeste. Com tanto grão colhido, alguns enfrentaram dificuldade de armazenagem. Teve gente que atrasou a colheita, para esperar uma "vaga no armazém"; outros que deixaram o grão a céu aberto e aqueles que optaram por abrigá-lo em silos-bolsas... Teoricamente, se toda a safra da região precisasse ser armazenada, 7 milhões de toneladas ficariam sem lugar no Centro-Oeste - considerando os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Especialistas dizem que o ideal é que a capacidade estática seja 20% superior à colheita. Apenas de segunda safra de milho a região colheu 11 milhões de toneladas, 30% mais que na temporada passada. O diretor da Céleres, Leonardo Sologuren, afirma que a dificuldade de armazenagem pode forçar a venda do produto, pressionando o preço - atualmente a R$ 13 a saca.
A dificuldade também ocorreu em Mato Grosso. De acordo com Jaime Binsfeld, diretor-comercial da Fiagril, parte da produção ficou alguns dias à céu aberto.”
Esse problema tem uma solução que é uma participação maior do governo juntamente com o setor privado, facilitando o financiamento de obras específicas, mas a fome do governo por impostos e mais impostos dificulta essa abertura. Finalmente nós vimos essa história mudar um pouco nessa ultima semana, onde o governo firmou algumas propostas para facilitar financiamentos e posterior exploração pelo setor privado dessas benfeitorias. Na verdade é um problema que Fernando Henrique Cardoso resolveu em parte com as privatizações, mas jamais o atual governo aceitaria a palavra “privatização”.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Agronegócio Impulsinona o PIB brasileiro. E o governo com isso?
Bom dia, o Site Suinocultura Industrial publicou uma matéria (muito boa) divulgando a influência do agronegócio no PIB brasileiro (segue uma parte da matéria):"Redação (10/09/2008)- A agropecuária foi a principal responsável pela elevação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre de 2008. Do ponto de vista da produção, o setor cresceu 3,8% em relação aos três primeiros meses do ano, acima da taxa de crescimento do PIB, que foi de 1,6% no mesmo período. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (10).
Na comparação com o segundo trimestre de 2007, o PIB cresceu 6,1% e, mais uma vez, o setor agropecuário foi destaque, com alta de 7,1%. Nos dois casos, a agropecuária ficou à frente de indústria e serviços, de acordo com o resultado das Contas Nacionais Trimestrais - Indicadores de Volume e Valores Correntes divulgadas".
Póis como vimos a matéria fala de como é importante o agronegócio para o nosso país, isso estamos cansado de ver, a cada ano só vem se mostrando mais eficiente. Agora eu pergunto: E o governo com isso? que se diz tão preocupado, que a cada ano aumenta (verdade) os "beneficícios" para os produtores, será que tem demostrado a merecida preocupação com os agricultores, ou está mais ocupado com a propaganda (eleições, reeleições ou ainda reeeleições sei lá...)?
Vejam os seguintes dados (gatos do nosso governo) que encontrei no Tribunal de contas:
Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, no ano de 2008 terá uma enorme e gorda verba de 2.107.859, 10 Reais. Já a Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária do MAPA, que é responsável pelo controle de doenças que tanto o Brasil se orgulha de dizer que está livre terá uma verba de 33.870.619,13 Reais e a Superitendencia do Desenvolvimento do Nordeste terá 5.413.446, 99 Reais, claro a agricultura do nordeste já é tão desenvolvida pra que mais do que isso né!? E ai achamos que a coisa tá boa, o governo ta investindo, mas quando verificamos por exemplo o que gastam somente com a publicidade é de ficar indignado, olhem só:
Matisse Comunicação de Marketing Ltda vai receber do governo nesse ano 24.040.087,25 Reais, Lew Lara Propaganda e Comunicação Ltda 15.921.603,28 Reais, 141 Brasil Comunicação Ltda 10.327.635,84 Reais, Propeg Comunicação Ltda 9.712.416,55 Reais, é mole!? Só essas quatro empresas somam 60.001.742,92 Reais.(Dados do TCU)
É isso é a distribuição de renda no nosso governo.
Na comparação com o segundo trimestre de 2007, o PIB cresceu 6,1% e, mais uma vez, o setor agropecuário foi destaque, com alta de 7,1%. Nos dois casos, a agropecuária ficou à frente de indústria e serviços, de acordo com o resultado das Contas Nacionais Trimestrais - Indicadores de Volume e Valores Correntes divulgadas".
Póis como vimos a matéria fala de como é importante o agronegócio para o nosso país, isso estamos cansado de ver, a cada ano só vem se mostrando mais eficiente. Agora eu pergunto: E o governo com isso? que se diz tão preocupado, que a cada ano aumenta (verdade) os "beneficícios" para os produtores, será que tem demostrado a merecida preocupação com os agricultores, ou está mais ocupado com a propaganda (eleições, reeleições ou ainda reeeleições sei lá...)?
Vejam os seguintes dados (gatos do nosso governo) que encontrei no Tribunal de contas:
Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, no ano de 2008 terá uma enorme e gorda verba de 2.107.859, 10 Reais. Já a Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária do MAPA, que é responsável pelo controle de doenças que tanto o Brasil se orgulha de dizer que está livre terá uma verba de 33.870.619,13 Reais e a Superitendencia do Desenvolvimento do Nordeste terá 5.413.446, 99 Reais, claro a agricultura do nordeste já é tão desenvolvida pra que mais do que isso né!? E ai achamos que a coisa tá boa, o governo ta investindo, mas quando verificamos por exemplo o que gastam somente com a publicidade é de ficar indignado, olhem só:
Matisse Comunicação de Marketing Ltda vai receber do governo nesse ano 24.040.087,25 Reais, Lew Lara Propaganda e Comunicação Ltda 15.921.603,28 Reais, 141 Brasil Comunicação Ltda 10.327.635,84 Reais, Propeg Comunicação Ltda 9.712.416,55 Reais, é mole!? Só essas quatro empresas somam 60.001.742,92 Reais.(Dados do TCU)
É isso é a distribuição de renda no nosso governo.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Ser Pecuarista na Amazônia
Ser Pecuarista na Amazônia ou simplesmente Amazônida não é fácil!
(Matéria publicada no site Beef Point "www.beefpoint.com.br", escrito por Gil Reis )
Gil Reis
Advogado e Apresentador de TV e vive na Amazônia há quase quarenta anos
Ser pecuarista na Amazônia não é uma das tarefas mais fáceis, principalmente agora que os governos os elegeram como "bola da vez".
Há alguns dias atrás um amigo, do Pará, que tem uma empresa de engenharia e também é pecuarista, queixando-se me disse:
- Gil não agüento mais tanta pressão, é o governo, o trânsito, os clientes, os operários e tudo mais, acho que vou largar tudo e mudar-me para a minha fazenda e dedicar-me a cuidar dos bois!
Ao que respondi de imediato,
- Amigo vá com calma, verifique primeiro se a fazenda ainda é sua ou se algum dia já foi sua.
Essa é a triste realidade do Estado do Pará, vários movimentos, autodenominados de "sem terras", invadem quase que diariamente as propriedades rurais.
Fala-se muito em desenvolvimento sustentável, contudo às vezes é muito difícil passar das idéias às ações. Tomemos como exemplo o Estado do Pará. Durante quase duas décadas o ITERPA, Instituto de Terras do Pará, deixou de emitir títulos de terra, não reconhece os títulos emitidos por cartórios antigos e ignora a propriedade de terras cuja posse, muitas vezes, ultrapassa 70 anos. A falta de títulos de propriedade emitidos por órgão competente enseja uma série de problemas, as terras ficam à mercê de invasores, grileiros e bandidos. Um programa, sério, de desenvolvimento sustentável passa, inevitavelmente pelo processo de Regularização Fundiária.
Não bastasse esse fato o Pecuarista é obrigado a desenvolver as suas pastagens e a criar o seu rebanho em apenas 20% de sua propriedade, em função da legislação ambiental, não vai aí nenhuma crítica à proteção ambiental e sim a forma que se quer proteger o meio ambiente.
Apesar de toda a perseguição a Pecuária do Pará desenvolveu-se nos últimos anos e possui, hoje, o invejável plantel de mais de 18.000.000 de cabeças, entretanto, a despeito do competente trabalho da ADEPARÁ que com a vacinação anual conseguiu erradicar a "aftosa", a carne produzida no Estado continua sofrendo com as barreiras sanitárias de alguns países.
A alternativa encontrada pela cadeia produtiva foi exportar o "boi em pé", ou seja o boi vivo, para países como Líbano e Venezuela e aí novo problema: - foi construído um logradouro turístico que abriga diversos restaurantes em área do porto de Belém (único porto destinado a cargas gerais) e em razão disso o Ministério Público moveu Ação pedindo a proibição do embarque do boi por causa do "mau cheiro", o Juiz do Feito concedeu a proibição.
O Pará tornou-se o maior exportador de gado vivo do Brasil, responsável por, aproximadamente, 97% das exportações e a reação veio de imediato, o Governo do Estado taxou a exportação do boi em R$ 22,00 reais por cabeça embarcada além de já cobrar o ICMS no transporte dos animais destinados a exportação, ambas são cobranças inconstitucionais.
Algumas organizações, não se sabe com que intenção, começaram a ocupar a mídia acusando a exportação do gado vivo como responsável pelo aumento do preço da carne e o povo, que não entende nada de economia rural, começa a acreditar na mentira:
- "O autor [da frase] não é bom, mas é verdade: uma mentira dita muitas vezes vira verdade". Frase de Goebels usada pelo Chanceler Celso Amorim
O que é terrível, uma vez que qualquer pessoa que entenda um pouquinho de Pecuária sabe que a exportação de boi vivo não está entre os motivos de aumento do preço da carne. Proporcionalmente ao abate a exportação de boi não é significativa. 2007 foi o ano recorde em exportação de gado e o Brasil exportou por volta de 1% do volume de abate.
Pesquisas, demonstram que a distorção no preço da carne não ocorre nem no Pecuarista nem no Frigorífico, muito menos por causa da exportação do gado vivo e sim na distribuição, alguns supermercados, de vários estados, chegam a aumentar o preço da carne fornecida pelos frigoríficos em índices que variam de 36,14% a 115,67%.
Notícias chegam que aquela organização internacional denominada "Greenpeace" estaria promovendo campanha contra os produtos amazônicos (que saudade da época na qual os estrangeiros eram proibidos de interferir na soberania dos países, isso não se trata de xenofobia e sim de auto defesa). O mundo deveria estar preocupado com o volume de recursos dessa organização (pela atuação e badalação o seu orçamento anual deve ser maior do que o de muitos países do chamado Terceiro Mundo) e do poder que ela vem adquirindo pretendendo tornar-se a consciência universal ecológica.
Para completar o Ministério de Meio Ambiente inventou a figura do "boi pirata". O assunto se não fosse tão trágico e perigoso para a propriedade privada seria cômico, o que deve achar o cidadão que de cadeia produtiva da pecuária só entende de comer o seu churrasco? Que se trata de um boi de perna de pau, muletas, tapa-olho e um papagaio no ombro ou boi falsificado?
Mas, deixemos de lado um pouco o Pecuarista da Amazônia e falemos desse tão sofrido povo que é o Amazônida, até para seguir o roteiro estabelecido pelo título deste artigo.
São 25.000.000 de brasileiros tentando sobreviver e desbravar uma das regiões mais difíceis e perigosas do mundo, a mor parte deles veio para cá atendendo ao apelo do Governo Federal: - "Integrar para não entregar", alguém lembra disso?
Fala-se muito em desmatamento, o que é inegável, todavia vamos as razões do fato:
- Onde o Brasil e o mundo acham que vivem os Amazônidas? Nas capitais da Amazônia? Ledo engano, boa parte dos 25.000.000 de habitantes da região vive no meio rural (o meio rural da Amazônia é a floresta) produzindo para o seu sustento e de sua família e, ainda, para alimentar o Brasil e o mundo.
Existem bandidos e irresponsáveis na Amazônia? Claro que sim, eles existem por igual no País inteiro.
Entretanto, os empresários e o povo da Amazônia são sérios, decentes e empreendedores, dotados de uma consciência de cidadania que desafia a de algumas regiões.
Fala-se muito em desmatamento, o que é inegável, entretanto é preciso que se diga que a Amazônia não é um território de loucos e desvairados que querem destruir as suas próprias terras e se for observado com bastante cuidado o mapa do desmatamento verificar-se-á que o aumento e o descontrole deu-se com o advento dos tais "sem terras" que invadem as propriedades destruindo-as e devastando as reservas florestais exigidas por lei.
O Amazônida vive acuado e perseguido por milhares de ONGS internacionais, por um Parlamento e um Governo Federal, ambos muito imaginativos, intervencionistas, cheios de "boas intenções" e sem qualquer noção do que é viver e sobreviver na Amazônia e, ainda, sob a exploração de um "imperialismo brasileiro" que só vê na região riquezas a ser exploradas.
Existem conflitos agrários com morte? Claro que existem como também existem conflitos com morte por cachaça, por mulher, por honra e tudo mais, aqui é área de colonização, para cá vieram pessoas boas e pessoas más.
O Governo Federal tem intervindo na Amazônia a seu bel prazer como se a região fosse o quintal da casa dos Governantes da hora, tem criado reservas de todos os títulos e aí se configura a reforma agrária como um mito, o Amazonida que deseja ter a sua terrinha aguarda, até hoje, que Brasília um dia pense em uma reserva para efeito de reforma agrária e assentamento dos (que fique bem claro) Amazônidas.
Quando falo de Amazônida falo também dos povos indígenas da Amazônia contra os quais o Governo vem, cruelmente, praticando "política de exclusão social" sob a capa de "reservas indígenas". Muito bonita a desculpa de preservação cultural deixando o índio em condições subhumanas de vida. A memória das pessoas é muito curta e o conhecimento da história do Brasil é inexistente, o brasileiro é o produto da mistura de europeus, índios e negros, aí está o belíssimo povo que surgiu, nem por isso deixamos esquecidas as nossas raízes culturais.
O Amazônida é o campeão mundial da preservação florestal, pasmem os senhores.
Há 60 anos o Brasil era detentor de apenas 7% de toda a floresta nativa do planeta terra, hoje possuímos 28%.
Depois de conversar com vários segmentos da sociedade Amazônica cheguei a conclusão que o Amazonida está disposto a encabeçar um grande movimento e constituir um "fundo" para iniciar um grande programa de reflorestamento dirigido à Grã Bretanha, Estados Unidos, França, Itália e outros países que ao longo dos últimos 60 anos devastaram as suas florestas.
Alguns colegas de imprensa têm badalado muito sobre a Amazônia e fica no ar a impressão que o Amazônida é perigoso devastador, desmatador, que é o inimigo. Vamos parar com isso, o Amazônida é um brasileiro como outro qualquer, apenas com coragem suficiente para viver e desenvolver a Amazônia.
Os Amazônidas pedem aquelas pessoas que habitam o nosso lindo planeta se abstenham de falar ou emitir juízo de valor sobre a região Amazônica e seu povo sem antes conhecê-los.
Falar de alguém ou de alguma coisa sem conhecimento de causa é pura "fofoca".
(Matéria publicada no site Beef Point "www.beefpoint.com.br", escrito por Gil Reis )
Gil Reis
Advogado e Apresentador de TV e vive na Amazônia há quase quarenta anos
Ser pecuarista na Amazônia não é uma das tarefas mais fáceis, principalmente agora que os governos os elegeram como "bola da vez".
Há alguns dias atrás um amigo, do Pará, que tem uma empresa de engenharia e também é pecuarista, queixando-se me disse:
- Gil não agüento mais tanta pressão, é o governo, o trânsito, os clientes, os operários e tudo mais, acho que vou largar tudo e mudar-me para a minha fazenda e dedicar-me a cuidar dos bois!
Ao que respondi de imediato,
- Amigo vá com calma, verifique primeiro se a fazenda ainda é sua ou se algum dia já foi sua.
Essa é a triste realidade do Estado do Pará, vários movimentos, autodenominados de "sem terras", invadem quase que diariamente as propriedades rurais.
Fala-se muito em desenvolvimento sustentável, contudo às vezes é muito difícil passar das idéias às ações. Tomemos como exemplo o Estado do Pará. Durante quase duas décadas o ITERPA, Instituto de Terras do Pará, deixou de emitir títulos de terra, não reconhece os títulos emitidos por cartórios antigos e ignora a propriedade de terras cuja posse, muitas vezes, ultrapassa 70 anos. A falta de títulos de propriedade emitidos por órgão competente enseja uma série de problemas, as terras ficam à mercê de invasores, grileiros e bandidos. Um programa, sério, de desenvolvimento sustentável passa, inevitavelmente pelo processo de Regularização Fundiária.
Não bastasse esse fato o Pecuarista é obrigado a desenvolver as suas pastagens e a criar o seu rebanho em apenas 20% de sua propriedade, em função da legislação ambiental, não vai aí nenhuma crítica à proteção ambiental e sim a forma que se quer proteger o meio ambiente.
Apesar de toda a perseguição a Pecuária do Pará desenvolveu-se nos últimos anos e possui, hoje, o invejável plantel de mais de 18.000.000 de cabeças, entretanto, a despeito do competente trabalho da ADEPARÁ que com a vacinação anual conseguiu erradicar a "aftosa", a carne produzida no Estado continua sofrendo com as barreiras sanitárias de alguns países.
A alternativa encontrada pela cadeia produtiva foi exportar o "boi em pé", ou seja o boi vivo, para países como Líbano e Venezuela e aí novo problema: - foi construído um logradouro turístico que abriga diversos restaurantes em área do porto de Belém (único porto destinado a cargas gerais) e em razão disso o Ministério Público moveu Ação pedindo a proibição do embarque do boi por causa do "mau cheiro", o Juiz do Feito concedeu a proibição.
O Pará tornou-se o maior exportador de gado vivo do Brasil, responsável por, aproximadamente, 97% das exportações e a reação veio de imediato, o Governo do Estado taxou a exportação do boi em R$ 22,00 reais por cabeça embarcada além de já cobrar o ICMS no transporte dos animais destinados a exportação, ambas são cobranças inconstitucionais.
Algumas organizações, não se sabe com que intenção, começaram a ocupar a mídia acusando a exportação do gado vivo como responsável pelo aumento do preço da carne e o povo, que não entende nada de economia rural, começa a acreditar na mentira:
- "O autor [da frase] não é bom, mas é verdade: uma mentira dita muitas vezes vira verdade". Frase de Goebels usada pelo Chanceler Celso Amorim
O que é terrível, uma vez que qualquer pessoa que entenda um pouquinho de Pecuária sabe que a exportação de boi vivo não está entre os motivos de aumento do preço da carne. Proporcionalmente ao abate a exportação de boi não é significativa. 2007 foi o ano recorde em exportação de gado e o Brasil exportou por volta de 1% do volume de abate.
Pesquisas, demonstram que a distorção no preço da carne não ocorre nem no Pecuarista nem no Frigorífico, muito menos por causa da exportação do gado vivo e sim na distribuição, alguns supermercados, de vários estados, chegam a aumentar o preço da carne fornecida pelos frigoríficos em índices que variam de 36,14% a 115,67%.
Notícias chegam que aquela organização internacional denominada "Greenpeace" estaria promovendo campanha contra os produtos amazônicos (que saudade da época na qual os estrangeiros eram proibidos de interferir na soberania dos países, isso não se trata de xenofobia e sim de auto defesa). O mundo deveria estar preocupado com o volume de recursos dessa organização (pela atuação e badalação o seu orçamento anual deve ser maior do que o de muitos países do chamado Terceiro Mundo) e do poder que ela vem adquirindo pretendendo tornar-se a consciência universal ecológica.
Para completar o Ministério de Meio Ambiente inventou a figura do "boi pirata". O assunto se não fosse tão trágico e perigoso para a propriedade privada seria cômico, o que deve achar o cidadão que de cadeia produtiva da pecuária só entende de comer o seu churrasco? Que se trata de um boi de perna de pau, muletas, tapa-olho e um papagaio no ombro ou boi falsificado?
Mas, deixemos de lado um pouco o Pecuarista da Amazônia e falemos desse tão sofrido povo que é o Amazônida, até para seguir o roteiro estabelecido pelo título deste artigo.
São 25.000.000 de brasileiros tentando sobreviver e desbravar uma das regiões mais difíceis e perigosas do mundo, a mor parte deles veio para cá atendendo ao apelo do Governo Federal: - "Integrar para não entregar", alguém lembra disso?
Fala-se muito em desmatamento, o que é inegável, todavia vamos as razões do fato:
- Onde o Brasil e o mundo acham que vivem os Amazônidas? Nas capitais da Amazônia? Ledo engano, boa parte dos 25.000.000 de habitantes da região vive no meio rural (o meio rural da Amazônia é a floresta) produzindo para o seu sustento e de sua família e, ainda, para alimentar o Brasil e o mundo.
Existem bandidos e irresponsáveis na Amazônia? Claro que sim, eles existem por igual no País inteiro.
Entretanto, os empresários e o povo da Amazônia são sérios, decentes e empreendedores, dotados de uma consciência de cidadania que desafia a de algumas regiões.
Fala-se muito em desmatamento, o que é inegável, entretanto é preciso que se diga que a Amazônia não é um território de loucos e desvairados que querem destruir as suas próprias terras e se for observado com bastante cuidado o mapa do desmatamento verificar-se-á que o aumento e o descontrole deu-se com o advento dos tais "sem terras" que invadem as propriedades destruindo-as e devastando as reservas florestais exigidas por lei.
O Amazônida vive acuado e perseguido por milhares de ONGS internacionais, por um Parlamento e um Governo Federal, ambos muito imaginativos, intervencionistas, cheios de "boas intenções" e sem qualquer noção do que é viver e sobreviver na Amazônia e, ainda, sob a exploração de um "imperialismo brasileiro" que só vê na região riquezas a ser exploradas.
Existem conflitos agrários com morte? Claro que existem como também existem conflitos com morte por cachaça, por mulher, por honra e tudo mais, aqui é área de colonização, para cá vieram pessoas boas e pessoas más.
O Governo Federal tem intervindo na Amazônia a seu bel prazer como se a região fosse o quintal da casa dos Governantes da hora, tem criado reservas de todos os títulos e aí se configura a reforma agrária como um mito, o Amazonida que deseja ter a sua terrinha aguarda, até hoje, que Brasília um dia pense em uma reserva para efeito de reforma agrária e assentamento dos (que fique bem claro) Amazônidas.
Quando falo de Amazônida falo também dos povos indígenas da Amazônia contra os quais o Governo vem, cruelmente, praticando "política de exclusão social" sob a capa de "reservas indígenas". Muito bonita a desculpa de preservação cultural deixando o índio em condições subhumanas de vida. A memória das pessoas é muito curta e o conhecimento da história do Brasil é inexistente, o brasileiro é o produto da mistura de europeus, índios e negros, aí está o belíssimo povo que surgiu, nem por isso deixamos esquecidas as nossas raízes culturais.
O Amazônida é o campeão mundial da preservação florestal, pasmem os senhores.
Há 60 anos o Brasil era detentor de apenas 7% de toda a floresta nativa do planeta terra, hoje possuímos 28%.
Depois de conversar com vários segmentos da sociedade Amazônica cheguei a conclusão que o Amazonida está disposto a encabeçar um grande movimento e constituir um "fundo" para iniciar um grande programa de reflorestamento dirigido à Grã Bretanha, Estados Unidos, França, Itália e outros países que ao longo dos últimos 60 anos devastaram as suas florestas.
Alguns colegas de imprensa têm badalado muito sobre a Amazônia e fica no ar a impressão que o Amazônida é perigoso devastador, desmatador, que é o inimigo. Vamos parar com isso, o Amazônida é um brasileiro como outro qualquer, apenas com coragem suficiente para viver e desenvolver a Amazônia.
Os Amazônidas pedem aquelas pessoas que habitam o nosso lindo planeta se abstenham de falar ou emitir juízo de valor sobre a região Amazônica e seu povo sem antes conhecê-los.
Falar de alguém ou de alguma coisa sem conhecimento de causa é pura "fofoca".
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Sejam Bem Vindos
Eu me chamo Elizeu Marcondes do Vale, sou Zootecnista e moro em Foz do Iguaçu no Paraná. Estou criando esse Blog trazendo uma oportunidade a mais para quem gosta do assunto nutrição animal e as políticas que influenciam nosso trabalho.Sou um apaixonado pela profissão, apesar de ter pouco tempo de atuação nesse mercado (3 anos), já atuei em empresas experientes no ramo.Hoje estou trabalhando na região da fronteira do Brasil com Paraguay, na verdade tenho trabalhado mesmo no Paraguay, é isso ai com os Brasiguaios, e o interessante é que daqui podemos ver as coisas de modo diferente, podemos analisar o mercado brasileiro pelo entrosamento e companheiros que ai estão, e vemos qual a opinião dos estrangeiros sobre o mercado e as condições do Brasil. E vejo que o Brasil vai muito bem, safras recordes, exportações de carne recordes (apesar de toda a politicagem que se esconde atrás de aftosa e similares), e apesar disso tudo sentimos que a situação poderia estar melhor, e por que não está? Culpa do governo? Cultura dos nossos produtores? Acho que não há um culpado ou responsável, claro que esses personagens são influenciadores diretos, mas acho que a situação do Brasil é uma questão de evolução natural, evolução da política, evolução da cultura de nosso povo, das novas tecnologias, da formação dos técnicos que estão levando ao campo o conhecimento dos centros de pesquisa, uma mudança lenta e geral.
É inegável que o nosso país está sim destinado a ser o grande produtor de alimento para o mundo, tem todas as condições para esse feito, tem até a função disso. Por isso não podemos perder tempo, ficar olhando o bonde passar, vamos arregaçar as mangas e fazer bem o nosso papel, cada um na sua função, mas com pensamento em fazer certo. Vamos deixar pra trás a cultura de que o esperto é o que trapaceia.
É inegável que o nosso país está sim destinado a ser o grande produtor de alimento para o mundo, tem todas as condições para esse feito, tem até a função disso. Por isso não podemos perder tempo, ficar olhando o bonde passar, vamos arregaçar as mangas e fazer bem o nosso papel, cada um na sua função, mas com pensamento em fazer certo. Vamos deixar pra trás a cultura de que o esperto é o que trapaceia.
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