sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Sujo falando do encardido

A associação de produtores rurais da Irlanda voltan a pedir embargo da carne bovina brasileira. Na matéria a baixo do site Beef Point (www.beefpoint.com.br) vocês podem ver o que diz o presidente da associação, depois volto a comentar:

"Os produtores irlandeses novamente atacaram os padrões da carne bovina brasileira que está sendo exportada à União Europeia (UE). O presidente da Associação de Produtores Rurais da Irlanda (IFA, da sigla em inglês), Padraig Walshe, disse que o último relatório do Serviço de Alimentação e Veterinária da União Europeia (FVO, sigla em ingles) da UE prova novamente que a produção de carne bovina no Brasil não cumpre os padrões dos europeus, com metade das propriedades inspecionadas falhando em cumprir os requerimentos da UE em assuntos importantes como registro, rastreabilidade e controles de movimentos. Além disso, ele disse que carne bovina brasileira desaprovada entrando na UE representa riscos sérios e inaceitáveis em termos de febre aftosa para o bloco europeu.

Walshe disse que com a confirmação do FVO de que o sistema no Brasil de verificação de fazendas para exportar para a Europa tem efetivamente falhado, o Comissário para Saúde e Direitos do Consumidor da Comissão Europeia, Androulla Vassiliou, precisa executar a parada imediata desse processo que tem liberado mais de 1.200 fazendas brasileiras até agora.

"Está claro e bem estabelecido por vários relatórios do FVO que as autoridades brasileiras não são capazes e nem preparadas para tomar as atitudes necessárias para cumprir os padrões da UE. A Comissão Europeia não tem outra alternativa a não ser re-impor uma barreira às importações de carne bovina brasileira".

"Esse último relatório novamente justificou as descobertas da investigação feita pela IFA/Farmers Journal no Brasil em 2007, que mostrou a falta de rastreabilidade do gado, ampla remoção ilegal de identificadores, movimentos e controles de febre aftosa totalmente inadequados e uso de hormônios promotores de crescimento".

Comento: Póis é vejam só como eles são rigorosos no controle de carne importadas. Porém vejam só uma matéria publicada pelo mesmo site em 26/01/2009:
"Mais de sete mil bovinos de oito rebanhos da Irlanda do Norte foram envolvidos na crise de contaminação com dioxina e serão abatidos a um custo estimado de 3 a 4 milhões de libras esterlinas (US$ 4,42 a 5,89 milhões). O Governo do país anunciou que um esquema de abate e descarte será introduzido para manter os animais que foram alimentados com ração contaminada fora da cadeia de alimentos humanos."
Resumindo, esses animais foram contaminados por falta de controle, e houve ainda o caso de contaminação da carne suina, nos abatedouros, pura falta de higiene dos frigoríficos. Então olhem isso, a Irlanda apontando seu dedo sujo ao Brasil nos acusando de falta de controle sanitário, temos que rir para não chorar.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

EUA têm menor rebanho bovino desde 1973

Pelo site Beef Point (www.beefpoint.com.br) em 31/07/2009:

"O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou na sexta-feira o relatório sobre o rebanho bovino do país, que mostrou que, em 1 de julho, o mesmo era de 101,8 milhões de cabeças, 1,5% a menos que no ano anterior e indicado como o menor rebanho desde que o USDA começou a registrar esses dados em 1973.

O número de bovinos e bezerros de engorda para o mercado de abates nos Estados Unidos em confinamentos com capacidade de 1.000 ou mais cabeças totalizou 9,8 milhões em 1 de julho, 5% a menos que em 1 de julho de 2008.

As colocações em estabelecimentos de engorda durante junho totalizaram 1,39 milhão, 8% a menos que em 2008, a segunda menor colocação para o mês de junho desde que esse registro começou em 1996.

O número de gado para engorda em todos os confinamentos dos EUA em 1 de julho de 2009 totalizou 11,6 milhões, 5% a menos que os 12,2 milhões que em 2008.

As vendas de gado gordo durante junho totalizaram 1,99 milhão, 1% a mais que em 2008. Esse é o segundo menor volume de gado gordo comercializado no mês de junho desde que o registro começou em 1996.

A reportagem é do MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint".

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Exportação de boi em pé: Brasil X Austrália

Pelo site Scot Consultoria (www.scotconsultoria.com.br): em 10/07/2009
Por Fabiano Tito Rosa

"De acordo com estatísticas do Australian Bureau of Statistics, divulgadas pelo Meat and Livestock Australia (MLA), a Austrália exportou 91.851 cabeças de gado bovino em maio último. Foi o melhor mês de maio desde 1997 e, no acumulado do ano (janeiro a maio), os embarques australianos já chegaram a 330.000 cabeças.

O Brasil, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), exportou 30.073 cabeças em maio, volume 67% menor do que o dos australianos. No acumulado de janeiro a maio, o Brasil embarcou 189.519 cabeças, 43% a menos do que a Austrália.

Em 2008 as exportações brasileiras chegaram a 398.820 cabeças. A Austrália, por sua vez, exportou 868.000 cabeças, 118% a mais que o Brasil.

A diferença está se estreitando. Vale destacar que o Brasil não exportava nada até 2002 e, hoje, já é o quarto maior exportador mundial de gado em pé, atrás apenas de Canadá, México e Austrália".

quarta-feira, 1 de julho de 2009

BNDES "viaja" na onda do Greenpeace

Pelo site Beef Point (www.beefpoint.com.br) em 01/07/2009:

"BNDES deve aumentar as exigências para frigoríficos

Depois que o Greenpeace e o Ministério Público do Pará denunciaram, em ações simultâneas, no início de junho, que parte da carne e do couro vendida por grandes frigoríficos vem de fazendas que desmatam a Amazônia - denúncias que atingiram também o BNDES, que é acionista de grandes frigoríficos-, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se prepara para anunciar, na semana que vem, um compromisso ambiental que prevê uma série de exigências para a concessão de empréstimos por parte do banco.

Dentre as exigências, estaria a implementação de um programa de rastreabilidade que permita dizer se a carne que chega aos supermercados tem origem em fazendas que contribuem para o desmatamento do bioma amazônico. Detalhes do compromisso foram acertados em reunião realizada na última sexta-feira em São Paulo, com representantes dos frigoríficos e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

A rastreabilidade é tida como a única forma de garantir com segurança que o gado não está avançando em áreas de desmatamento. Entretanto, os desafios para se colocar um "brinco" na orelha do boi são muitos. O principal é o notório alto índice de sonegação no setor. "A sonegação é muito forte e, se você coloca o brinco no boi, você tem de declarar o animal", diz um executivo do setor com passagem pelo governo. Estima-se que 35% do abate realizado no País seja informal. "Se não houver um grande incentivo, não vai funcionar." Além da informalidade, há a questão do custo.

Nas últimas semanas, a Associação Brasileira dos Exportadores de Carne (Abiec) recebeu oito empresas de tecnologia de rastreabilidade, e espera iniciar a implantação de um sistema de rastreabilidade piloto até o final deste ano. "Se o programa piloto der certo, em três a quatro anos podemos implantar o sistema em todo o País", diz o presidente da Abiec, Roberto Gianetti da Fonseca. "Assinar uma moratória da carne hoje é demagogia. Só com a rastreabilidade teremos condição de garantir desmatamento zero."

terça-feira, 23 de junho de 2009

Ajuda muito quem não atrapalha

Por Fabiano Tito Rosa do site Scot Consultoria (www.scotconsultoria.com.br) em 22/06/2009:

"Não vou entrar nos méritos. Mas o fato é que as ações do Ministério Público e da Polícia Federal no Pará e Rondônia têm servido, ao menos, para “bagunçar” o mercado do boi gordo. Ninguém sabe de quem pode comprar e para quem pode vender, levando à retração do ritmo dos negócios e à desvalorização da arroba.

Ao final, todos os pecuaristas saem prejudicados. Sem exceção.

No decorrer do mês de junho (até dia 19) a Scot Consultoria registrou desvalorização de 0,9% para a arroba do boi gordo, considerando a média de 28 praças pesquisadas.

As maiores retrações foram registradas justamente no Pará: -5,6% em Marabá e -7,0% na região de Redenção.

Em Rondônia, onde o mercado se mostrava relativamente firme, o boi recuou dois dias seguidos (18 e 19), passando de R$70,00/@ para R$68,00/@. Isso graças à “Operação Abate”.

Estive na Feicorte na semana passada, em São Paulo, e o futuro da pecuária na Amazônia Legal era o tema que dominava todas as rodas de discussão.

Logística deficiente, invasões de terra, pressões sócio-ambientais, ações do Ministério Público, ações da Polícia Federal, corrupção deslavada, preconceito, desgaste de imagem... será que dá para continuar produzindo carne no Norte do Brasil?".

terça-feira, 26 de maio de 2009

Diminui reserva mundial de grãos

Pelo site Portal do Agronegócio (www.portaldoagronegocio.com.br)em 26/05/2009.

"No caso da soja, a elevação das cotações internacionais responde ao que os analistas chamam de choque de oferta. Há dois anos o mundo produz menos soja do que consome.
Em 2009, a recessão econômica vai reduzir em 3% a demanda pelo grão, mas a produção mundial, que já havia sido deficitária no ciclo anterior, vai cair 4%. Como resultado, os estoques mundiais do grão recuarão ao mais baixo nível dos últimos cinco anos no ciclo 2008/09.

"Mesmo que a safra 2009/10 seja cheia no mundo todo, ainda assim não será suficiente para recompor os estoques", calcula Pedro Collussi, analista da AgraFNP. O excedente mundial de soja, que chegou a ser superior a 60 milhões de toneladas em 2007, será de apenas 42,5 milhões de toneladas no ciclo 2008/09. A relação entre estoque e consumo, que alcançou confortáveis 28% há dois anos, despencou para 19% neste ano. Os dados são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)...".

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Alguém tem que perder

Pelos site Beef Point (www.beefpoint.com.br) em 22/05/2009

"Minc busca apoio para se opor a ruralistas

A disputa em torno do Código Florestal continua acirrada e novas alianças começam a se formar. Acuado pela ação do forte lobby ruralista no Congresso, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, reagiu ontem às propostas de reforma do Código Florestal Brasileiro buscando o apoio de movimentos sociais de produtores familiares, assentados da reforma agrária, agricultores sem terra e ambientalistas.

Com este apoio Minc deve ter mais força nos debates e afirmou que a aliança com os produtores familiares seria estratégica para evitar uma "derrota histórica" nas discussões sobre a reforma do Código Florestal no Congresso. O avanço das teses ruralistas no Congresso preocupa os ambientalistas.

Para convencer os novos aliados, o ministro prometeu tratamento diferenciado aos agricultores familiares e afirmou que é possível estudar concessões como a recomposição de áreas de preservação permanente (APPs) com espécies nativas combinadas ao plantio de frutas e somadas as APPs com áreas de reserva legal, pagamento por serviços ambientais, regularização fundiária e a compensação de áreas degradadas com doações de áreas preservadas.

Também estão sendo discutidas medidas como permitir que pequenos produtores o cultivem regiões com declividade superior a 45 graus (topos de morro). "Tem que haver essa diferenciação da agricultura familiar e do agronegócio. Vamos manter e apoiar o Ministério do Meio Ambiente e derrubar as propostas dos ruralistas", disse a secretária de Meio Ambiente da Confederação dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Rosecléia dos Santos.

Na reunião, Minc afirmou que o encontro era o início do "movimento de reação" contra as alterações propostas na medida provisória 459, que modifica a legislação ambiental. "Não queremos uma derrota honrosa", afirmou. "Vamos dar um tratamento diferenciado à produção familiar para fazer face ao rolo compressor dos ruralistas e terminar de vez com esse terrorismo que está sendo tocado em cima do pequeno agricultor, que acaba sendo arregimentado para interesses daquele que quer passar a motosserra e o trator em cima do que restou."

A matéria é de Mauro Zanatta, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe Agripoint".

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Preço do boi gordo em queda

Pelo site Scot Consultoria (www.scotconsultoria.com.br) em 11/05/2009

Por Rafael Ribeiro de Lima Filho

"Os frigoríficos continuam pressionando negativamente os preços do boi gordo no Mato Grosso.

Na última semana, de acordo com levantamento da Scot Consultoria, a arroba caiu R$1,00 na região de Cuiabá e os negócios ocorreram, em geral, a R$71,00/@, a prazo, para descontar o funrural.

Com a melhor oferta de animais terminados nas últimas semanas, os frigoríficos alongaram as escalas de abates, que giram em torno de 5 a 6 dias . Entretanto, contando com preços menores, o pecuarista já começa a segurar o gado.

Na região de Cuiabá, o boi gordo acumula queda de quase 3% desde o início de maio, é a maior desvalorização no Estado".

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Abiec confirma que exportação para o Chile está liberada

Pelo site Beef Point (www.beefpoint.com.br) em 23/04/2009

"A exportação de carne bovina in natura e congelada do Brasil para o Chile está liberada a partir de hoje. A autorização foi dada ontem pelo governo chileno, conforme informações do diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Otávio Cançado. "O comércio de carne bovina com o Chile está liberado a partir de hoje", garantiu Cançado.

Ele explicou que 18 unidades de frigoríficos pleiteavam a liberação das exportações, das quais 16 tiveram o pedido atendido. Ainda não há, porém, detalhes sobre as plantas que foram aprovadas, nem sua localização. Cançado acrescentou que o objetivo agora é descobrir quais os critérios que levaram à desaprovação de duas unidades. "Mas acreditamos que isso pode ser revertido em breve, em questão de semanas, e todas as 18 unidades possam exportar para o Chile".

O diretor executivo acrescentou que o passo seguinte é retomar as vendas aos níveis de 2005, quando o comércio com aquele país foi fechado. Naquela época, o Chile deixou de reconhecer regiões do Brasil como livres de febre aftosa. Desde então, 36 unidades de frigoríficos ficaram impedidas de exportar carne bovina para aquele país. "Vamos trabalhar para que as 36 unidades voltem a exportar, pois todas têm o mesmo padrão de qualidade", garantiu.

Hoje o potencial de exportação de carne bovina para o Chile alcança cerca de 100 mil toneladas por ano, conforme cálculos da Abiec. O Brasil pode se tornar em breve o principal fornecedor de carne bovina para o Chile, tomando mercado de países como Argentina e Uruguai, que representam, respectivamente, 45% e 41% do volume importado.

Cançado criticou a demora na liberação das exportações pelo governo chileno. "Foram três anos para o reconhecimento do Brasil como área livre de aftosa e mais 4 meses para a habilitação das 16 unidades". "Outros países precisaram de 1 ano e meio entre o reconhecimento e as primeiras habilitações", concluiu.

As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint".

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Paraná se destaca na prevenção da gripe aviária

Pelo site Portal do Agronegócio (www.portaldoagronegocio.com.br) em 21/04/2009:

"O Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso têm a melhor classificação entre os 22 estados brasileiros que participam do Plano Nacional de Prevenção à Influenza Aviária e Doença de Newcastle, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O resultado foi anunciado pelo secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Inácio Kroetz, nesta sexta-feira (17), em Curitiba/PR. Esta é a segunda auditoria para avaliar o desempenho dos estados no programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA). Segundo Kroetz, com o relatório da avaliação, o setor público e a iniciativa privada de cada um dos 22 estados poderão criar um novo plano de ação e adotar medidas corretivas para melhorar a capacidade de gerenciamento e reação, em caso de detecção de algum foco da doença. O secretário ressaltou que o relatório indica os pontos fortes e fracos da atividade em cada região, lembrando que a classificação é específica para regionalizar o risco, não considerando a qualidade do produto.

Segurança aos consumidores

De acordo com Inácio Kroetz, o Plano Nacional de Prevenção à Influenza Aviária e Doença de Newcastle tem como objetivo fortalecer a estrutura de defesa sanitária e dar garantias aos consumidores sobre a qualidade dos produtos avícolas. "Em termos de volume, o frango é a carne mais exportada pelo Brasil. Atualmente, o País responde por cerca de 30% de participação na produção e exportação de frango de corte no mundo", destacou. A criação desse sistema de classificação atendeu a uma reivindicação do setor produtivo, dentro do programa de regionalização da avicultura brasileira. "O plano verifica a capacidade de gerenciamento de risco no setor aviário e conta com a participação de 22 estados brasileiros para análise dos procedimentos de proteção do plantel avícola nessas localidades", finalizou Kroetz".

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Paraguai: cresce exportação de carnes no 1º trimestre

Pelos site Beef Point (www.beefpoint.com.br) em 15/04/2009:

"Ao fechamento do primeiro trimestre, as exportações acumuladas de carne do Paraguai representam uma receita 2% superior à do mesmo período do ano passado, segundo um relatório de comércio exterior do Banco Central do Paraguai (BCP). O valor das exportações de carne foi de US$ 122,1 milhões, frente aos US$ 119,8 milhões do ano passado.

De acordo com as estatísticas, foi revertida a tendência que se vinha observando no segundo semestre do ano passado, já que em janeiro, o país obteve uma receita de exportação de carnes de US$ 29,7 milhões; em fevereiro, US$ 39,1 milhões e, em março, US$ 53,2 milhões.

No ano passado, observou-se um constante aumento até o mês de julho, quando a receita de exportações de carne chegou a US$ 77,9 milhões. Depois disso, a receita foi caindo, até chegar ao piso de US$ 29,7 milhões em janeiro desse ano.

As causas disso foram basicamente duas. Uma, a queda dos preços no mercado internacional, em coincidência com a crise econômica global; e a outra, a perda do mercado chileno devido à entrada de carne australiana, com maior competitividade na produção e um menor preço.

No entanto, nos últimos dois meses, a tendência decrescente se reverteu, o que terá um efeito positivo no setor de carnes. Isso também terá um efeito negativo para os consumidores, já que com o aumento das exportações se pode registrar um aumento no preço da carne, segundo expressaram técnicos do BCP.

Nos últimos meses, junto com a redução das exportações, houve uma queda nos preços da maioria dos cortes de carne. Embora os preços não tenham baixado muito, pelo menos se mantiveram mais accessíveis em comparação aos picos mais elevados registrados durante o ano anterior.

Com os resultados alcançados nos três primeiros meses do ano, a carne se mantém como o segundo produto de exportação do Paraguai, em divisas, atrás da soja.

A reportagem é do Ultimahora.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint".

terça-feira, 14 de abril de 2009

Mercado do boi gordo já recuperou parte da queda desde o começo do ano

Por Maria Gabriela O Tonini do site Scot Consultoria (www.scotconsultoria.com.br) em 14/04/2009.

"Do começo de 2009 até meados de março os preços do boi gordo caíram, em média, 8,64%, considerando as 28 praças pesquisadas pela Scot Consultoria. Em algumas regiões os recuos ultrapassaram 13%, como é o caso do Triângulo Mineiro, Belo Horizonte-MG e Goiás. Já em outras praças as cotações caíram menos. No Tocantins e no Pará, por exemplo, o boi gordo caiu cerca de 5% no período.

As quedas ocorreram pois houve uma diminuição na pressão do lado da demanda por carne. As exportações mantiveram-se inibidas, e os frigoríficos, receosos com a situação no mercado interno e externo, diminuíram os abates.

Mas, de meados de março até agora, o mercado tem trabalhado com preços mais firmes e em alta na maior parte das praças. Os pastos estão ajudando os pecuaristas na venda compassada dos animais e aos poucos as vendas de carne são retomadas.

Desde o início de março, o mercado já recuperou 3% dos 8,64% “perdidos” desde o começo do ano. Mas em comparação a abril de 2008, os preços hoje estão 2,12% mais altos, considerando todas as praças pesquisadas. Já em comparação com 2007, a alta chega a 41%.

De fato os preços caíram desde o começo do ano, mas em comparação com os anos anteriores, as cotações estão a favor do pecuarista".

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Estimativas para safra de grãos 2009

Pelo site Beef Point (www.beefpoint.com.br)em 08/04/2009

"A terceira estimativa da safra agrícola 2009, divulgada nesta terça-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), manteve a previsão de queda na produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas. O recuo apontado pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de março, no entanto, é menor do que o estimado em fevereiro.

De acordo com o documento, a produção este ano deverá atingir 136,4 milhões de toneladas, o que significa uma redução de 6,5% em relação à do ano passado, quando foram colhidos 145,9 milhões de toneladas. A área plantada deve chegar a 47,1 milhões de hectares, 0,1% menor que a de 2008 (47,2 milhões de hectares). A última previsão da safra agrícola, feita pelo IBGE em fevereiro, apontava uma queda de 7,3% em relação à do ano passado, em consequência das instabilidades climáticas, e um aumento de 0,3% na área plantada.

Entre os 25 produtos pesquisados, nove apresentam alta na estimativa de produção em relação a de 2008: amendoim em casca segunda safra (16,7%), arroz em casca (4,7%), cacau em amêndoa (3,1%), cana-de-açúcar (4,0%), cebola (5,9%), feijão primeira safra (17,4%), feijão segunda safra (5,8%), laranja (0,6%) e mandioca (3,8%).

O levantamento prevê ainda queda na produção nas regiões Sul (-8,8%), Centro-Oeste (-7,5%) e Sudeste (-4,3%). Já para o Nordeste (3,8%) e para o Norte (0,7%), a previsão é de alta.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também divulgou ontem (07), em Brasília, um novo levantamento da safra de grãos 2008/2009. A estatal prevê um resultado melhor do que o anterior, que previu a primeira alta após cinco quedas consecutivas. A produção deverá chegar a 137,57 milhões de toneladas, crescimento de 1,7% em relação à da pesquisa anterior, que projetava a colheita de 135,32 milhões de toneladas.

As informações são do DCI, adaptadas e resumidas pela Equipe AgriPoint".

terça-feira, 7 de abril de 2009

Preços de lácteos reagiram em março

Por Cristiane de Paula Turco do site Scot Consultoria (www.scotconsultoria.com.br), em 07/04/2009.

"De acordo com levantamento da Scot Consultoria os preços dos lácteos no varejo de São Paulo reagiram, em média, 2,38% em março. Em relação a março de 2008, as cotações ficaram cerca de 15% mais altas.

Já nas indústrias, os preços dos lácteos caíram 5% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Destaque para o leite em pó, cuja queda chegou a 22% no mesmo período.

Interessante destacar que, com exceção de pouquíssimos produtos, como o leite fluido e a manteiga, todos os produtos estão com cotações mais baixas do que no ano passado, situação bem diferente do que foi observada nos supermercados.

No varejo, apenas o valor do leite em pó está mais baixo. Isso se deve ao fato do Brasil ter diminuído as exportações do produto nos últimos meses, provocando excedente no mercado interno".

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Incentivo fiscal aos exportadores

Pelo site Beef Point (www.beefpoint.com.br) em 02/04/2009

"Há muito esperado pelos produtores agrícolas e especialmente pela agroindústria, a regulamentação do Drawback Integrado foi enfim assinada ontem pela secretaria da Receita Federal, Lina Maria Vieira. A nova portaria regulamenta a legislação que permite a isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do PIS/Cofins na aquisição de insumos no mercado interno, quando o produto final for destinado ao comércio internacional. O mecanismo foi criado em dezembro e o objetivo era incluir o setor agrícola, principalmente os avicultores.

Em entrevista à Gazeta Mercantil, a secretária da Receita Federal informou que a regulamentação do regime especial Drawback Integrado vai contribuir para estimular as empresas e melhorar os números da balança comercial. "Isso vai ajudar muito os exportadores, pois estamos fazendo a suspensão das alíquotas de IPI, PIS/Confins, para que essa indústria compre os insumos. Tudo que é empregado ou consumido na industrialização ou na elaboração do produto a ser exportado terá a suspensão desses tributos. Isso vai facilitar bastante a vida do exportador", disse Lina.

Questionada sobre o impacto fiscal com a inclusão do setor agrícola no drawback, a secretária Lina respondeu que não se deve exportar tributo e que o importante é o estímulo que o mecanismo vai proporcionar às exportações. No caso do setor agrícola, ela calcula uma desoneração de 14,25% nas alíquotas de PIS/Confins e IPI. Hoje a alíquota de PIS/Confins é de 9,25% e a do IPI de 5% em média.

Segundo a portaria, serão desonerados dos insumos o IPI vinculado à exportação e o PIS/Pasep e PIS/Confins. Serão beneficiadas pelo regime especial as empresas que declaram impostos pelo lucro real, segundo esclarecimentos de fontes do Fisco. E serão vedadas as empresas que declaram pelo Regime do Simples, lucro presumido e cooperativas, com exceção das cooperativas agrícolas.

"Essa é uma medida de facilitação. O que estamos fazendo é incentivar o mercado interno para que ele produza e exporte mais sem entraves que existiam na incidência do PIS/Confins em todos os insumos que o exportador adquiria para produzir o produto e exportar", declarou. O MDIC está desenvolvendo um software para incluir o setor agrícola no sistema especial Drawback Integrado.

A matéria é de Viviane Monteiro, publicada na Gazeta Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint".

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Preço do leite x alimentos concentrado

Pelo site Scot Consultoria (www.scotconsultoria.com.br): 01/04/2009

Por Cristiane de Paula Turco

"De acordo com levantamento realizado pela Scot Consultoria, em março, as relações de troca entre o leite e os principais alimentos concentrados melhoraram 7,6%, em média para o produtor, quando comparadas com o mesmo período de 2008.

Dos produtos analisados (farelo de soja, farelo proteinoso de milho, uréia pecuária, farelo de arroz, milho, farelo de trigo, polpa cítrica e caroço de algodão), a relação de troca com a polpa cítrica foi a que mais melhorou. Em média, o poder de compra do produtor de São Paulo aumentou 46,7% em relação a março do ano passado. Passou de 2,15 quilos de polpa/litro de leite para os atuais 3,16 quilos/litro de leite.

Apenas para o farelo de soja e para a uréia foi registrada queda nas relações de troca. Respectivamente, o poder aquisitivo do produtor piorou 25,4% e 10,7%. Isso porque além do preço do leite ter caído de 2008 para 2009, as cotações desses concentrados subiram no mesmo período.

Para os demais produtos analisados, considerando março de 2009 em relação a março de 2008, as relações de troca aumentaram 20,7% para o farelo proteinoso de milho, 14,1% para o farelo de arroz, 14,4% para o milho, 0,2% para o trigo e 0,7% para o caroço de algodão".

segunda-feira, 30 de março de 2009

Bovinos: aumento no abate de fêmeas

30/03/2009
Por Maria Gabriela O Tonini, retirado do site Scot Consultoria (www.scotconsultoria.com.br).

"A participação das vacas nos abates de bovinos (vacas + bois) voltou a diminuir em 2008.

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerando os abates de bois e vacas, as fêmeas tiveram participação de 38,6%.

A participação nesta proporção não ocorria desde 2003, quando as fêmeas representaram 36,6% do abate.



Entre 2004 e 2007, o aumento da proporção de fêmeas abatidas indicou abate exacerbado de matrizes e conseqüente redução do rebanho e da produção de carne. Mas em 2008, pelo segundo ano consecutivo, a participação das fêmeas no abate diminuiu, o que indica menor abate de matrizes e conseqüente retomada do ciclo pecuário".

quarta-feira, 18 de março de 2009

Kroetz: "Brasil ainda precisa se livrar do estigma da febre aftosa"

Pelo site Sonotícias (www.sonoticias.com.br/agronoticias/)
18 de março de 2009 - 10:58h
Autor: Agência Safras

"O Brasil ainda precisa se livrar do estigma da febre aftosa, segundo afirmou nessa terça, Inácio Kroetz, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre o balanço da Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa de 2008, divulgado na segunda/feira.

"No momento em que estivermos livres da febre aftosa, mesmo com vacinação, nós vamos alcançar mercados que são mais exigentes mas, por sua vez, pagam melhora", afirmou o secretário.

Segundo o balanço, foram imunizados cerca de 168 milhões de animais na primeira etapa e 170 milhões na segunda, atingindo uma cobertura de 96% e 97%, respectivamente.

A meta é que o Brasil esteja livre da febre aftosa com vacinação dos animais até o final de 2010 e que, no futuro, a vacinação não seja mais
necessária, como ocorre atualmente em Santa Catarina".

terça-feira, 17 de março de 2009

Email

Bom dia pessoal, só um aviso: para me mandar email utilize o endereço "elizeudv@hotmail.com" o meu email "elizeudv@gmail.com" tenho consultado pouco por isso posso demorar para responder.
Obrigado.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Preços precuários em alta na Austrália

Pelo site Scot Consultoria (www.scotconsultoria.com.br) 16/03/2009.
Por Fabiano Tito Rosa

"De acordo com relatório do Meat and Livestock Austrália (MLA) os preços pecuários estão em alta no país. O movimento teve início para os bovinos “tipo exportação”, mas agora se espalhou para todas as categorias.

O MLA destaca, sem citar valores, que o clima mais favorável e o reaquecimento das vendas externas de carne e de gado respondem pelo movimento.

No que diz respeito à exportação, aponta que os preços de cortes congelados voltaram a subir para a União Européia. Que a demanda da Indonésia continua forte e que a Rússia está retomando as compras de carne sul-americana, com destaque para a brasileira, já promovendo recuperação das cotações.

Em síntese, há sinais de que o comércio internacional está voltando a se aquecer. Lembrando que, ao contrário do Brasil, a Austrália já havia registrado embarques recordes em fevereiro último".

sexta-feira, 6 de março de 2009

Carne bovina: mercado interno x mercado externo

Pelo site Scot Consultoria (www.scotconsultoria.com.br) em 06/03/2009.

"De 2000 a 2008 as exportações brasileiras de carne bovina cresceram 268%, sendo que a produção aumentou 45%. A importância do mercado externo, portanto, quase triplicou.

Ano passado, porém, as vendas externas registraram retração significativa. A produção também diminuiu, mas em menor proporção (mesmo considerando que esse número ainda pode ser revisto para baixo). Dessa forma, o mercado externo perdeu um pouco de sua importância.

Esse quadro pode se intensificar em 2009. Apesar de não haver ainda estatísticas de abate/produção atualizadas, é provável que as vendas externas estejam mantendo um ritmo de queda mais acentuado em relação ao ajuste que se observa para os abates.

Afinal, além do problema do crédito, é preciso considerar que, internamente, as quedas que vêem sendo registradas para a carne bovina têm sido relativamente mais comedidas do que no mercado internacional".

quinta-feira, 5 de março de 2009

Brasil aumenta área de alto risco na fronteira oeste

Pelo site Beef Point (www.beefpoint.com.br) dia 05/03/2009:

"A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) publicou no Diário Oficial desta quarta-feira (4) a portaria 1.758, que altera o documento de criação da Zona de Alta Vigilância (ZAV), localizada na fronteira entre Mato Grosso do Sul e os dois países vizinhos.

Até então, a ZAV era composta por 11 municípios, que fazem fronteira com o Paraguai. Com a nova portaria, Corumbá e Ladário também são incluídos na área de proteção especial, ampliando as ações severas de cobertura do trânsito e da vacinação do gado para a área fronteiriça com a Bolívia.

A ZAV fica composta pelos municípios de Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Japorã, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho, Sete Quedas, e agora, Corumbá e Ladário.

Criada em janeiro de 2008, a Zona de Alta Vigilância é uma região onde as ações de fiscalização do gado, tanto no trânsito como em ações de vacinação, são mais severas. Isso se deve aos focos de febre aftosa registrados em 2005, em alguns municípios do sul do Estado.

Em julho do ano passado, Mato Grosso do Sul recuperou o status de área livre de febre aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Já no começo deste ano, técnicos da União Européia visitaram propriedades para verificar as condições sanitárias e ampliar o comércio de carne bovina in natura entre o Estado e o bloco econômico.

Também no Diário Oficial desta quarta-feira (4), a Iagro definiu o calendário de vacinação contra a febre aftosa para 2009. Nas duas etapas, o período foi antecipado em, aproximadamente, 30 dias.

A primeira etapa acontece de 1° de abril a 15 de maio, com a vacinação de todo o rebanho bovino e bubalino, independente da idade. Já a segunda parte da vacinação deve acontecer entre 1° de outubro a 15 de novembro, também todo o rebanho bovino e bubalino, independente da idade.

Na vacinação de 2008, foram imunizados cerca de 21 milhões de cabeças de gado em todo o Estado. Após a vacinação, os produtores tem o prazo de 15 dias para informar à Iagro.

As informações são da Seprotur, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint".

segunda-feira, 2 de março de 2009

Rússia volta a comprar carne bovina paraguaia

Pelo site Beef Point (www.beefpoint.com.br) dia 02/03/2009.

"A Rússia retomou a compra de carne bovina paraguaia após ter praticamente suspendido suas compras em agosto passado em decorrência da crise financeira internacional, segundo informou o Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) do Paraguai.

O Senacsa disse que, nas duas primeiras semanas de fevereiro, os russos compraram 1.500 toneladas de carne, superando as 117 toneladas adquiridas em janeiro. Assim, a Rússia pode voltar a ser um dos principais mercados do Paraguai.

O principal mercado de carne do Paraguai é o Chile, que comprou nos dois primeiros meses do ano 5.700 toneladas, pagando US$ 17 milhões; em terceiro lugar está a Venezuela, com 1.600 toneladas.

A reportagem é do The Associated Press, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint".

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Exportação de bovinos vivos para abate ou reprodução

Pelo site Scot Consultoria (www.scotconsultoria.com.br) dia 23/02/2009.

"O Brasil exporta bovinos vivos para engorda/abate e para reprodução. No entanto, o mercado que mais cresce é o de animais para engorda e abate, em função dos preços mais baixos, maior facilidade de vendas e de acesso a mercados. Do ponto de vista sanitário, é mais complicado comercializar animais para reprodução.

O fato é que o Brasil ainda exporta um volume muito pequeno de bovinos para reprodução, mesmo tendo preços relativamente atrativos.

Em 2008, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o preço médio dos bovinos brasileiros exportados para engorda/abate foi de US$920 por cabeça. No mesmo período, os animais para reprodução foram comercializados por cerca de US$1.460 por cabeça. Uma diferença de quase 60% por animal".

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Produtores de leite querem desoneração de PIS e Cofins

Pelo site Portal do Agronegócio (www.portaldoagronegocio.com.br) em 19/02/2009:

"A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, disse que levou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última segunda-feira (16) pedido para desonerar o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) dos insumos para criação de gado leiteiro.

Segundo a senadora, as taxas representam 40% do valor da ração e 5% dos sais minerais consumido pelos rebanhos. Segundo os cálculos da CNA, a desoneração pode reduzir de 4 a 6 centavos o custo de produção.

A CNA também pede que os países do Mercosul adotem uma tarifa externa comum taxando o leite importado em 30%. "É justo e transparente", comentou Kátia Abreu".

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Rastreabilidade: O Brasil e seus concorrentes no Cone Sul

Ótimo artigo publicado no site Beef Point (www.beefpoint.com.br) sobre os sistemas de rastreabilidade usados na America Latina, vale a pena dar uma conferida. A matéria é escrita pelo pecuarista Nelson Pineda e pelo professor Júlio Otávio Jardim Barcellos do departamento de Zootecnia da UFRGS.
Coloco a seguir um trecho da publicação do dia 17/02/2009:

"No mercado internacional da carne bovina, a exclusão ou embargo a um dos fornecedores, como é o caso do Brasil, produz movimentações em toda a cadeia do negócio. Um caso típico ocorreu após o embargo da UE, a Suíça também procedeu da mesma forma e estava criada a crise da Cervela - a linguiça nacional da Suíça - que precisa de tripa de zebuíno para sua fabricação. Depois que os suíços descobriram que a tripa de zebuíno dava maior resistência e durabilidade ao seu produto, todas as máquinas foram adaptadas às características da tripa de zebuínos e o Brasil era o grande fornecedor.

Sem o Brasil a crise da Cervela chegou quase a inviabilizar a fabricação da lingüiça nacional Suíça. Felizmente o Paraguai se credenciou como país livre de febre aftosa com vacinação, tem hoje um sistema de rastreabilidade e resolveu o problema dos suíços, conquistou um mercado, antes atendido pelo Brasil, e está credenciado para exportar para o Chile e a UE.

O Brasil está esperando a resposta da auditoria da União Européia sobre os novos rumos do SISBOV. Nossos maiores consumidores até 2007 continuarão fazendo exigências de equivalência de processos de rastreabilidade da carne bovina brasileira para importar novamente. Temos necessidade de reavaliar o que temos feito e se o grau de complexidade imposto aos produtores não está sendo um novo fator complicador do SISBOV.

A realidade é uma só, ou facilitamos o processo de rastreabilidade sem fazer mais do que está sendo exigido ou continuaremos sofrendo sanções com conseqüências incalculáveis sobre o já deprimido preço da arroba, agora diante de um cenário do comércio internacional desfavorável".

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Paraguai: volume exportado aumentou 200% em cinco anos

Pelo site Beef Point (www.beefpoint.com.br) em 15/02/2009

"Segundo os dados estatísticos do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) do Paraguai, em 2003, foram exportadas 50.586 toneladas de carne bovina enquanto no ano passado as exportações foram de 155.755 toneladas, ou seja, esse valor triplicou em apenas cinco anos.

Um dos indicadores de crescimento econômico do setor pecuário é o saldo exportável de carne bovina, principal produto de venda ao exterior da pecuária paraguaia. De acordo com os dados da Direção de Planejamento e Estatística da Direção Geral de Serviços Técnicos (Digesetec) do Senacsa, o volume de exportação de carne bovina em 2003 foi de apenas 50.586 toneladas, com um valor de US$ 57 milhões.

Em 2003, os mercados habilitados para a carne paraguaia eram escassos por causa da febre aftosa. No entanto, no começo de 2005, o país recuperou o status sanitário de país livre de febre aftosa com vacinação. A partir desde ano, o volume de exportação de carne aumentou mais que o dobro (126.000 toneladas) e os valores passaram a ser preponderantes para a economia do país, já que se aproximou dos US$ 250 milhões.

Nos anos seguintes, o crescimento do saldo exportável de carne bovina foi sustentado, salvo em 2007, quando houve uma pequena queda, mas somente para se recuperar plenamente em 2008, quando foi registrado recorde absoluto e histórico de exportação.

Em 2008, o Paraguai exportou 155.755 toneladas de carne bovina, 17.122 toneladas de miúdos e 62.502 toneladas de subprodutos, por um valor total de US$ 735,613 milhões, valor nunca antes alcançado pelo setor de carne.

Outro dado do relatório do Senacsa é que, apesar de ter caído abruptamente os envios de carne à Rússia no final de 2008 (mais especificamente a partir de outubro) por causa da crise financeira global, este mercado representou 48,05% de toda a carne bovina exportada pelo Paraguai. Depois da Rússia esteve o Chile, com 29,66% e Angola, com 6,04%.

A reportagem é do ABC Color Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint".

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

UE: importações de carne recuam, preços aumentam

Por Beef Point (www.beefpoint.com.br) - 30/01/2009

A União Europeia (UE) apresentou fortes aumentos nos preços dos bovinos durante 2008, principalmente como resultado das menores importações de carne bovina do Brasil e da menor produção.

De janeiro a outubro de 2008, os volumes de importação da UE caíram em 38%, para 202.900 toneladas com relação ao ano anterior, de acordo com dados do Global Trade Atlas. As importações de carne bovina brasileira, o principal fornecedor do produto ao bloco europeu, caíram em 71%, para 61.400 toneladas em 2008 como resultado de uma barreira parcial.

De todos os principais fornecedores de carne bovina à UE, o Uruguai foi o único que aumentou seus envios a este mercado em 2008, com as importações aumentando em 72%, para 43.500 toneladas de janeiro a outubro. O valor médio das importações aumentou em 17%. Os maiores preços foram devido ao número limitado de fornecedores, à medida que a Argentina continuou com uma barreira parcial às exportações imposta pelo Governo, o Paraguai tem um número limitado de fazendas com permissão para exportar ao mercado europeu e os Estados Unidos permaneceram parcialmente banidos da UE devido às questões relacionadas ao uso de hormônios de crescimento.

Outros produtores menores que aumentaram seus envios à UE foram Nova Zelândia, Andorra, Croácia e Austrália.

A produção de carne bovina da UE em 2008 foi afetada pelos menores abates de novilhos e pelo declínio nos pesos médios das carcaças. Além disso, os níveis de abate de bovinos na UE caíram como resultado da retenção de animais pelos produtores leiteiros, devido às crescentes cotas de produção de leite e pelos maiores preços do produto deste a metade de 2007.

A reportagem é do Meat and Livestock Australia (MLA), traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.