Pelo site Beef Point (www.beefpoint.com.br) no dia 16/12/2008.
"A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne) recomenda aos brasileiros que estão em viagem na Europa, que não consumam carne irlandesa.
Ao pedir carne nos restaurantes, o brasileiro deve se informar sobre a origem do produto. Se for irlandesa, descarte, diz a entidade. Otávio Cançado, diretor de relações institucionais da Abiec, diz que é "um absurdo" a atitude das autoridades irlandesas e da União Européia envolvidas no episódio de dioxina encontrada na carne da Irlanda, principal abastecedor de carne bovina na Europa. O nível de dioxina na carne bovina foi de 2 a 3 vezes superior ao permitido pelo Codex Alimentarius. Na suína, atingiu 200 vezes.
Cançado acha inadmissível o desleixo irlandês, principalmente quando as autoridades afirmaram que havia uma diferença muito grande entre os níveis da bovina e suína. Diferença existe, mas em ambos os casos há problemas aos consumidores, segundo Cançado.
Por muito menos, a União Européia baniu a carne brasileira dos países do bloco no início deste ano. Na avaliação da Abiec, o país teve problemas, mas nada tão sério como o da dioxina, que causa câncer. "Androulla Vassiliou, comissária européia para a saúde do consumidor, já deveria ter se manifestado sobre o assunto", diz Cançado.
A matéria é de Mauro Zafalon, publicada na Folha de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint".
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Queda no preço do sal mineral
Pelo site Beef Point (www.beefpoint.com.br) no dia 15/12/2008:
"Sal mineral: preço cai após 12 meses de alta
Após 12 meses de alta, o preço do sal mineral, item que mais pesa no custo de produção da pecuária, apresentou queda de 0,39% em outubro na média nacional. Este recuo se deve principalmente à redução da demanda por insumos para a produção de alimentos, decorrente da crise financeira mundial.
Apesar da retração, o custo da suplementação mineral acumula alta de 95,65% em 2008, segundo informações dos Ativos da Pecuária de Corte, publicação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP). Dos dez estados incluídos na pesquisa, Mato Grosso do Sul registrou a maior desvalorização do sal mineral em outubro, de 7,67%.
O levantamento revela também que o Custo Operacional Efetivo (COE) subiu 0,23% em outubro, depois de registrar ligeira queda de 0,05% no mês anterior. No ano, a elevação do COE é de 30,67%. Já o Custo Operacional Total (COT) teve variação mensal de 0,42%, chegando a 27,74% de janeiro a outubro.
As informações são da Agência CNA, adaptadas pela equipe AgriPoint".
"Sal mineral: preço cai após 12 meses de alta
Após 12 meses de alta, o preço do sal mineral, item que mais pesa no custo de produção da pecuária, apresentou queda de 0,39% em outubro na média nacional. Este recuo se deve principalmente à redução da demanda por insumos para a produção de alimentos, decorrente da crise financeira mundial.
Apesar da retração, o custo da suplementação mineral acumula alta de 95,65% em 2008, segundo informações dos Ativos da Pecuária de Corte, publicação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP). Dos dez estados incluídos na pesquisa, Mato Grosso do Sul registrou a maior desvalorização do sal mineral em outubro, de 7,67%.
O levantamento revela também que o Custo Operacional Efetivo (COE) subiu 0,23% em outubro, depois de registrar ligeira queda de 0,05% no mês anterior. No ano, a elevação do COE é de 30,67%. Já o Custo Operacional Total (COT) teve variação mensal de 0,42%, chegando a 27,74% de janeiro a outubro.
As informações são da Agência CNA, adaptadas pela equipe AgriPoint".
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Emissão de metano pela pecuária
Pelo site Beef Point (www.beefpoint.com.br), em 12/12/2008.
"Mapa: pecuária já reduziu emissão do gases
A quantidade de gás metano emitido por quilo de carne produzida reduziu, pelo menos 30%, nos últimos 18 anos. A informação é do professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo, Paulo Henrique Mazza Rodrigues, que participou do workshop sobre Sustentabilidade na Pecuária de Corte, realizado nesta quarta-feira (10), em Brasília. O metano é um dos principais gases que provocam o efeito estufa.
Segundo Paulo Henrique Mazza, um dos fatores que contribuíram para essa redução foi diminuir a idade do abate. "Não foi preciso mexer em nada em relação ao metano. Nós conseguimos reduzir a emissão desse gás trabalhando com estratégias de redução da idade do abate de cinco para três anos", afirma.
Durante o workshop foram apresentadas, ainda, outras ações que podem ajudar na diminuição da emissão de gases pela pecuária brasileira. Entre elas, a recuperação de áreas degradadas, controle do desmatamento, melhoria de qualidade das forragens, manejo adequado das pastagens e também o incentivo aos programas de sustentabilidade agropecuária.
O Programa de Integração Lavoura-Pecuária-Silvicultura (ILPS) e o Sistema Agropecuário de Produção Integrada (Sapi), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), também foram apresentados durante o evento. Os projetos investem na capacitação de técnicos e na conscientização de produtores sobre a emissão dos gases do efeito estufa, além do aperfeiçoamento de linhas de créditos para aqueles que adotam programas de sustentabilidade.
As informações são do Mapa, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint".
COMENTO:
Esse asunto ainda é um tanto quanto mistificado pelos ecologistas, póis não é feito um cálculo de quanto gás carbonico é evitado de ser liberado no meio através do uso de subprodutos industriais consumidos na pecuária, tanto de corte como de leite, esses subprodutos (orgânicos) são grande fonte de gás carbónico, coloco a seguir uma lista de alguns emissores e absorvedores de gás:
"Tabela 1. Fluxos de carbono entre os diversos reservatórios do planeta.
Fluxo Reservatório Taxa (Pg C ano-1) *
Efluxo para a atmosfera
Queima de combustíveis fósseis 5,3
Cultivo do solo 0,6-2,6
Respiração das plantas 40-60
Decomposição de resíduos orgânicos 50-60
Sub-total 95,9-127,9
Influxo da atmosfera
Fotossíntese 100-120
Absorção pelos oceanos 1,6-2,4
Sub-total 101,6-122,4
Balanço (efluxo – influxo) 1,8 m 1,4
15 * Pg = 10 g
Fonte: Lal et al. (1995).
Efeito Estufa: Potencialidades e Contribuições da Agricultura"
Notem como a decomposição de matéria orgânica é altamente poluente, se o Brasil fizesse um levantamento sério de quanto dióxido de carbono as matas alagadas por barragens emitem a atmosfera o país passaria de vendedor a comprador de bónus de carbono.
Voltando ao assunto da pecuária, na nutrição de grandes confinamentos (corte e leite) se consome muito resíduo industrial, restos de alimentos que seriam transformado provavelmente em adubo orgânico, a conta desse gás que deixa de ir para a atmosféra não é creditada aos bois né!!!
"Mapa: pecuária já reduziu emissão do gases
A quantidade de gás metano emitido por quilo de carne produzida reduziu, pelo menos 30%, nos últimos 18 anos. A informação é do professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo, Paulo Henrique Mazza Rodrigues, que participou do workshop sobre Sustentabilidade na Pecuária de Corte, realizado nesta quarta-feira (10), em Brasília. O metano é um dos principais gases que provocam o efeito estufa.
Segundo Paulo Henrique Mazza, um dos fatores que contribuíram para essa redução foi diminuir a idade do abate. "Não foi preciso mexer em nada em relação ao metano. Nós conseguimos reduzir a emissão desse gás trabalhando com estratégias de redução da idade do abate de cinco para três anos", afirma.
Durante o workshop foram apresentadas, ainda, outras ações que podem ajudar na diminuição da emissão de gases pela pecuária brasileira. Entre elas, a recuperação de áreas degradadas, controle do desmatamento, melhoria de qualidade das forragens, manejo adequado das pastagens e também o incentivo aos programas de sustentabilidade agropecuária.
O Programa de Integração Lavoura-Pecuária-Silvicultura (ILPS) e o Sistema Agropecuário de Produção Integrada (Sapi), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), também foram apresentados durante o evento. Os projetos investem na capacitação de técnicos e na conscientização de produtores sobre a emissão dos gases do efeito estufa, além do aperfeiçoamento de linhas de créditos para aqueles que adotam programas de sustentabilidade.
As informações são do Mapa, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint".
COMENTO:
Esse asunto ainda é um tanto quanto mistificado pelos ecologistas, póis não é feito um cálculo de quanto gás carbonico é evitado de ser liberado no meio através do uso de subprodutos industriais consumidos na pecuária, tanto de corte como de leite, esses subprodutos (orgânicos) são grande fonte de gás carbónico, coloco a seguir uma lista de alguns emissores e absorvedores de gás:
"Tabela 1. Fluxos de carbono entre os diversos reservatórios do planeta.
Fluxo Reservatório Taxa (Pg C ano-1) *
Efluxo para a atmosfera
Queima de combustíveis fósseis 5,3
Cultivo do solo 0,6-2,6
Respiração das plantas 40-60
Decomposição de resíduos orgânicos 50-60
Sub-total 95,9-127,9
Influxo da atmosfera
Fotossíntese 100-120
Absorção pelos oceanos 1,6-2,4
Sub-total 101,6-122,4
Balanço (efluxo – influxo) 1,8 m 1,4
15 * Pg = 10 g
Fonte: Lal et al. (1995).
Efeito Estufa: Potencialidades e Contribuições da Agricultura"
Notem como a decomposição de matéria orgânica é altamente poluente, se o Brasil fizesse um levantamento sério de quanto dióxido de carbono as matas alagadas por barragens emitem a atmosfera o país passaria de vendedor a comprador de bónus de carbono.
Voltando ao assunto da pecuária, na nutrição de grandes confinamentos (corte e leite) se consome muito resíduo industrial, restos de alimentos que seriam transformado provavelmente em adubo orgânico, a conta desse gás que deixa de ir para a atmosféra não é creditada aos bois né!!!
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Frigorífico JBS aposta na america latina
Matéria publicada no site Beef Point (www.beefpoint.com.br) em 09/10/2008:
"JBS diz que continuará crescendo em 2009
Nem EUA, nem Europa, nem Ásia: em meio à desaceleração global da economia, as oportunidades de investimento em 2009 se concentrarão na América do Sul. Quem afirma é Joesley Batista, presidente da JBS-Friboi, frigorífico brasileiro que é o maior do mundo e luta hoje para aumentar a liderança no mercado americano.
"Venho dizendo desde o início do ano e mantenho: as oportunidades para o próximo ano estarão no Mercosul", disse Batista. "Nos EUA e na Austrália, pela fatia de mercado que já temos, o período de expansão acabou."
Quando questionado pela Folha de SP a respeito das ações contra a aquisição da National Beef,
Joesley Batista comentou, "o acordo de compra não pode ser concluído enquanto houver essa oposição do Departamento da Justiça. Por enquanto, estamos nas tratativas iniciais entre as partes. O processo é longo, acho que ainda levará cerca de seis meses até chegar às audiências".
Para o presidente do JBS essa aquisição, será a maior dos EUA por uma boa margem de diferença em relação aos concorrentes. "Perseguimos tanto essa compra porque ela aumenta nossa economia de escala e eficiência e melhora os custos", explica.
Quanto à possibilidade da concentração do mercado causar alta nos preços, Batista foi enfático, "isso é bobagem. O que ocorre é o contrário. Nós já conseguimos baixar nosso custo de processamento por cabeça de gado de US$ 210 para US$ 160, e nossa expectativa é baixar para US$ 120. Se a compra não for feita, essa nova eficiência não vai poder ser refletida no preço final do boi e da carne".
Para ele em 2009 aparecerão oportunidades no Mercosul, mas no momento não há nenhuma aquisição ou investimento planejado, o momento é de preservar caixa. "O orçamento não está fechado. Mas estamos mantendo planos originais, achamos que vamos ser capazes de seguir crescendo".
A matéria é de Andrea Murta, publicada na Folha de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint".
"JBS diz que continuará crescendo em 2009
Nem EUA, nem Europa, nem Ásia: em meio à desaceleração global da economia, as oportunidades de investimento em 2009 se concentrarão na América do Sul. Quem afirma é Joesley Batista, presidente da JBS-Friboi, frigorífico brasileiro que é o maior do mundo e luta hoje para aumentar a liderança no mercado americano.
"Venho dizendo desde o início do ano e mantenho: as oportunidades para o próximo ano estarão no Mercosul", disse Batista. "Nos EUA e na Austrália, pela fatia de mercado que já temos, o período de expansão acabou."
Quando questionado pela Folha de SP a respeito das ações contra a aquisição da National Beef,
Joesley Batista comentou, "o acordo de compra não pode ser concluído enquanto houver essa oposição do Departamento da Justiça. Por enquanto, estamos nas tratativas iniciais entre as partes. O processo é longo, acho que ainda levará cerca de seis meses até chegar às audiências".
Para o presidente do JBS essa aquisição, será a maior dos EUA por uma boa margem de diferença em relação aos concorrentes. "Perseguimos tanto essa compra porque ela aumenta nossa economia de escala e eficiência e melhora os custos", explica.
Quanto à possibilidade da concentração do mercado causar alta nos preços, Batista foi enfático, "isso é bobagem. O que ocorre é o contrário. Nós já conseguimos baixar nosso custo de processamento por cabeça de gado de US$ 210 para US$ 160, e nossa expectativa é baixar para US$ 120. Se a compra não for feita, essa nova eficiência não vai poder ser refletida no preço final do boi e da carne".
Para ele em 2009 aparecerão oportunidades no Mercosul, mas no momento não há nenhuma aquisição ou investimento planejado, o momento é de preservar caixa. "O orçamento não está fechado. Mas estamos mantendo planos originais, achamos que vamos ser capazes de seguir crescendo".
A matéria é de Andrea Murta, publicada na Folha de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint".
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Fogo Amigo
Publicado no site Beef Point (www.beefpoint.com.br) dia 05/12/2008:
"O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, defendeu ontem sua proposta para alterar o Código Florestal, disse que nunca foi favorável ao desmatamento ilegal e chamou o Ministério do Meio Ambiente de "incompetente" no combate à destruição da floresta.
A proposta, apresentada na terça-feira, inclui uma anistia para quem desmatou as áreas de preservação permanente (APPs) e plantou nesses locais até 31 de julho de 2007. APPs são topos de morro, margens de rios e encostas - áreas que não podem ser ocupadas e precisam ser recuperadas.
Segundo Stephanes, é preciso manter a agricultura "em topo de morro, serra e várzea em áreas já consolidadas, onde as pessoas estão produzindo há 50 ou há 100 anos".
Para ele, se o código for mantido como está, "toda a produção de uva do Rio Grande [do Sul], de fruta de Santa Catarina e metade do café de Minas Gerais estariam proibidos". "Isso tem de ser corrigido ou vamos efetivamente assumir publicamente que a metade do café de Minas tem de ser erradicado."
O ministro enfatizou, porém, que nunca defendeu o desmatamento. "Se alguém derruba ilegalmente a madeira, ponha-se na cadeia. Isso não é problema meu. Isso é problema de incompetência do Ministério do Meio Ambiente, que não consegue colocar na cadeia os caras que derrubam madeira."
Após sua proposta receber críticas de ambientalistas, o ministro também respondeu a eles: "Ambientalistas não plantam. Eles comem, poluem".
O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) afirmou que sua pasta não tem competência para prender, mas "multa, embarga e ajuíza ações". "Me custa crer que uma pessoa com a experiência dele tenha feito um comentário tão injusto. Mas vou relevar. Concedo perdão não aos desmatadores, mas ao ministro temporariamente descompensado."
Minc disse que enviou ontem a Stephanes uma lista de 12 propostas para recomeçar o diálogo no sentido de reformar o Código Florestal, de 1965.
As informações Folha de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint".
"O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, defendeu ontem sua proposta para alterar o Código Florestal, disse que nunca foi favorável ao desmatamento ilegal e chamou o Ministério do Meio Ambiente de "incompetente" no combate à destruição da floresta.
A proposta, apresentada na terça-feira, inclui uma anistia para quem desmatou as áreas de preservação permanente (APPs) e plantou nesses locais até 31 de julho de 2007. APPs são topos de morro, margens de rios e encostas - áreas que não podem ser ocupadas e precisam ser recuperadas.
Segundo Stephanes, é preciso manter a agricultura "em topo de morro, serra e várzea em áreas já consolidadas, onde as pessoas estão produzindo há 50 ou há 100 anos".
Para ele, se o código for mantido como está, "toda a produção de uva do Rio Grande [do Sul], de fruta de Santa Catarina e metade do café de Minas Gerais estariam proibidos". "Isso tem de ser corrigido ou vamos efetivamente assumir publicamente que a metade do café de Minas tem de ser erradicado."
O ministro enfatizou, porém, que nunca defendeu o desmatamento. "Se alguém derruba ilegalmente a madeira, ponha-se na cadeia. Isso não é problema meu. Isso é problema de incompetência do Ministério do Meio Ambiente, que não consegue colocar na cadeia os caras que derrubam madeira."
Após sua proposta receber críticas de ambientalistas, o ministro também respondeu a eles: "Ambientalistas não plantam. Eles comem, poluem".
O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) afirmou que sua pasta não tem competência para prender, mas "multa, embarga e ajuíza ações". "Me custa crer que uma pessoa com a experiência dele tenha feito um comentário tão injusto. Mas vou relevar. Concedo perdão não aos desmatadores, mas ao ministro temporariamente descompensado."
Minc disse que enviou ontem a Stephanes uma lista de 12 propostas para recomeçar o diálogo no sentido de reformar o Código Florestal, de 1965.
As informações Folha de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint".
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
China e Brasil, isso era óbvio só o Lula não sabia
Numa matéria publica no site Beef Point (www.beefpoint.com.br) hoje(segue a baixo em 28/11/2008) mostram que a balança comercial entre Brasil e China, desde que o país do oriente foi declarado como economia de mercado pelo nosso governo, está desfavorável ao nosso país em mais de 4,5 bilhões de dólares. Alguma surpresa? Só se for para os gênios do nosso governo que declaram o país que mais cresce devido principalmente as suas exportações tecnológicas e baratas. Agora o nossos grandes estrategistas apostam no setor agrícola para equilibrar esse déficit, será que o governo chinês será tão bonzinho como o nosso?
"O Brasil planeja concluir acordos sanitários com a China na área de carnes bovina, suína e de aves para aumentar exportações e reverter a forte tendência de déficit observada na balança comercial entre os dois países.
A estratégia que dá prioridade a alimentos foi traçada a partir de um levantamento que revela que o déficit é, na prática, superior ao que mostram as estatísticas.
Uma missão do Ministério da Agricultura está na China, e acordos sanitários deverão ser assinados para permitir a entrada de carne suína e bovina e a retomada das exportações de aves. Atualmente, a China já consome esses produtos brasileiros, mas eles são primeiramente exportados a Hong Kong e então redirecionados ao continente.
Um levantamento do governo brasileiro apurou que o déficit comercial com a China no primeiro semestre de 2008 foi superior a US$ 1 bilhão, apesar do alto preço das commodities observado entre janeiro e junho. As commodities são o principal tipo de produto que o Brasil exporta para a China.
Levando a alta dos preços em consideração, o Ministério da Agricultura fez uma simulação da balança recalculando as trocas do primeiro semestre com preços de commodities de 2006 e concluiu que o déficit real seria superior a US$ 4,5 bilhões.
"A tendência do déficit é explodir se os preços agrícolas continuarem a cair rapidamente como estão caindo agora com a crise", afirmou o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Célio Porto, à BBC Brasil. "Onde é que o Brasil pode equilibrar, ou diminuir o déficit, no comércio com a China? É na área agrícola", acrescentou o secretário.
"E em que produtos nós temos maiores chances de reduzir esse déficit mais rapidamente? Nas carnes, que são produtos dos quais somos grandes exportadores mundiais e, na China, nós não estamos ainda entrando."
As informações são da BBC Brasil, publicada na Folha Online, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint".
"O Brasil planeja concluir acordos sanitários com a China na área de carnes bovina, suína e de aves para aumentar exportações e reverter a forte tendência de déficit observada na balança comercial entre os dois países.
A estratégia que dá prioridade a alimentos foi traçada a partir de um levantamento que revela que o déficit é, na prática, superior ao que mostram as estatísticas.
Uma missão do Ministério da Agricultura está na China, e acordos sanitários deverão ser assinados para permitir a entrada de carne suína e bovina e a retomada das exportações de aves. Atualmente, a China já consome esses produtos brasileiros, mas eles são primeiramente exportados a Hong Kong e então redirecionados ao continente.
Um levantamento do governo brasileiro apurou que o déficit comercial com a China no primeiro semestre de 2008 foi superior a US$ 1 bilhão, apesar do alto preço das commodities observado entre janeiro e junho. As commodities são o principal tipo de produto que o Brasil exporta para a China.
Levando a alta dos preços em consideração, o Ministério da Agricultura fez uma simulação da balança recalculando as trocas do primeiro semestre com preços de commodities de 2006 e concluiu que o déficit real seria superior a US$ 4,5 bilhões.
"A tendência do déficit é explodir se os preços agrícolas continuarem a cair rapidamente como estão caindo agora com a crise", afirmou o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Célio Porto, à BBC Brasil. "Onde é que o Brasil pode equilibrar, ou diminuir o déficit, no comércio com a China? É na área agrícola", acrescentou o secretário.
"E em que produtos nós temos maiores chances de reduzir esse déficit mais rapidamente? Nas carnes, que são produtos dos quais somos grandes exportadores mundiais e, na China, nós não estamos ainda entrando."
As informações são da BBC Brasil, publicada na Folha Online, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint".
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Ruralistas pedem mais verbas
Publicado pelo site Beef Point (www.beefpoint.com.br) em 21/11/2008.
"Ruralistas pedem mais R$ 3,5 bi para enfrentar a crise
Considerado um dos setores prioritários na estratégia do governo de tentar minimizar o impacto da crise financeira mundial no crescimento do país no ano que vem, o agronegócio apresentou nesta semana sua fatura à equipe econômica.
Depois da injeção de R$ 13 bilhões neste ano, os agricultores pedem mais R$ 3,5 bilhões até o início de 2009, além de uma solução para R$ 75 bilhões em dívidas das três últimas safras e a criação de um fundo com dinheiro do Orçamento da União para reduzir o risco atribuído ao setor pelos bancos e permitir que os produtores possam tomar novos empréstimos para a safra 2009/2010.
Tudo isso, de acordo com a nova presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), precisa ser acompanhado da definição "de uma política de abastecimento e renda".
Na prática, isso significa novas regras para os subsídios dados pelo governo para seguro rural, diminuição da carga de juros e garantia de um preço mínimo para os produtos na época da comercialização.
O setor rural tem a seu favor o temor do governo de que a crise global interrompa a onda de crescimento econômico justamente nos dois últimos anos do governo Lula.
"O cenário é preocupante e a população sentirá as conseqüências desta crise quando ela atingir a mesa", afirmou a senadora, traçando quadro ameaçador. "Chegamos ao nosso limite. Máquinas estão sendo arrastadas, recursos para comercialização da safra atual são insuficientes e não há crédito para a safra 2009/2010", diz.
As informações são do jornal Folha de SP, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint".
"Ruralistas pedem mais R$ 3,5 bi para enfrentar a crise
Considerado um dos setores prioritários na estratégia do governo de tentar minimizar o impacto da crise financeira mundial no crescimento do país no ano que vem, o agronegócio apresentou nesta semana sua fatura à equipe econômica.
Depois da injeção de R$ 13 bilhões neste ano, os agricultores pedem mais R$ 3,5 bilhões até o início de 2009, além de uma solução para R$ 75 bilhões em dívidas das três últimas safras e a criação de um fundo com dinheiro do Orçamento da União para reduzir o risco atribuído ao setor pelos bancos e permitir que os produtores possam tomar novos empréstimos para a safra 2009/2010.
Tudo isso, de acordo com a nova presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), precisa ser acompanhado da definição "de uma política de abastecimento e renda".
Na prática, isso significa novas regras para os subsídios dados pelo governo para seguro rural, diminuição da carga de juros e garantia de um preço mínimo para os produtos na época da comercialização.
O setor rural tem a seu favor o temor do governo de que a crise global interrompa a onda de crescimento econômico justamente nos dois últimos anos do governo Lula.
"O cenário é preocupante e a população sentirá as conseqüências desta crise quando ela atingir a mesa", afirmou a senadora, traçando quadro ameaçador. "Chegamos ao nosso limite. Máquinas estão sendo arrastadas, recursos para comercialização da safra atual são insuficientes e não há crédito para a safra 2009/2010", diz.
As informações são do jornal Folha de SP, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint".
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Soja Transgênica no Paraná
Matéria publicada no site Portal do Agronegócio (www.portaldoagronegocio.com.br) em 18/11/2008 ás 9:00 horas.
"A soja transgênica ultrapassou a convencional nesta safra e atingiu 60% de cobertura nas lavouras, conforme os números apurados pela Expedição Safra 2008/09. O índice era de 49% na safra passada. Essa expansão de 11 pontos já considera o aumento na área plantada, que passou de 4 milhões para 4,1 milhões de hectares.
No primeiro ano da sondagem realizada pela Rede Paranaense de Comunicação (RPC), na safra 2006/2007, a semente geneticamente modificada (GM) cobria 47% da área de 3,96 milhões de hectares. Era a primeira safra oficial, após da liberação comercial da tecnologia, com sementes transgênicas legalizadas.
No ciclo atual, a nova pesquisa da Expedição mostra que a transgenia se firma como opção no manejo de ervas daninhas. Os produtores e especialistas ouvidos pelas equipe de campo (técnicos e jornalistas) são unânimes em relação a essa tendência. Eles afirmam que a soja transgênica cresce sempre que as variedades mais produtivas de cada região ganham sua versão GM. Por outro lado, não consideram a opção definitiva. Se a soja transgênica tem custo maior, o produtor tende a voltar à soja convencional a partir do momento em que consegue controlar as pragas com o uso de glifosato, tolerado pela soja modificada.
A expansão da soja GM foi mais forte no Oeste e no Sudoeste, disse o pesquisador da Embrapa Soja, sediada em Londrina (Norte), Lineu Domit, do setor de Transferência de Tecnologia. Em sua avaliação, o fato de os produtores dessas regiões darem preferência à soja de ciclo curto favoreceu a semente transgênica. Com a chegada de uma diversidade cada vez maior de soja modificada ao mercado, o produtor deverá se guiar basicamente pelo custo, apontou.
A disponibilidade de sementes transgênicas adaptadas ao clima da região Centro do Paraná também melhorou, segundo a Agrária, de Entre Rios. Seus 540 cooperados cultivam 69 mil hectares de soja, praticamente a mesma área do ano passado. A participação das sementes transgênicas aumentou de 16% para 40%, conforme a cooperativa. As convencionais têm a preferência na região porque ainda apresentam produtividade mais elevada, além de parte da produção receber um prêmio (valor diferenciado de venda).
A facilidade no controle de ervas daninhas tem peso maior no Centro-Sul. Em Palmeira, segundo a Coopagrícola, com sede em Ponta Grossa, predominam os grãos transgênicos. O uso de variedades geneticamente modificadas ocorre em 79% da área da cooperativa nesta safra, ante 80% na anterior, já considerando a redução da área total, que foi de 2,7% (de 28,9 mil para 28,1 mil hectares de soja). Essa foi exatamente a mesma tendência verificada pela Batavo, de Carambeí, que tem 20% de 66,3 mil hectares com variedades transgênicas: a área total caiu 2,7% e a de soja manteve sua proporção, de um quinto.
O produtor Manoel Henrique Pereira, cooperado da Batavo em Palmeira, explica que o produtor da região não pode focar só a produtividade. Ele planta apenas soja transgênica, alegando que economiza no uso de herbicidas e beneficia o ambiente. Nonô Pereira associa o grão GM ao plantio direto na palha e à rotação de culturas e diz que, assim, tem mais sustentabilidade na lavoura. O controle sobre as ervas daninhas lhe permite plantar soja na mesma época em que colhe o trigo, dependendo apenas da umidade.
Para o agricultor José Armando Gafuri, de Toledo, na Região Oeste, a opção é custo e manejo. Todo verão ele cobre seus 50 hectares com soja e há três anos só planta sementes GM. “Não conseguia controlar o mato. Só comecei a me sair bem depois do transgênico”, relata.
GM free
Existem agricultores atentos às novas tecnologias, mas que ainda plantam, exclusivamente, soja convencional. Ivo Arnt, de Tibagi (Campos Gerais), explica que atende a um nicho de mercado que prefere a semente tradicional. Ele conta ainda que não tem problemas graves com ervas daninhas. Alcança 3,2 mil quilos por hectare. Com boa produtividade e relativo controle do mato, Eduardo Caldeirão, de Sertanópolis (Norte), também reserva seus 100 hectares de soja à semente convencional. Nesta safra, ele pretende colher 3,4 mil quilos por hectare.
Termômetro da produção no Paraná
Um dos termômetros da produção de soja no estado, os números da Coamo, com sede em Campo Mourão, confirmam a projeção feita pela Expedição Safra.
Com mais de 1 milhão de hectares, a cooperativa responde por 1¼4 da área de cultivo da oleaginosa no estado. Neste ano, entre 55% e 60% do cultivo de seus cooperados será com sementes geneticamente modificadas (GM), afirma Antônio Carlos Ostrowski, supervisor de unidades da Coamo. Na safra anterior, lembra, essa cobertura ficou entre 50% e 55%.
Considerando Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, os cooperados somam uma área total de soja de 1,4 milhão de hectares. Na média, entre GM e convencional, a produtividade é de 3.000 quilos/hectare. O custo de produção, segundo Ostrowski, ficou idêntico entre as duas tecnologias. `Agora, a opção é puramente manejo, pela facilidade no controle de ervas daninhas e de aplicação de herbicida´".
"A soja transgênica ultrapassou a convencional nesta safra e atingiu 60% de cobertura nas lavouras, conforme os números apurados pela Expedição Safra 2008/09. O índice era de 49% na safra passada. Essa expansão de 11 pontos já considera o aumento na área plantada, que passou de 4 milhões para 4,1 milhões de hectares.
No primeiro ano da sondagem realizada pela Rede Paranaense de Comunicação (RPC), na safra 2006/2007, a semente geneticamente modificada (GM) cobria 47% da área de 3,96 milhões de hectares. Era a primeira safra oficial, após da liberação comercial da tecnologia, com sementes transgênicas legalizadas.
No ciclo atual, a nova pesquisa da Expedição mostra que a transgenia se firma como opção no manejo de ervas daninhas. Os produtores e especialistas ouvidos pelas equipe de campo (técnicos e jornalistas) são unânimes em relação a essa tendência. Eles afirmam que a soja transgênica cresce sempre que as variedades mais produtivas de cada região ganham sua versão GM. Por outro lado, não consideram a opção definitiva. Se a soja transgênica tem custo maior, o produtor tende a voltar à soja convencional a partir do momento em que consegue controlar as pragas com o uso de glifosato, tolerado pela soja modificada.
A expansão da soja GM foi mais forte no Oeste e no Sudoeste, disse o pesquisador da Embrapa Soja, sediada em Londrina (Norte), Lineu Domit, do setor de Transferência de Tecnologia. Em sua avaliação, o fato de os produtores dessas regiões darem preferência à soja de ciclo curto favoreceu a semente transgênica. Com a chegada de uma diversidade cada vez maior de soja modificada ao mercado, o produtor deverá se guiar basicamente pelo custo, apontou.
A disponibilidade de sementes transgênicas adaptadas ao clima da região Centro do Paraná também melhorou, segundo a Agrária, de Entre Rios. Seus 540 cooperados cultivam 69 mil hectares de soja, praticamente a mesma área do ano passado. A participação das sementes transgênicas aumentou de 16% para 40%, conforme a cooperativa. As convencionais têm a preferência na região porque ainda apresentam produtividade mais elevada, além de parte da produção receber um prêmio (valor diferenciado de venda).
A facilidade no controle de ervas daninhas tem peso maior no Centro-Sul. Em Palmeira, segundo a Coopagrícola, com sede em Ponta Grossa, predominam os grãos transgênicos. O uso de variedades geneticamente modificadas ocorre em 79% da área da cooperativa nesta safra, ante 80% na anterior, já considerando a redução da área total, que foi de 2,7% (de 28,9 mil para 28,1 mil hectares de soja). Essa foi exatamente a mesma tendência verificada pela Batavo, de Carambeí, que tem 20% de 66,3 mil hectares com variedades transgênicas: a área total caiu 2,7% e a de soja manteve sua proporção, de um quinto.
O produtor Manoel Henrique Pereira, cooperado da Batavo em Palmeira, explica que o produtor da região não pode focar só a produtividade. Ele planta apenas soja transgênica, alegando que economiza no uso de herbicidas e beneficia o ambiente. Nonô Pereira associa o grão GM ao plantio direto na palha e à rotação de culturas e diz que, assim, tem mais sustentabilidade na lavoura. O controle sobre as ervas daninhas lhe permite plantar soja na mesma época em que colhe o trigo, dependendo apenas da umidade.
Para o agricultor José Armando Gafuri, de Toledo, na Região Oeste, a opção é custo e manejo. Todo verão ele cobre seus 50 hectares com soja e há três anos só planta sementes GM. “Não conseguia controlar o mato. Só comecei a me sair bem depois do transgênico”, relata.
GM free
Existem agricultores atentos às novas tecnologias, mas que ainda plantam, exclusivamente, soja convencional. Ivo Arnt, de Tibagi (Campos Gerais), explica que atende a um nicho de mercado que prefere a semente tradicional. Ele conta ainda que não tem problemas graves com ervas daninhas. Alcança 3,2 mil quilos por hectare. Com boa produtividade e relativo controle do mato, Eduardo Caldeirão, de Sertanópolis (Norte), também reserva seus 100 hectares de soja à semente convencional. Nesta safra, ele pretende colher 3,4 mil quilos por hectare.
Termômetro da produção no Paraná
Um dos termômetros da produção de soja no estado, os números da Coamo, com sede em Campo Mourão, confirmam a projeção feita pela Expedição Safra.
Com mais de 1 milhão de hectares, a cooperativa responde por 1¼4 da área de cultivo da oleaginosa no estado. Neste ano, entre 55% e 60% do cultivo de seus cooperados será com sementes geneticamente modificadas (GM), afirma Antônio Carlos Ostrowski, supervisor de unidades da Coamo. Na safra anterior, lembra, essa cobertura ficou entre 50% e 55%.
Considerando Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, os cooperados somam uma área total de soja de 1,4 milhão de hectares. Na média, entre GM e convencional, a produtividade é de 3.000 quilos/hectare. O custo de produção, segundo Ostrowski, ficou idêntico entre as duas tecnologias. `Agora, a opção é puramente manejo, pela facilidade no controle de ervas daninhas e de aplicação de herbicida´".
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Exportação de carne argentina em baixa
Matério publicada no site Portal do Agronegócio (www.portaldoagronegocio.com.br) em 10 de novembro de 2008.
"Os cortes da Cota Hilton foram os mais afetados, sofrendo redução de 37% no mesmo período. A queda nas exportações decorre principalmente do auto-embargo imposto pelo governo da Argentina na tentativa de diminuir a inflação interna.
Exportadores argentinos também enfrentam dificuldades no cumprimento dos contratos. "Os compradores estão pedindo redução dos preços. Importadores russos já pedem descontos de 35% para os cortes", informa a Scot Consultoria.
"Existe a expectativa de que a oferta de gado na Argentina diminua em 2009, conseqüência do abate de matrizes ocorrido nos último dois anos. O descarte vem em linha com as atitudes do governo de restringir as exportações e sobretaxar a atividade, além da seca que atingiu as principais regiões produtoras", comentam os analistas".
"Os cortes da Cota Hilton foram os mais afetados, sofrendo redução de 37% no mesmo período. A queda nas exportações decorre principalmente do auto-embargo imposto pelo governo da Argentina na tentativa de diminuir a inflação interna.
Exportadores argentinos também enfrentam dificuldades no cumprimento dos contratos. "Os compradores estão pedindo redução dos preços. Importadores russos já pedem descontos de 35% para os cortes", informa a Scot Consultoria.
"Existe a expectativa de que a oferta de gado na Argentina diminua em 2009, conseqüência do abate de matrizes ocorrido nos último dois anos. O descarte vem em linha com as atitudes do governo de restringir as exportações e sobretaxar a atividade, além da seca que atingiu as principais regiões produtoras", comentam os analistas".
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Isenção de imposto pode chegar na lavoura
O site Suinocultura industrial (www.suinoculturaindustrial.com.br) publica uma reportagem mostrando um estudo do governo para retirar os impostos federais sobre grãos, veja a seguir alguns trechos, "O Governo estuda incluir produtos primários, como grãos e carnes, na política de «drawback verde amarelo», que permite o desconto de impostos federais pagos na compra, no mercado interno, de matérias-primas e componentes de mercadorias vendidas ao exterior. A regra atual vale apenas para os produtos industriais. A medida aumentaria a competitividade do setor agrícola, um dos grandes responsáveis pelas exportações do país, que tem sido afetado pela falta de crédito resultante da crise financeira internacional".
Ótima notícia, nada mais justo, mais uma decisão inteligente, temos que reconhecer o ministro Reinhold Estephanes tem promovido grandes avanços no ministério da agricultura, aliás é o primeiro ministro da agricultura do atual governo que realmente tem agido a favor dos agricultores.
Segue mais um trecho da reportagem, "Além do drawback, Stephanes sinalizou ontem que o Governo pode adotar medidas adicionais de apoio ao setor agrícola, especialmente com créditos para o término do plantio da safra de grãos e para a comercialização, que começa daqui a seis meses, afirmando que o Governo está preocupado com o setor de algodão do Centro-Oeste". Aqui quero destacar mais uma grande vantagem desse tipo de política rural, diferentemente dos governos vizinhos, principalmente argentino, o governo brasileiro vem estimulando o desenvolvimento do produtor (a exportação), mesmo que a passos de tartaruga em algumas questões como no tema de reforma agrária e invasões de terra (o que é crime e deveria ser fortemente combatido, até mesmo para evitar todas essas mortes no campo), mas sem nos desviarmos do assunto principal, quero mostrar como o governo estimula o desenvolvimento da agropecuária com medidas como esta, que melhora o comércio de grãos e os dele dependente consequentemente.
Ótima notícia, nada mais justo, mais uma decisão inteligente, temos que reconhecer o ministro Reinhold Estephanes tem promovido grandes avanços no ministério da agricultura, aliás é o primeiro ministro da agricultura do atual governo que realmente tem agido a favor dos agricultores.
Segue mais um trecho da reportagem, "Além do drawback, Stephanes sinalizou ontem que o Governo pode adotar medidas adicionais de apoio ao setor agrícola, especialmente com créditos para o término do plantio da safra de grãos e para a comercialização, que começa daqui a seis meses, afirmando que o Governo está preocupado com o setor de algodão do Centro-Oeste". Aqui quero destacar mais uma grande vantagem desse tipo de política rural, diferentemente dos governos vizinhos, principalmente argentino, o governo brasileiro vem estimulando o desenvolvimento do produtor (a exportação), mesmo que a passos de tartaruga em algumas questões como no tema de reforma agrária e invasões de terra (o que é crime e deveria ser fortemente combatido, até mesmo para evitar todas essas mortes no campo), mas sem nos desviarmos do assunto principal, quero mostrar como o governo estimula o desenvolvimento da agropecuária com medidas como esta, que melhora o comércio de grãos e os dele dependente consequentemente.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Paraguai aumenta controle de febre aftosa na fronteira
Matéria publicada no site Beef Point (www.beefpoint.com.br) dia 28/10/2008.
"Autoridades do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) do Paraguai informaram que resolveram aumentar as medidas de controle da febre aftosa na denominada zona de Alta Vigilância, ao longo das fronteiras comuns com Brasil, Argentina e Bolívia, em uma faixa de 15 quilômetros desde a linha fronteiriça.
Para isso, estabeleceram maiores requisitos para a mobilização dos animais nesta zona em virtude do programa de controle e erradicação da febre aftosa disposto pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para a região.
De acordo com o estabelecido pelo Senacsa, dentro dos requisitos para o movimento dos animais para abate da zona de Alta Vigilância, os mesmos deverão estar sem sinais clínicos de febre aftosa 30 dias antes do embarque. O veículo de transporte habilitado tem que ser lavado, desinfetado e selado, sem contato com outras espécies susceptíveis, e durante o transporte, deverão passar por postos de controle obrigatório estabelecidos.
Além disso, só podem ser mobilizados animais identificados, indicaram autoridades do serviço veterinário.
A reportagem é do ABC Color Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint".
"Autoridades do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) do Paraguai informaram que resolveram aumentar as medidas de controle da febre aftosa na denominada zona de Alta Vigilância, ao longo das fronteiras comuns com Brasil, Argentina e Bolívia, em uma faixa de 15 quilômetros desde a linha fronteiriça.
Para isso, estabeleceram maiores requisitos para a mobilização dos animais nesta zona em virtude do programa de controle e erradicação da febre aftosa disposto pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para a região.
De acordo com o estabelecido pelo Senacsa, dentro dos requisitos para o movimento dos animais para abate da zona de Alta Vigilância, os mesmos deverão estar sem sinais clínicos de febre aftosa 30 dias antes do embarque. O veículo de transporte habilitado tem que ser lavado, desinfetado e selado, sem contato com outras espécies susceptíveis, e durante o transporte, deverão passar por postos de controle obrigatório estabelecidos.
Além disso, só podem ser mobilizados animais identificados, indicaram autoridades do serviço veterinário.
A reportagem é do ABC Color Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint".
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Ministério da Agricultura x Ministério do Ambiente
Publicado no site Beef Point (www.beefpoint.com.br):
"O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem em Curitiba que o colega Carlos Minc (Meio Ambiente) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinaram - sem ler - um decreto sobre penas a produtores rurais que desrespeitarem leis de proteção ambiental.
O decreto 6.514, publicado em julho, prevê penas como suspensão das atividades e embargos de propriedades e rebanhos, caso o produtor não conserve ou restaure áreas de reserva legal. Para Stephanes, o decreto "criminalizou os agricultores brasileiros".
"O problema é que ninguém leu. Eu disse isso ao ministro Minc quando ele mandou o decreto ao presidente: "Você não leu o decreto, o presidente não leu o decreto. Ninguém leu o decreto'", declarou Stephanes.
Ele deu a declaração ao criticar o decreto e o Código Florestal. "As multas são desproporcionais", afirmou. "[Se] aplicar essa legislação da forma que foi colocada, eu posso garantir a vocês, áreas inteiras deixarão de produzir", disse. Ele disse que é preciso "ter coragem para alterar o Código Florestal."
Para Stephanes, o decreto impõe "medidas genéricas" a regiões diferentes, como encostas e topos de morros em Minas Gerais e no Sul. Caso houvesse leis que seguissem o perfil de cada região, o ministro disse que problemas como a derrubada da floresta amazônica poderiam acabar.
Ele defendeu ainda que ONGs não deveriam participar de discussões sobre proteção dos recursos naturais porque são, segundo ele, financiadas por poluidores - "inclusive pelos grandes poluidores do mundo, pelas grandes empresas petrolíferas". Ele também criticou o Banco do Brasil ao pedir "mais velocidade" na liberação de recursos para a safra 2008/ 2009 diante da crise financeira global.
A matéria é de Dimitri do Valle, publicada no jornal Folha de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint".
"O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem em Curitiba que o colega Carlos Minc (Meio Ambiente) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinaram - sem ler - um decreto sobre penas a produtores rurais que desrespeitarem leis de proteção ambiental.
O decreto 6.514, publicado em julho, prevê penas como suspensão das atividades e embargos de propriedades e rebanhos, caso o produtor não conserve ou restaure áreas de reserva legal. Para Stephanes, o decreto "criminalizou os agricultores brasileiros".
"O problema é que ninguém leu. Eu disse isso ao ministro Minc quando ele mandou o decreto ao presidente: "Você não leu o decreto, o presidente não leu o decreto. Ninguém leu o decreto'", declarou Stephanes.
Ele deu a declaração ao criticar o decreto e o Código Florestal. "As multas são desproporcionais", afirmou. "[Se] aplicar essa legislação da forma que foi colocada, eu posso garantir a vocês, áreas inteiras deixarão de produzir", disse. Ele disse que é preciso "ter coragem para alterar o Código Florestal."
Para Stephanes, o decreto impõe "medidas genéricas" a regiões diferentes, como encostas e topos de morros em Minas Gerais e no Sul. Caso houvesse leis que seguissem o perfil de cada região, o ministro disse que problemas como a derrubada da floresta amazônica poderiam acabar.
Ele defendeu ainda que ONGs não deveriam participar de discussões sobre proteção dos recursos naturais porque são, segundo ele, financiadas por poluidores - "inclusive pelos grandes poluidores do mundo, pelas grandes empresas petrolíferas". Ele também criticou o Banco do Brasil ao pedir "mais velocidade" na liberação de recursos para a safra 2008/ 2009 diante da crise financeira global.
A matéria é de Dimitri do Valle, publicada no jornal Folha de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint".
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Mercado Paraguaio de Carne Precisa ser mais Competitivo
Publicado no site Beef Point (www.beefpoint.com.br) dia 20-10-2008.
"A carne paraguaia terá que competir mais a nível internacional agora que estão entrando novos participantes nos mercados mais importantes do país, como Rússia e Chile, disse o presidente da Câmara de Carne da Associação Rural do Paraguai, Carlos Pereira.
Os frigoríficos paraguaios tiveram que reduzir drasticamente o abate de animais devido à redução das vendas de carne no exterior. No entanto, acreditam que se recuperarão.
"De acordo com o que sabemos sobre o tema da carne a nível mundial, mantém-se - o valor -, mas o que está ocorrendo é que de repente a demanda está mudando pela entrada de novos atores em diferentes mercados", disse Pereira.
Ele disse que a entrada de novos participantes, como Argentina, que começa a voltar ao mercado internacional, e do Brasil, que começa a entrar no Chile de novo, além de Austrália e Estados Unidos, que também estão competindo no Chile, dificulta a situação para o Paraguai.
Pereira disse que o maior impacto é para os frigoríficos, que já tinham planos e fizeram investimentos de expansão, e que esse cenário pode afetar seu movimento comercial. Pelo menos quatro indústrias frigoríficas paraguaias já solicitaram a suspensão ou redução de suas jornadas de trabalho devido à drástica redução dos abates de animais como conseqüência da baixa nas exportações.
Apesar de neste ano o Paraguai ter conseguido superar seu recorde histórico de exportação de carne, chegando a mais de US$ 630 milhões, as vendas aos principais mercados como Rússia e Chile caíram em até 80%, deixando a indústria em uma situação difícil.
Consultado sobre se a crise dos EUA também afeta o prognóstico das exportações de carne, Pereira disse que o efeito na produção pecuária propriamente dita não será tão grave. "O que ocorre é que o ciclo de produção pecuária é de médio e longo prazo. Isso ocorre hoje - pela crise -, mas a médio e longo prazo deverá se recuperar porque o mundo precisa de proteínas e nós temos a habilidade de produção de proteínas, seja de carnes ou agrícola e à medida que cresce a população, há necessidade de mais alimentos".
A reportagem é do ABC Color, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint".
"A carne paraguaia terá que competir mais a nível internacional agora que estão entrando novos participantes nos mercados mais importantes do país, como Rússia e Chile, disse o presidente da Câmara de Carne da Associação Rural do Paraguai, Carlos Pereira.
Os frigoríficos paraguaios tiveram que reduzir drasticamente o abate de animais devido à redução das vendas de carne no exterior. No entanto, acreditam que se recuperarão.
"De acordo com o que sabemos sobre o tema da carne a nível mundial, mantém-se - o valor -, mas o que está ocorrendo é que de repente a demanda está mudando pela entrada de novos atores em diferentes mercados", disse Pereira.
Ele disse que a entrada de novos participantes, como Argentina, que começa a voltar ao mercado internacional, e do Brasil, que começa a entrar no Chile de novo, além de Austrália e Estados Unidos, que também estão competindo no Chile, dificulta a situação para o Paraguai.
Pereira disse que o maior impacto é para os frigoríficos, que já tinham planos e fizeram investimentos de expansão, e que esse cenário pode afetar seu movimento comercial. Pelo menos quatro indústrias frigoríficas paraguaias já solicitaram a suspensão ou redução de suas jornadas de trabalho devido à drástica redução dos abates de animais como conseqüência da baixa nas exportações.
Apesar de neste ano o Paraguai ter conseguido superar seu recorde histórico de exportação de carne, chegando a mais de US$ 630 milhões, as vendas aos principais mercados como Rússia e Chile caíram em até 80%, deixando a indústria em uma situação difícil.
Consultado sobre se a crise dos EUA também afeta o prognóstico das exportações de carne, Pereira disse que o efeito na produção pecuária propriamente dita não será tão grave. "O que ocorre é que o ciclo de produção pecuária é de médio e longo prazo. Isso ocorre hoje - pela crise -, mas a médio e longo prazo deverá se recuperar porque o mundo precisa de proteínas e nós temos a habilidade de produção de proteínas, seja de carnes ou agrícola e à medida que cresce a população, há necessidade de mais alimentos".
A reportagem é do ABC Color, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint".
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Inadiplência de Frigoríficos
Puclicado no site Beef Pointo (www.beefpoint.com.br):
"A menor oferta de crédito já começa a dar sinais dos seus efeitos na economia real. De acordo com o Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC), está aumentando a inadimplência de frigoríficos pequenos e médios no pagamento pelo boi ao pecuarista.
Segundo Sebastião Guedes, presidente do CNPC, até o ano passado, o índice de não-pagamentos estava em torno de 5%, veio avançando para níveis próximos de 8% até antes do agravamento da crise financeira e atualmente está entre 15% e 20%. "Esse tipo de problema ocorre com frigoríficos de menor porte e principalmente em novas fronteiras da pecuária, como no Pará e em Rondônia, onde a relação entre produtor e indústria não é muito sólida", acrescenta.
Carlos Xavier, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), diz que há 15 dias os frigoríficos iniciaram atrasos no pagamento de pecuaristas, mas, segundo ele, não atinge, ainda, atrasos alarmantes. "São frigoríficos que compram com prazo de 30 a 35 dias e, quando o pecuarista vai receber, eles empurram o prazo por mais 3 a 4 dias", relata Xavier.
Em Goiás, Mozart Carvalho de Assis, presidente da Comissão da Pecuária de Corte da Federação da Agricultura do estado, afirmou que, além da inadimplência dos frigoríficos Margem e Quatro Marcos, já conhecida do mercado, os pecuaristas também estão tendo problemas com uma indústria de menor porte do município de Goiás Velho. "Estamos todos tomando medidas de precaução. Quem antes vendia 200 bois em um único lote está liberando, aos poucos, algo como 50 animais, e somente depois do pagamento do lote anterior", afirma.
De acordo com Guedes, do CNPC, não há relatos de atraso de pagamento por parte de grandes frigoríficos. "Eles apenas estão pedindo mais prazo."
Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), diz que é perceptível o fim da modalidade de pagamento à vista entre os grandes frigoríficos. "Os juros, que também eram de 2%, estão agora no patamar de 4%", complementa. O frigorífico Minerva, que antes do agravamento da crise comprava um terço da matéria-prima com pagamento à vista, anunciou na semana passada que suspendeu essa modalidade e somente pagará boi com 30 dias de prazo.
A combinação de encolhimento de crédito e mercado muito instável resulta em problemas na estrutura de capital de giro dos frigoríficos, explica Sérgio De Zen, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). "Alguns frigoríficos estão endividados, mas conseguiram negociar e postergar a dívida para vencer em cinco a dez anos. Mas muitos frigoríficos não têm as mesmas condições de negociação, como os menores, que têm mais dificuldades nesse mercado", complementa De Zen.
A matéria é de Fabiana Batista, publicada na Gazeta Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint".
"A menor oferta de crédito já começa a dar sinais dos seus efeitos na economia real. De acordo com o Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC), está aumentando a inadimplência de frigoríficos pequenos e médios no pagamento pelo boi ao pecuarista.
Segundo Sebastião Guedes, presidente do CNPC, até o ano passado, o índice de não-pagamentos estava em torno de 5%, veio avançando para níveis próximos de 8% até antes do agravamento da crise financeira e atualmente está entre 15% e 20%. "Esse tipo de problema ocorre com frigoríficos de menor porte e principalmente em novas fronteiras da pecuária, como no Pará e em Rondônia, onde a relação entre produtor e indústria não é muito sólida", acrescenta.
Carlos Xavier, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), diz que há 15 dias os frigoríficos iniciaram atrasos no pagamento de pecuaristas, mas, segundo ele, não atinge, ainda, atrasos alarmantes. "São frigoríficos que compram com prazo de 30 a 35 dias e, quando o pecuarista vai receber, eles empurram o prazo por mais 3 a 4 dias", relata Xavier.
Em Goiás, Mozart Carvalho de Assis, presidente da Comissão da Pecuária de Corte da Federação da Agricultura do estado, afirmou que, além da inadimplência dos frigoríficos Margem e Quatro Marcos, já conhecida do mercado, os pecuaristas também estão tendo problemas com uma indústria de menor porte do município de Goiás Velho. "Estamos todos tomando medidas de precaução. Quem antes vendia 200 bois em um único lote está liberando, aos poucos, algo como 50 animais, e somente depois do pagamento do lote anterior", afirma.
De acordo com Guedes, do CNPC, não há relatos de atraso de pagamento por parte de grandes frigoríficos. "Eles apenas estão pedindo mais prazo."
Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), diz que é perceptível o fim da modalidade de pagamento à vista entre os grandes frigoríficos. "Os juros, que também eram de 2%, estão agora no patamar de 4%", complementa. O frigorífico Minerva, que antes do agravamento da crise comprava um terço da matéria-prima com pagamento à vista, anunciou na semana passada que suspendeu essa modalidade e somente pagará boi com 30 dias de prazo.
A combinação de encolhimento de crédito e mercado muito instável resulta em problemas na estrutura de capital de giro dos frigoríficos, explica Sérgio De Zen, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). "Alguns frigoríficos estão endividados, mas conseguiram negociar e postergar a dívida para vencer em cinco a dez anos. Mas muitos frigoríficos não têm as mesmas condições de negociação, como os menores, que têm mais dificuldades nesse mercado", complementa De Zen.
A matéria é de Fabiana Batista, publicada na Gazeta Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint".
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Crise Financeira Deve Afetar Safra de 2009
A matéria a seguir foi publicada no site Suinocultura Industrial (www.suinoculturaindustrial.com.br):
"Os efeitos da crise financeira mundial na atividade do agronegócio brasileiro serão sentidos em 2009. O alerta é do coordenador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo(USP), o economista Geraldo Barros. Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, ele ressaltou que caso o governo não tome as medidas necessárias, o agricultor brasileiro que fez investimentos em 2008, por conta do cenário positivo do primeiro semestre, vai sentir o “baque”, sobretudo, nos preços das commodities.
“Este ano, tivemos uma safra importante, com um saldo significativo, e vamos sentir mais os efeitos nos preços das nossas matérias primas, que estão caindo. O faturamento vai ficar prejudicado em relação às expectativas que tínhamos de crescimento próximo a 10%. Infelizmente, essa crise pode frustrar as expectativas”, disse o economista.
Para Geraldo Barros, o “fantasma da crise mundial” tem se mostrado presente no país. “Na hora de vender, os preços vão estar deteriorados. O mercado vai estar com um grande volume de produção e sem uma capacidade de escoamento em recursos para adquirir essa safra e movimentá-la. O risco é ter uma grande quantidade de produção a preços baixos e o produtor tendo que se desfazer dela logo na boca da safra, sem condições de armazenar e negociando devagar a sua safra”, afirmou Barros.
O economista da USP, acha, entretanto, que a situação pode ser encarada como “fazer do limão uma limonada”, uma vez que o Brasil possui terra, minérios, petróleo e água a seu favor. Para Barros o Brasil possui “todas as bases” para se tornar líder assim que a crise for superada.
“O que nós temos que fazer é administrar bem esse processo aqui, dar uma arrumada na casa, tornar o nosso governo mais capaz de investir – o que é nossa limitação: investimentos em infra-estrutura, logística e energia – para prepararmos o terreno, usarmos com sabedoria os recursos naturais que temos e ocuparmos o papel de liderança mundial que temos pela frente.”
A curto prazo, segundo Barros, o consumidor brasileiro vai ser beneficiado pela queda dos preços das commodities".
"Os efeitos da crise financeira mundial na atividade do agronegócio brasileiro serão sentidos em 2009. O alerta é do coordenador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo(USP), o economista Geraldo Barros. Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, ele ressaltou que caso o governo não tome as medidas necessárias, o agricultor brasileiro que fez investimentos em 2008, por conta do cenário positivo do primeiro semestre, vai sentir o “baque”, sobretudo, nos preços das commodities.
“Este ano, tivemos uma safra importante, com um saldo significativo, e vamos sentir mais os efeitos nos preços das nossas matérias primas, que estão caindo. O faturamento vai ficar prejudicado em relação às expectativas que tínhamos de crescimento próximo a 10%. Infelizmente, essa crise pode frustrar as expectativas”, disse o economista.
Para Geraldo Barros, o “fantasma da crise mundial” tem se mostrado presente no país. “Na hora de vender, os preços vão estar deteriorados. O mercado vai estar com um grande volume de produção e sem uma capacidade de escoamento em recursos para adquirir essa safra e movimentá-la. O risco é ter uma grande quantidade de produção a preços baixos e o produtor tendo que se desfazer dela logo na boca da safra, sem condições de armazenar e negociando devagar a sua safra”, afirmou Barros.
O economista da USP, acha, entretanto, que a situação pode ser encarada como “fazer do limão uma limonada”, uma vez que o Brasil possui terra, minérios, petróleo e água a seu favor. Para Barros o Brasil possui “todas as bases” para se tornar líder assim que a crise for superada.
“O que nós temos que fazer é administrar bem esse processo aqui, dar uma arrumada na casa, tornar o nosso governo mais capaz de investir – o que é nossa limitação: investimentos em infra-estrutura, logística e energia – para prepararmos o terreno, usarmos com sabedoria os recursos naturais que temos e ocuparmos o papel de liderança mundial que temos pela frente.”
A curto prazo, segundo Barros, o consumidor brasileiro vai ser beneficiado pela queda dos preços das commodities".
Coreia do Sul Aprova Frigoríficos do Paraná e Santa Catarina
Matéria Publicada em Portal do agronegócio (www.portaldoagronegocio.com.br):
"Inspetores do Ministério de Agricultura da Coréia do Sul aprovaram as condições estruturais e sanitárias de seis plantas frigoríficas de carne de frango em Santa Catarina e Paraná. A habilitação desses estabelecimentos depende de documento de homologação das autoridades sul-coreanas.
O prazo médio para concluir o processo é de 30 dias. Dos aprovados, quatro são de Santa Catarina e os outros dois do Paraná. O Brasil tem, atualmente, oito plantas frigoríficas habilitadas a vender carne de frango in natura àquele mercado, habilitadas em 2005 e 2006 - sendo duas no Paraná".
"Inspetores do Ministério de Agricultura da Coréia do Sul aprovaram as condições estruturais e sanitárias de seis plantas frigoríficas de carne de frango em Santa Catarina e Paraná. A habilitação desses estabelecimentos depende de documento de homologação das autoridades sul-coreanas.
O prazo médio para concluir o processo é de 30 dias. Dos aprovados, quatro são de Santa Catarina e os outros dois do Paraná. O Brasil tem, atualmente, oito plantas frigoríficas habilitadas a vender carne de frango in natura àquele mercado, habilitadas em 2005 e 2006 - sendo duas no Paraná".
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Esquerda e Direita (Governo x Oposição)
O texto que anexo em segui foi publicado pelo jornalista Reinaldo Azevedo em seu blog (http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/),ele comenta sobre o debate realizado na noite de domingo 12/10/2008 na rede bandeirantes entre os candidatos a prefeito de São Paulo, Marta Suplicy (PT) e o atual prefeito Gilberto Kassab (DEM), sei que essa matéria foge do tema desse blog, mas creio que esse texto tem uma riqueza em enorme em relação ao que acontece em relação ao governo do Brasil. Leiam:
"Sim, assisti ao debate de ontem da Band. Mesmo com regras rígidas, um tanto chatinhas, fica mais agradável de ver quando o embate se dá apenas entre dois candidatos. Temos — o jornalismo — de procurar uma maneira que impeça a mentira e o ludíbrio: “Fiz isso e aquilo...” Se não fez, a obrigação do jornalismo é informar o telespectador. Mas como? Não sei — o que não quer dizer que não haja uma resposta.
Quem ganhou? Bem, como sempre, isso fica por conta das pesquisas de opinião. Eu acho que Gilberto Kassab (DEM) teve uma atuação superior à de Marta Suplicy (PT). Parece que sopraram ao ouvido da candidata que a única chance de reverter o quadro é abusando da agressividade. E ela foi fundo. Vai funcionar? Os petistas, aliás, estavam em pé de guerra. O prefeito pediu, e obteve, direito de resposta: a ex-prefeita chamara o adversário de mentiroso ao menos três vezes. É algo injurioso — não uma divergência. A petista também reivindicou o seu tempo, que lhe foi negado. Ela desandou a gritar. Seus partidários também. No intervalo, petistas chegaram a acusar o mediador Boris Casoy de “vendido”. Carlos Zarattini, coordenador da campanha de Marta, afirmou aos berros que havia “falcatrua” no debate. É mais uma face do petismo quando em desvantagem.
Preconceito, pelo visto, tornou-se a tônica da campanha petista. Marta dedicou-se a satanizar o DEM, partido do Kassab, que, segundo ela, está desaparecendo no Brasil inteiro. A legenda está prestes a conquistar a prefeitura da maior cidade do país. Mesmo fora do poder federal há seis anos, conquistou 495 prefeituras, apenas 53 a menos do que o superpoderoso PT. Se ganhar em São Paulo, governará uma população e um orçamento superior à soma das seis capitais onde os petistas venceram. Não só: as vitórias mais expressivas do PT se deram em cidades pequenas do Norte e Nordeste — justamente nos grotões. E o grande eleitor do petismo foi um neocoronel chamado Bolsa Família — perverso como todos os coronéis.
Marta investe no preconceito. Afinal, qual é o problema do DEM?
- O partido foi pego extorquindo bicheiro?
- O partido promoveu o mensalão?
- O partido foi pego com dólares na cueca?
- O partido foi flagrado com uma mala de dinheiro tentando comprar um dossiê falso para fraudar uma eleição?
- O partido usou a Casa Civil para montar um dossiê contra adversários políticos?
- O partido promoveu a quebra ilegal do sigilo de um pobre caseiro?
- O partido mantinha em Brasília uma casa de prazeres & negócios, onde São Jorge costuma ser exibido de ponta-cabeça?
- O partido tem algum figurão cujo filho recebeu R$ 10 milhões de uma empresa concessionária de serviço público, de que o BNDES é sócio?
- O partido recebeu dólares de Cuba?
- O partido recebeu recursos das Farc?
- O partido deu a Petrobras de presente para um índio de araque?
- O partido endossa os regimes de força da Bolívia, da Venezuela e do Equador?
- O partido mudou uma lei só para beneficiar uma empresa gigante da telefonia?
- O partido tentou instaurar a censura no país?
- O partido puxa o saco de tudo quanto é ditadura no mundo?
- O partido deu emprego para a mulher de um narcoterrorista?
- O partido apóia uma organização narcoterrorita enquanto trata a pontapés o país que os terroristas ameaçam?
Convenham! Se o DEM tivesse feito tudo isso, deveria ter sido extinto, e seus dirigentes mereceriam estar atrás das grades".
"Sim, assisti ao debate de ontem da Band. Mesmo com regras rígidas, um tanto chatinhas, fica mais agradável de ver quando o embate se dá apenas entre dois candidatos. Temos — o jornalismo — de procurar uma maneira que impeça a mentira e o ludíbrio: “Fiz isso e aquilo...” Se não fez, a obrigação do jornalismo é informar o telespectador. Mas como? Não sei — o que não quer dizer que não haja uma resposta.
Quem ganhou? Bem, como sempre, isso fica por conta das pesquisas de opinião. Eu acho que Gilberto Kassab (DEM) teve uma atuação superior à de Marta Suplicy (PT). Parece que sopraram ao ouvido da candidata que a única chance de reverter o quadro é abusando da agressividade. E ela foi fundo. Vai funcionar? Os petistas, aliás, estavam em pé de guerra. O prefeito pediu, e obteve, direito de resposta: a ex-prefeita chamara o adversário de mentiroso ao menos três vezes. É algo injurioso — não uma divergência. A petista também reivindicou o seu tempo, que lhe foi negado. Ela desandou a gritar. Seus partidários também. No intervalo, petistas chegaram a acusar o mediador Boris Casoy de “vendido”. Carlos Zarattini, coordenador da campanha de Marta, afirmou aos berros que havia “falcatrua” no debate. É mais uma face do petismo quando em desvantagem.
Preconceito, pelo visto, tornou-se a tônica da campanha petista. Marta dedicou-se a satanizar o DEM, partido do Kassab, que, segundo ela, está desaparecendo no Brasil inteiro. A legenda está prestes a conquistar a prefeitura da maior cidade do país. Mesmo fora do poder federal há seis anos, conquistou 495 prefeituras, apenas 53 a menos do que o superpoderoso PT. Se ganhar em São Paulo, governará uma população e um orçamento superior à soma das seis capitais onde os petistas venceram. Não só: as vitórias mais expressivas do PT se deram em cidades pequenas do Norte e Nordeste — justamente nos grotões. E o grande eleitor do petismo foi um neocoronel chamado Bolsa Família — perverso como todos os coronéis.
Marta investe no preconceito. Afinal, qual é o problema do DEM?
- O partido foi pego extorquindo bicheiro?
- O partido promoveu o mensalão?
- O partido foi pego com dólares na cueca?
- O partido foi flagrado com uma mala de dinheiro tentando comprar um dossiê falso para fraudar uma eleição?
- O partido usou a Casa Civil para montar um dossiê contra adversários políticos?
- O partido promoveu a quebra ilegal do sigilo de um pobre caseiro?
- O partido mantinha em Brasília uma casa de prazeres & negócios, onde São Jorge costuma ser exibido de ponta-cabeça?
- O partido tem algum figurão cujo filho recebeu R$ 10 milhões de uma empresa concessionária de serviço público, de que o BNDES é sócio?
- O partido recebeu dólares de Cuba?
- O partido recebeu recursos das Farc?
- O partido deu a Petrobras de presente para um índio de araque?
- O partido endossa os regimes de força da Bolívia, da Venezuela e do Equador?
- O partido mudou uma lei só para beneficiar uma empresa gigante da telefonia?
- O partido tentou instaurar a censura no país?
- O partido puxa o saco de tudo quanto é ditadura no mundo?
- O partido deu emprego para a mulher de um narcoterrorista?
- O partido apóia uma organização narcoterrorita enquanto trata a pontapés o país que os terroristas ameaçam?
Convenham! Se o DEM tivesse feito tudo isso, deveria ter sido extinto, e seus dirigentes mereceriam estar atrás das grades".
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Dolar alto! Bom ou ruim?
No momento a expectativa é grande em relação a qualquer mudança da economia, mas com a desvalorização do real o pecuarista pode ter ao menos uma certeza, as vendas de carne do Brasil seguirão em alta, veja a matéria publicada no site Portal do Agronegócio (www.portaldoagronegocio.com.br) hoje (08/10/2008) ás 08:56, "A média histórica de US$22,00 a US$25,00 ficou bem para trás. "Na verdade, este ano, o boi do Brasil (tomando São Paulo como referência) chegou a registrar picos ao redor de US$60,00/@. Dessa forma, se tornou um dos mais “caros” do planeta, bem acima dos vizinhos de América do Sul e bastante próximo das cotações de EUA e Europa", informa a Scot Consultoria.
Nos últimos meses, porém, em função de fatores que a mídia tem noticiado dia e noite, o real entrou em rota de desvalorização. A alta do dólar foi de 22% em 30 dias.
Dessa forma, o boi do Brasil já retornou aos mesmos patamares de vizinhos como Uruguai e Paraguai, concorrentes diretos em vários mercados, informam os analistas. "É fato que a cotação argentina segue bastante competitiva. Mas justamente porque o governo local tem segurado as exportações. Portanto, se o país não está exportando, deixa de ser concorrente. Pode ter o preço que quiser", comentam.
"É verdade também que a crise financeira iniciada nos EUA, e que agora já acomete a economia “real” em nível global, deve afetar negativamente o crescimento do consumo e, conseqüentemente, os preços da carne bovina no mercado internacional", destacam os analistas.
No entanto, é preciso considerar, de acordo com os analistas:
Primeiro, que guinada do câmbio, ao menos por enquanto, compensa esse movimento. Além de melhorar a margem do exportador, aumenta a atratividade da carne nacional frente aos concorrentes, o que pode favorecer a procura mesmo em períodos de consumo menos aquecido.
Segundo, ainda que de forma mais comedida (principalmente nesses próximos 2 anos), o consumo mundial de carne bovina deve se manter em crescimento. E o destaque são os emergentes, grupo do qual o Brasil faz parte (e o mercado interno ainda é o nosso maior mercado) e do qual pertencem os principais importadores da carne brasileira (destaque para a Rússia e países do Oriente Médio).
"Por fim, do lado da oferta, a Austrália acredita em retração da produção em 2009, o Uruguai está com dificuldades de expansão, a Europa está em recessão, os norte-americanos estão descartando vacas e reduzindo o volume de cabeças confinadas e, mesmo aqui no Brasil, a retomada dos investimentos ainda não foi suficiente para compensar mais de três anos de abate de matrizes", opinam os analistas.
Portanto, mesmo com crise, o cenário ainda é favorável (ou menos desfavorável) à carne bovina brasileira, concluem os analistas".
Nos últimos meses, porém, em função de fatores que a mídia tem noticiado dia e noite, o real entrou em rota de desvalorização. A alta do dólar foi de 22% em 30 dias.
Dessa forma, o boi do Brasil já retornou aos mesmos patamares de vizinhos como Uruguai e Paraguai, concorrentes diretos em vários mercados, informam os analistas. "É fato que a cotação argentina segue bastante competitiva. Mas justamente porque o governo local tem segurado as exportações. Portanto, se o país não está exportando, deixa de ser concorrente. Pode ter o preço que quiser", comentam.
"É verdade também que a crise financeira iniciada nos EUA, e que agora já acomete a economia “real” em nível global, deve afetar negativamente o crescimento do consumo e, conseqüentemente, os preços da carne bovina no mercado internacional", destacam os analistas.
No entanto, é preciso considerar, de acordo com os analistas:
Primeiro, que guinada do câmbio, ao menos por enquanto, compensa esse movimento. Além de melhorar a margem do exportador, aumenta a atratividade da carne nacional frente aos concorrentes, o que pode favorecer a procura mesmo em períodos de consumo menos aquecido.
Segundo, ainda que de forma mais comedida (principalmente nesses próximos 2 anos), o consumo mundial de carne bovina deve se manter em crescimento. E o destaque são os emergentes, grupo do qual o Brasil faz parte (e o mercado interno ainda é o nosso maior mercado) e do qual pertencem os principais importadores da carne brasileira (destaque para a Rússia e países do Oriente Médio).
"Por fim, do lado da oferta, a Austrália acredita em retração da produção em 2009, o Uruguai está com dificuldades de expansão, a Europa está em recessão, os norte-americanos estão descartando vacas e reduzindo o volume de cabeças confinadas e, mesmo aqui no Brasil, a retomada dos investimentos ainda não foi suficiente para compensar mais de três anos de abate de matrizes", opinam os analistas.
Portanto, mesmo com crise, o cenário ainda é favorável (ou menos desfavorável) à carne bovina brasileira, concluem os analistas".
Crise ainda não afeta a pecuária
O site Beef Point (www.beefpoint.com.br) publicou ontem (07/10/2008) a seguinte matéria:
"O boi gordo continua imune à crise que atinge a cotação das commodities agrícolas. Em São Paulo, o preço da arroba valorizou-se 1,5% desde o início de setembro e a carne bovina no atacado paulista subiu ainda mais, 5%, batendo recordes nominais sucessivos, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
Enquanto isso, as cotações internas de soja e milho caíram 3,36% e 6,5%, respectivamente, o que deve contribuir para pressionar para baixo o custo de produção de carnes, principalmente de frango e suíno.
"Esse cenário externo negativo não afetou a economia real, até o momento. Ainda não sentimos queda da demanda, tanto no mercado interno quanto no externo", afirma Sérgio De Zen, pesquisador do Cepea.
Apesar da demanda ainda não ter sido afetada, a falta de crédito aos frigoríficos pode mudar esse cenário positivo para o setor, na avaliação de Roberto Giannetti da Fonseca, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne. "Os frigoríficos usam os recursos do Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) para pagar o pecuarista pelo boi. Esse dinheiro irriga o setor. Se ele não estiver disponível, pode haver pressão sobre o preço da arroba", avalia Gianetti. Segundo ele, a falta de crédito para exportação pode também limitar o acesso dos frigoríficos exportadores ao bom momento do câmbio.
Já a carne suína apresenta elevações de preços antecipadas. Na avaliação de Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carne Suína (Abipecs) o cenário se deve à melhora dos preços no mercado internacional e do equilíbrio da oferta interna. "Não está sobrando carne. E a alta do boi também vem puxando o preço das outras carnes", afirma.
Assim, o final do ano, que já é considerado o melhor momento de preços para a carne suína, deve, neste ano, ser ainda melhor, segundo ele. "Esse aumento de preço em setembro e outubro é indicativo de demanda aquecida, de melhora de renda. Só que esse aumento de consumo costuma acontecer somente a partir de novembro, o que indica que teremos um fim de ano ainda melhor". Apesar de não ter os dados precisos, o dirigente da Abipecs acredita em uma elevação do consumo per capita de carne suína de 12,5 quilos por habitante por ano para 14 quilos.
A matéria é de Fabiana Batista, publicada na Gazeta Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint".
"O boi gordo continua imune à crise que atinge a cotação das commodities agrícolas. Em São Paulo, o preço da arroba valorizou-se 1,5% desde o início de setembro e a carne bovina no atacado paulista subiu ainda mais, 5%, batendo recordes nominais sucessivos, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
Enquanto isso, as cotações internas de soja e milho caíram 3,36% e 6,5%, respectivamente, o que deve contribuir para pressionar para baixo o custo de produção de carnes, principalmente de frango e suíno.
"Esse cenário externo negativo não afetou a economia real, até o momento. Ainda não sentimos queda da demanda, tanto no mercado interno quanto no externo", afirma Sérgio De Zen, pesquisador do Cepea.
Apesar da demanda ainda não ter sido afetada, a falta de crédito aos frigoríficos pode mudar esse cenário positivo para o setor, na avaliação de Roberto Giannetti da Fonseca, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne. "Os frigoríficos usam os recursos do Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) para pagar o pecuarista pelo boi. Esse dinheiro irriga o setor. Se ele não estiver disponível, pode haver pressão sobre o preço da arroba", avalia Gianetti. Segundo ele, a falta de crédito para exportação pode também limitar o acesso dos frigoríficos exportadores ao bom momento do câmbio.
Já a carne suína apresenta elevações de preços antecipadas. Na avaliação de Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carne Suína (Abipecs) o cenário se deve à melhora dos preços no mercado internacional e do equilíbrio da oferta interna. "Não está sobrando carne. E a alta do boi também vem puxando o preço das outras carnes", afirma.
Assim, o final do ano, que já é considerado o melhor momento de preços para a carne suína, deve, neste ano, ser ainda melhor, segundo ele. "Esse aumento de preço em setembro e outubro é indicativo de demanda aquecida, de melhora de renda. Só que esse aumento de consumo costuma acontecer somente a partir de novembro, o que indica que teremos um fim de ano ainda melhor". Apesar de não ter os dados precisos, o dirigente da Abipecs acredita em uma elevação do consumo per capita de carne suína de 12,5 quilos por habitante por ano para 14 quilos.
A matéria é de Fabiana Batista, publicada na Gazeta Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint".
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Paraguai quer Exportar Carne para China
A seguinte reportagem foi publicada no site Beef Point (www.beefpoint.com.br)
"Empresários do setor de carnes do Paraguai estão analisando a possibilidade de exportar produtos para o mercado chinês. Isso foi anunciado pela presidente da Câmara Paraguaia de Carne, Maris Llorens, que se reuniu com o presidente paraguaio, Fernando Lugo.
'O presidente da República está pensando na abertura da China, pois estamos muito preocupados pela redução das compras de nossa carne pelo Chile e pela Rússia, países que eram os maiores compradores do produto. O setor vive um momento difícil e não vemos uma saída pronta', disse ela.
Llorens disse que as exportações de carne do Paraguai ao Chile e à Rússia caíram em 80% e as indústrias frigoríficas estão trabalhando com apenas metade de sua capacidade.
A reportagem é do La Nación, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint".
"Empresários do setor de carnes do Paraguai estão analisando a possibilidade de exportar produtos para o mercado chinês. Isso foi anunciado pela presidente da Câmara Paraguaia de Carne, Maris Llorens, que se reuniu com o presidente paraguaio, Fernando Lugo.
'O presidente da República está pensando na abertura da China, pois estamos muito preocupados pela redução das compras de nossa carne pelo Chile e pela Rússia, países que eram os maiores compradores do produto. O setor vive um momento difícil e não vemos uma saída pronta', disse ela.
Llorens disse que as exportações de carne do Paraguai ao Chile e à Rússia caíram em 80% e as indústrias frigoríficas estão trabalhando com apenas metade de sua capacidade.
A reportagem é do La Nación, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint".
Louco Mercado Agrícola
No post anterior eu comentei como há uma preocupação no ar devido a crise econômica mundial, e apesar do nosso presidente insistir em dizer que a crise do Bush não chegará ao nosso país é claro e óbvio que o Brasil será atingido sim, e já está sendo, só cego não enxergaria. Mas um ponto é muito importante, a demanda mundial por alimentos continua e isso não deve sofrer queda, tendo em vista que a diminuição que deveria ocorrer, já houve no momento em que os preços das commodities estavam lá no céu. Agora está acontecendo o contrário, não só os preços dos cereais caíram muito, como também o preço do petróleo, ajudando assim a exportação atual e nos contratos de futuro do Brasil.
O preço da carne vai se mantendo alto como é de praxe ocorrer no semestre final de todos os anos, ainda mais com a abertura que estamos vendo para o mercado europeu, mas o preço não deve atingir o pico que se esperava. Quem faz a engorda de gado no confinamento terá bons motivos para comemorar, não só pela baixa no preço dos insumos como também o bom preço de venda do gado.
A situação mais difícil será mesmo para o produtor de soja e milho, nesse caso os insumos estão em alta e forte, diferente do preço do grão, e o crédito que o governo libera é de acesso difícil, quem tem dívidas não consegue ter crédito, e acaba “sobrando” grande parte desses recursos, como na safra 2006/2007 sobrou 2 bilhões de reais e na safra seguinte 2007/2008 a sobra alcançou 5 bilhões de reais. Do que adianta crédito se não é disponível a quem precisa?
O preço da carne vai se mantendo alto como é de praxe ocorrer no semestre final de todos os anos, ainda mais com a abertura que estamos vendo para o mercado europeu, mas o preço não deve atingir o pico que se esperava. Quem faz a engorda de gado no confinamento terá bons motivos para comemorar, não só pela baixa no preço dos insumos como também o bom preço de venda do gado.
A situação mais difícil será mesmo para o produtor de soja e milho, nesse caso os insumos estão em alta e forte, diferente do preço do grão, e o crédito que o governo libera é de acesso difícil, quem tem dívidas não consegue ter crédito, e acaba “sobrando” grande parte desses recursos, como na safra 2006/2007 sobrou 2 bilhões de reais e na safra seguinte 2007/2008 a sobra alcançou 5 bilhões de reais. Do que adianta crédito se não é disponível a quem precisa?
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Tempos Incertos
Preocupação com um novo cenário na economia mundial, e o produtor brasileiro tem motivos para se preocupar. Os preços das commodities vêm caindo e como sempre, isso não irá ser igual para os insumos agrícolas. Essa é uma combinação muito prejudicial, é tudo o que agricultor não quer.
O governo na tentativa de tranqüilizar um pouco a situação e manter a sua prestigiosa aprovação popular, anunciou o adiantamento de 5 bilhões que estavam previstos para o financiamento do crédito rural para o ano que vem. Mas isso não parece ser suficiente segundo a maioria dos analistas do ramo.
O grande problema é que o custo vai seguir alto e na venda o produtor não conseguirá bons preços da safra.
Por isso a importância de cautela em tempos de crise e poucas previsões. A verdade é que no momento ninguém arrisca fazer muitos prognósticos.
O governo na tentativa de tranqüilizar um pouco a situação e manter a sua prestigiosa aprovação popular, anunciou o adiantamento de 5 bilhões que estavam previstos para o financiamento do crédito rural para o ano que vem. Mas isso não parece ser suficiente segundo a maioria dos analistas do ramo.
O grande problema é que o custo vai seguir alto e na venda o produtor não conseguirá bons preços da safra.
Por isso a importância de cautela em tempos de crise e poucas previsões. A verdade é que no momento ninguém arrisca fazer muitos prognósticos.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Torturante Ironia
É impressionante como nosso governo não para de nos surpreender, e juntamente com sua tropa de ministros aumenta o coro de suas inquietas lambanças. Como diz a letra de Orestes Barbosa e Silvio Caldas em Torturante Ironia...”Porque a canção mais aflita / É a forma que há mais bonita / Da gente poder chorar”.
Na louca gana de fazer alguma coisa barulhenta e chamativa Carlos Minc (Ministro do Meio Ambiente) divulgou semana passada uma lista dos cem maiores desmatadores da floresta amazônica, e “sem querer” colocou o próprio governo na "ponta da faca", é simplesmente o maior dos desmatadores. E o pior de tudo é que essa lista existia há sete mesês. Que dizer, por que só agora? Não sei se dou risada ou choro.
Segue a matéria da Folha, “O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) reconheceu nesta terça-feira que divulgou a lista dos 100 maiores desmatadores da floresta amazônica sem ler o documento --no qual o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) lidera a relação.
"Não li [o documento] nem [chequei] porque não sou fiscal e confio nos órgãos [do Ministério do Meio Ambiente, no caso o Ibama]. A lista estava pronta há sete meses e eu disse que era divulgar", afirmou ele.
Segundo o ministro, o relatório foi elaborado pelo Ibama sem sua interferência. Para pôr um fim no impasse que gerou um mal-estar entre os Ministérios do Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário, além do Incra, Minc abriu hoje prazo de 20 dias para a apresentação de recursos contra os processos envolvendo os órgãos federais.
De acordo com Minc, esse prazo deverá ser utilizado pelo Incra para que possa recorrer às multas aplicadas ao órgão em decorrência das denúncias de desmatamento na floresta amazônica. O ministro disse que neste período os especialistas examinarão todos os pontos argumentados para evitar injustiças.
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, a multa mais elevada que será cobrada aos desmatadores deve ser aplicada ao Incra, no valor de R$ 50 milhões, e a menor é de R$ 197 mil, que deverá ser paga por uma pessoa física.
O presidente do Incra, Half Hachbart, já sinalizou que o Incra deverá recorrer às multas. Ele terá o apoio do ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) que julgou incorretos os dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente.
Nesta segunda-feira, Minc e Cassel tentaram desfazer publicamente o mal-estar envolvendo os dois. Cassel chegou a anunciar que Minc deverá elaborar uma nova relação de desmatadores. Mas o ministro do Meio Ambiente disse apenas que estava disposto a corrigir distorções e eventuais erros, caso sejam comprovados os equívocos.
Concluindo, é uma eterna contradição esse governo, que se elegeu pelo seu “socialismo” e até então é o governo que mais se tem denúncia de corrupção, é o governo que caça quem denuncia ou divulga notícias de suas negociatas, assim como aquele coitado caseiro que testemunhou contra o ministro Palocci. Entre tantas outras barbaridades cometidas.
Na louca gana de fazer alguma coisa barulhenta e chamativa Carlos Minc (Ministro do Meio Ambiente) divulgou semana passada uma lista dos cem maiores desmatadores da floresta amazônica, e “sem querer” colocou o próprio governo na "ponta da faca", é simplesmente o maior dos desmatadores. E o pior de tudo é que essa lista existia há sete mesês. Que dizer, por que só agora? Não sei se dou risada ou choro.
Segue a matéria da Folha, “O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) reconheceu nesta terça-feira que divulgou a lista dos 100 maiores desmatadores da floresta amazônica sem ler o documento --no qual o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) lidera a relação.
"Não li [o documento] nem [chequei] porque não sou fiscal e confio nos órgãos [do Ministério do Meio Ambiente, no caso o Ibama]. A lista estava pronta há sete meses e eu disse que era divulgar", afirmou ele.
Segundo o ministro, o relatório foi elaborado pelo Ibama sem sua interferência. Para pôr um fim no impasse que gerou um mal-estar entre os Ministérios do Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário, além do Incra, Minc abriu hoje prazo de 20 dias para a apresentação de recursos contra os processos envolvendo os órgãos federais.
De acordo com Minc, esse prazo deverá ser utilizado pelo Incra para que possa recorrer às multas aplicadas ao órgão em decorrência das denúncias de desmatamento na floresta amazônica. O ministro disse que neste período os especialistas examinarão todos os pontos argumentados para evitar injustiças.
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, a multa mais elevada que será cobrada aos desmatadores deve ser aplicada ao Incra, no valor de R$ 50 milhões, e a menor é de R$ 197 mil, que deverá ser paga por uma pessoa física.
O presidente do Incra, Half Hachbart, já sinalizou que o Incra deverá recorrer às multas. Ele terá o apoio do ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) que julgou incorretos os dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente.
Nesta segunda-feira, Minc e Cassel tentaram desfazer publicamente o mal-estar envolvendo os dois. Cassel chegou a anunciar que Minc deverá elaborar uma nova relação de desmatadores. Mas o ministro do Meio Ambiente disse apenas que estava disposto a corrigir distorções e eventuais erros, caso sejam comprovados os equívocos.
Concluindo, é uma eterna contradição esse governo, que se elegeu pelo seu “socialismo” e até então é o governo que mais se tem denúncia de corrupção, é o governo que caça quem denuncia ou divulga notícias de suas negociatas, assim como aquele coitado caseiro que testemunhou contra o ministro Palocci. Entre tantas outras barbaridades cometidas.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Queda do preço da carne afeta exportações paraguaias
Matéria publicada no site Beef Point (www.beefpoint.com.br) 24/09/2008
A saturação de carne no mercado internacional, o alto nível de estoque e a recuperação das exportações de carne do Brasil provocaram uma diminuição do preço da carne no exterior, o que afetou também diretamente as vendas paraguaias do setor.
Atualmente, a carne paraguaia é comercializada a menos de US$ 5.000 a tonelada no mercado chileno, o que representa uma queda de mais de 20% segundo os exportadores. Além disso, eles disseram que a crise financeira dos Estados Unidos não está relacionada com a diminuição dos preços.
A presidente da Mesa Setorial de Carne e Couro, Maris Llorens, disse que a desvalorização da carne destinada ao mercado chileno se deve a outras questões. Para ela, a saturação do mercado e o alto estoque do produto a nível mundial são os fatores pelos quais os frigoríficos paraguaios se viram forçados a diminuir os preços para não perder mercados.
Além da saturação de mercados, as vendas ao Chile foram afetadas pela entrada de um grande volume de carne proveniente do Brasil e da Austrália, fato que obrigou os frigoríficos paraguaios a diminuir o preço para menos de US$ 5.000 por tonelada. Também foi registrado no último mês uma diminuição do consumo de carne no mercado chileno e tem aumentado o consumo de produtos alternativos, como o frango, de acordo com o porta-voz de um dos principais exportadores de carne do Paraguai.
O Paraguai é atualmente o principal fornecedor de carne ao Chile. Até agora neste ano, o país vendeu para o Chile 27.243 toneladas de carne, o que representa 56,1% do mercado global.
Esta notícia da queda dos preços internacionais da carne pode favorecer a intenção dos setores privados e públicos que têm iniciado negociações com os pecuaristas e frigoríficos a fim de baixar o alto preço dos cortes no mercado local paraguaio. Há duas semanas, chegaram a um acordo para reduzir os preços de alguns cortes, mas os consumidores, apoiados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, reclamam que a campanha se estenda a cortes de primeira qualidade.
A reportagem é do jornal La Nación, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
A saturação de carne no mercado internacional, o alto nível de estoque e a recuperação das exportações de carne do Brasil provocaram uma diminuição do preço da carne no exterior, o que afetou também diretamente as vendas paraguaias do setor.
Atualmente, a carne paraguaia é comercializada a menos de US$ 5.000 a tonelada no mercado chileno, o que representa uma queda de mais de 20% segundo os exportadores. Além disso, eles disseram que a crise financeira dos Estados Unidos não está relacionada com a diminuição dos preços.
A presidente da Mesa Setorial de Carne e Couro, Maris Llorens, disse que a desvalorização da carne destinada ao mercado chileno se deve a outras questões. Para ela, a saturação do mercado e o alto estoque do produto a nível mundial são os fatores pelos quais os frigoríficos paraguaios se viram forçados a diminuir os preços para não perder mercados.
Além da saturação de mercados, as vendas ao Chile foram afetadas pela entrada de um grande volume de carne proveniente do Brasil e da Austrália, fato que obrigou os frigoríficos paraguaios a diminuir o preço para menos de US$ 5.000 por tonelada. Também foi registrado no último mês uma diminuição do consumo de carne no mercado chileno e tem aumentado o consumo de produtos alternativos, como o frango, de acordo com o porta-voz de um dos principais exportadores de carne do Paraguai.
O Paraguai é atualmente o principal fornecedor de carne ao Chile. Até agora neste ano, o país vendeu para o Chile 27.243 toneladas de carne, o que representa 56,1% do mercado global.
Esta notícia da queda dos preços internacionais da carne pode favorecer a intenção dos setores privados e públicos que têm iniciado negociações com os pecuaristas e frigoríficos a fim de baixar o alto preço dos cortes no mercado local paraguaio. Há duas semanas, chegaram a um acordo para reduzir os preços de alguns cortes, mas os consumidores, apoiados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, reclamam que a campanha se estenda a cortes de primeira qualidade.
A reportagem é do jornal La Nación, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Bom Cliente Porém Exigente
A Comissão da União Européia aprovou medidas para endurecer os critérios usados para abate de animais no Brasil, eles querem que " bovinos, suínos e aves sejam abatidos de forma que não sofram". Para que essas medidas sejam aprovadas é necessário que os 27 países sancionem, Neil Parish presidente do Comitê Agricola do Parlamento Europeu comemorou a decisão, é claro que ele está muito preocupado com o sofrimento dos animais brasileiros. A noticia foi dada pela Agencia Estado.
O Brasil tem que acatar essas baboseiras todas que os europeus dizem e entender de uma única forma: O cliente sempre tem a razão!! Temos que produzir a melhor carne, temos que ter o melhor sistema de produção e rastreamento, melhor abate e logística de exportação. E temos visto que as empresas que estão nessa corrente tem feito isso, queremos e precisamos exportar para a U.E, são os melhores clientes, eles que pagam o melhor preço, estarão sempre cobrando mais e mais qualidade de nossos produtos.
Os produtores brasileiros estão acostumados a lutar contra grandes dificuldades, quando se compara com americanos e europeus que recebem grandes incentivos governamentais, o brasileiro sempre brigou com as dificuldades naturais e ao contrário de nossos colegas estrangeiros, o nosso governo nem sempre toma decisões que facilite a saúde financeira dos agricultores.
O Brasil tem que acatar essas baboseiras todas que os europeus dizem e entender de uma única forma: O cliente sempre tem a razão!! Temos que produzir a melhor carne, temos que ter o melhor sistema de produção e rastreamento, melhor abate e logística de exportação. E temos visto que as empresas que estão nessa corrente tem feito isso, queremos e precisamos exportar para a U.E, são os melhores clientes, eles que pagam o melhor preço, estarão sempre cobrando mais e mais qualidade de nossos produtos.
Os produtores brasileiros estão acostumados a lutar contra grandes dificuldades, quando se compara com americanos e europeus que recebem grandes incentivos governamentais, o brasileiro sempre brigou com as dificuldades naturais e ao contrário de nossos colegas estrangeiros, o nosso governo nem sempre toma decisões que facilite a saúde financeira dos agricultores.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Crise Americana e Produtor Brasileiro
A seguinte matéria foi publicada no site Beef Point dia 22/09/2008 (www.beefpoint.com.br):
Economia: produtor ainda não sentiu efeitos da crise
O momento sólido da economia brasileira minimizou os efeitos da crise norte-americana dos últimos dias no agronegócio. A quebra de uma grande instituição financeira e o socorro governamental a outras duas empresas, que afetaram economias no mundo, não causaram impacto no mercado dos produtos agrícolas e os preços permaneceram estáveis.
A soja e milho não tiveram alteração no mercado interno após a turbulência no mercado americano. A soja esta semana ficou no patamar dos R$ 46,00 a saca. O milho oscilou entre R$ 20,00 e R$ 21,00, também estável.
Para os analistas, a crise preocupa vários setores e repercute em economias em todo o mundo, seja nos países centrais ou nos emergentes. Segundo Flávio Turra, gerente técnico econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), produtores vão se ressentir da redução no ritmo de crescimento no mundo. ''Haverá diminuição pela demanda de alimentos e isso vai impactar as economias dos países produtores'', avalia.
A curto prazo, o Brasil não deve sentir efeitos negativos, em função da boa situação econômica e de reservas cambiais. Mas segundo Turra, os impactos vão atingir o setor em dois ou três meses, sobretudo no mercado externo. ''Nessa época haverá a percepção da retração da economia dos países compradores dos produtos brasileiros'', diz o técnico. Dessa forma, os preços serão menores, o que acabará neutralizando os ganhos que os exportadores terão com a movimentação do câmbio dos últimos dias. A médio prazo poderá haver também evasão de recursos, com reflexos no câmbio.
A crise norte-americana pode afetar também os rumos da próxima safra. Flávio Turra avalia que poderá haver diminuição nos investimentos, o que interferiria diretamente na produtividade. Isto porque, segundo ele, parte dos recursos é captada no exterior e terá custo maior, o que fatalmente irá aumentar a dívida dos produtores.
A matéria é de Raquel de Carvalho, publicada na Folha de Londrina, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.
Economia: produtor ainda não sentiu efeitos da crise
O momento sólido da economia brasileira minimizou os efeitos da crise norte-americana dos últimos dias no agronegócio. A quebra de uma grande instituição financeira e o socorro governamental a outras duas empresas, que afetaram economias no mundo, não causaram impacto no mercado dos produtos agrícolas e os preços permaneceram estáveis.
A soja e milho não tiveram alteração no mercado interno após a turbulência no mercado americano. A soja esta semana ficou no patamar dos R$ 46,00 a saca. O milho oscilou entre R$ 20,00 e R$ 21,00, também estável.
Para os analistas, a crise preocupa vários setores e repercute em economias em todo o mundo, seja nos países centrais ou nos emergentes. Segundo Flávio Turra, gerente técnico econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), produtores vão se ressentir da redução no ritmo de crescimento no mundo. ''Haverá diminuição pela demanda de alimentos e isso vai impactar as economias dos países produtores'', avalia.
A curto prazo, o Brasil não deve sentir efeitos negativos, em função da boa situação econômica e de reservas cambiais. Mas segundo Turra, os impactos vão atingir o setor em dois ou três meses, sobretudo no mercado externo. ''Nessa época haverá a percepção da retração da economia dos países compradores dos produtos brasileiros'', diz o técnico. Dessa forma, os preços serão menores, o que acabará neutralizando os ganhos que os exportadores terão com a movimentação do câmbio dos últimos dias. A médio prazo poderá haver também evasão de recursos, com reflexos no câmbio.
A crise norte-americana pode afetar também os rumos da próxima safra. Flávio Turra avalia que poderá haver diminuição nos investimentos, o que interferiria diretamente na produtividade. Isto porque, segundo ele, parte dos recursos é captada no exterior e terá custo maior, o que fatalmente irá aumentar a dívida dos produtores.
A matéria é de Raquel de Carvalho, publicada na Folha de Londrina, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Governo zera alíquota de importação de minerais
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior decidiu incluir o fosfato bicálcico, o ácido fosfórico (matéria-prima fundamental para a produção do fosfato bicálcico) e o
ácido sulfúrico na lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, com alíquota zero. Estes produtos servem de matéria-prima para a fabricação da suplementação mineral da alimentação animal e do adubo fosfatado, cujos preços em alta vêm contribuindo significativamente para o aumento dos custos da
produção agropecuária. Sem concorrência no mercado, os aumentos dos preços desses insumos atingem diretamente o custo da nutrição animal e das lavouras.
Para o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, esta decisão contribuirá para o aumento das importações de fosfato bicálcico, ácido fosfórico e do ácido sulfúrico, aumentando a concorrência e reduzindo os preços dos produtos. Na sua opinião, “se trata de uma medida decisiva nesse momento em que o custo de produção vem subindo substancialmente”. Os preços do sal mineral, de
fundamental importância para os ganhos de produtividade da pecuária de leite, praticamente dobraram desde novembro do ano passado, aumentando de R$ 25,00 para R$ 50,00 a saca. A razão destes aumentos está relacionada diretamente à elevação dos preços do fosfato bicálcico, responsável por 60% dos custos do sal mineral.
O fosfato bicálcico é a fonte mais utilizada de fósforo, pois é a mais facilmente disponível para a absorção dos animais. Outras fontes possíveis de serem usadas são o fosfato de rocha, menos palatável que o fosfato bicálcico e possui 30% a menos de P, além do super fosfato triplo, que possui quantidade elevada de flúor,
elemento tóxico aos bovinos. Por esse motivo, a CNA e o MAPA se empenharam na inclusão dessas matériasprimas na lista de exceção da TEC do Mercosul, com alíquota zero, pois facilita as importações do ácido fosfórico e fosfato bicálcico de fora do Mercosul, que até agora entravam no País com alíquotas de 4% e 10%, respectivamente.
O aquecimento da demanda mundial por ácido fosfórico foi o principal responsável pelos aumentos do sal mineral, que subiu 80% de outubro de 2007 a fevereiro deste ano, segundo dados dos Ativos da Pecuária de Leite da CNA. O fato de 90% da produção de ácido fosfórico ser utilizada pelos fertilizantes, restando apenas
10% para uso em alimentação animal e humana, agrava ainda mais a situação. Mas também estão previstas altas semelhantes para os fertilizantes à base de fósforo.
Desde novembro de 2007, o preço do fosfato bicálcico mais do que dobrou, passando de R$ 800,00 a tonelada para R$ 2.100,00 a tonelada. Os maiores consumidores mundiais de fosfato bicálcico são China, Índia, Estados Unidos e Brasil, que adquirem o produto do Marrocos, Rússia, Tunísia e Jordânia. Não há previsão de aumento
da oferta mundial em curto prazo, pois as jazidas existentes já atingiram 95% da capacidade de produção e novas jazidas levariam, no mínimo, quatro anos para se habilitarem a entrar em funcionamento.
O Brasil poderia produzir mais fosfato, pois possui reservas de 261,6 milhões de toneladas, pequenas se comparadas às 21 bilhões de toneladas do Marrocos. Entretanto, grande parte da rocha brasileira tem baixa concentração de fósforo, 3% contra 30% da marroquina, o que freqüentemente torna sua extração antieconômica, frente aos investimentos exigidos. Com informações da CNA.
Notícia publicada em: 29/08/2008
Esta notícia foi publicada no http://www.pecuaria.com.br
ácido sulfúrico na lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, com alíquota zero. Estes produtos servem de matéria-prima para a fabricação da suplementação mineral da alimentação animal e do adubo fosfatado, cujos preços em alta vêm contribuindo significativamente para o aumento dos custos da
produção agropecuária. Sem concorrência no mercado, os aumentos dos preços desses insumos atingem diretamente o custo da nutrição animal e das lavouras.
Para o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, esta decisão contribuirá para o aumento das importações de fosfato bicálcico, ácido fosfórico e do ácido sulfúrico, aumentando a concorrência e reduzindo os preços dos produtos. Na sua opinião, “se trata de uma medida decisiva nesse momento em que o custo de produção vem subindo substancialmente”. Os preços do sal mineral, de
fundamental importância para os ganhos de produtividade da pecuária de leite, praticamente dobraram desde novembro do ano passado, aumentando de R$ 25,00 para R$ 50,00 a saca. A razão destes aumentos está relacionada diretamente à elevação dos preços do fosfato bicálcico, responsável por 60% dos custos do sal mineral.
O fosfato bicálcico é a fonte mais utilizada de fósforo, pois é a mais facilmente disponível para a absorção dos animais. Outras fontes possíveis de serem usadas são o fosfato de rocha, menos palatável que o fosfato bicálcico e possui 30% a menos de P, além do super fosfato triplo, que possui quantidade elevada de flúor,
elemento tóxico aos bovinos. Por esse motivo, a CNA e o MAPA se empenharam na inclusão dessas matériasprimas na lista de exceção da TEC do Mercosul, com alíquota zero, pois facilita as importações do ácido fosfórico e fosfato bicálcico de fora do Mercosul, que até agora entravam no País com alíquotas de 4% e 10%, respectivamente.
O aquecimento da demanda mundial por ácido fosfórico foi o principal responsável pelos aumentos do sal mineral, que subiu 80% de outubro de 2007 a fevereiro deste ano, segundo dados dos Ativos da Pecuária de Leite da CNA. O fato de 90% da produção de ácido fosfórico ser utilizada pelos fertilizantes, restando apenas
10% para uso em alimentação animal e humana, agrava ainda mais a situação. Mas também estão previstas altas semelhantes para os fertilizantes à base de fósforo.
Desde novembro de 2007, o preço do fosfato bicálcico mais do que dobrou, passando de R$ 800,00 a tonelada para R$ 2.100,00 a tonelada. Os maiores consumidores mundiais de fosfato bicálcico são China, Índia, Estados Unidos e Brasil, que adquirem o produto do Marrocos, Rússia, Tunísia e Jordânia. Não há previsão de aumento
da oferta mundial em curto prazo, pois as jazidas existentes já atingiram 95% da capacidade de produção e novas jazidas levariam, no mínimo, quatro anos para se habilitarem a entrar em funcionamento.
O Brasil poderia produzir mais fosfato, pois possui reservas de 261,6 milhões de toneladas, pequenas se comparadas às 21 bilhões de toneladas do Marrocos. Entretanto, grande parte da rocha brasileira tem baixa concentração de fósforo, 3% contra 30% da marroquina, o que freqüentemente torna sua extração antieconômica, frente aos investimentos exigidos. Com informações da CNA.
Notícia publicada em: 29/08/2008
Esta notícia foi publicada no http://www.pecuaria.com.br
O Fim Justifica os Meios??
Vendo a alta do dólar nos últimos dias, me lembrei de uma vez que eu estava em Salvador, (na primeira Bienal da UNE, após aquela eu nunca mais fui a nenhuma Bienal da UNE, acho que não perdi nada interessante, a não ser que eu fosse um usuário de Canavis Sativa, bom isso é uma outra história), isso foi em fevereiro de 99, e naqueles dias eu lembro que houve uma alta impressionante do dólar, não estou bem certo quanto por cento subiu, mas o que mais me marcou foi a comemoração dos petistas e simpatizantes, vibravam como uma torcida num estádio, e diziam que “eles” haviam dito que o Plano Real era um plano eleitoreiro de FHC, e que não iria adiante. Não conto essa feita pra mostrar o quanto estavam errados com relação ao Plano Real, mas sim pra enfatizar o quanto essa turma de companheiros não se importa com o que venha acontecer com o país, nem com o povo (povão mesmo, que trabalha e paga todas as lambanças dos politiqueiros), fazem as associações com fulanos e cicranos tipo Marcos Valério e companhia, o importante pra eles é que cheguem ao poder, não importa a que preço, e farão de tudo pra se manter lá (assim como qualquer politiqueiro “elite”), o objetivo é ser Fidel Castro. O que fazem na oposição é criticar muito, enquanto o dinheiro está na mão da “elite”, porque assim que passa para as mãos dos “companheiros” ai tudo bem!!! Não sei de nada....não vi nada!!!!
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
O Obstáculo da Falta de Infra-estrutura do País
O Brasil há tempos vem tendo um crescimento aquém do esperado, e um dos principais motivos sem dúvida é a falta de infra-estrutura. O agronegócio, grande responsável pelo aumento no PIB brasileiro, poderia colaborar muito mais se tivesse melhores condições de logística e armazenamento. Vejamos um exemplo numa matéria publicada no site “Beef Point (www.beefpoint.com.br)” nessa sexta feira (12/09/2008):
“A maior "safrinha" de milho da história trouxe problemas aos produtores, sobretudo no Centro-Oeste. Com tanto grão colhido, alguns enfrentaram dificuldade de armazenagem. Teve gente que atrasou a colheita, para esperar uma "vaga no armazém"; outros que deixaram o grão a céu aberto e aqueles que optaram por abrigá-lo em silos-bolsas... Teoricamente, se toda a safra da região precisasse ser armazenada, 7 milhões de toneladas ficariam sem lugar no Centro-Oeste - considerando os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Especialistas dizem que o ideal é que a capacidade estática seja 20% superior à colheita. Apenas de segunda safra de milho a região colheu 11 milhões de toneladas, 30% mais que na temporada passada. O diretor da Céleres, Leonardo Sologuren, afirma que a dificuldade de armazenagem pode forçar a venda do produto, pressionando o preço - atualmente a R$ 13 a saca.
A dificuldade também ocorreu em Mato Grosso. De acordo com Jaime Binsfeld, diretor-comercial da Fiagril, parte da produção ficou alguns dias à céu aberto.”
Esse problema tem uma solução que é uma participação maior do governo juntamente com o setor privado, facilitando o financiamento de obras específicas, mas a fome do governo por impostos e mais impostos dificulta essa abertura. Finalmente nós vimos essa história mudar um pouco nessa ultima semana, onde o governo firmou algumas propostas para facilitar financiamentos e posterior exploração pelo setor privado dessas benfeitorias. Na verdade é um problema que Fernando Henrique Cardoso resolveu em parte com as privatizações, mas jamais o atual governo aceitaria a palavra “privatização”.
“A maior "safrinha" de milho da história trouxe problemas aos produtores, sobretudo no Centro-Oeste. Com tanto grão colhido, alguns enfrentaram dificuldade de armazenagem. Teve gente que atrasou a colheita, para esperar uma "vaga no armazém"; outros que deixaram o grão a céu aberto e aqueles que optaram por abrigá-lo em silos-bolsas... Teoricamente, se toda a safra da região precisasse ser armazenada, 7 milhões de toneladas ficariam sem lugar no Centro-Oeste - considerando os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Especialistas dizem que o ideal é que a capacidade estática seja 20% superior à colheita. Apenas de segunda safra de milho a região colheu 11 milhões de toneladas, 30% mais que na temporada passada. O diretor da Céleres, Leonardo Sologuren, afirma que a dificuldade de armazenagem pode forçar a venda do produto, pressionando o preço - atualmente a R$ 13 a saca.
A dificuldade também ocorreu em Mato Grosso. De acordo com Jaime Binsfeld, diretor-comercial da Fiagril, parte da produção ficou alguns dias à céu aberto.”
Esse problema tem uma solução que é uma participação maior do governo juntamente com o setor privado, facilitando o financiamento de obras específicas, mas a fome do governo por impostos e mais impostos dificulta essa abertura. Finalmente nós vimos essa história mudar um pouco nessa ultima semana, onde o governo firmou algumas propostas para facilitar financiamentos e posterior exploração pelo setor privado dessas benfeitorias. Na verdade é um problema que Fernando Henrique Cardoso resolveu em parte com as privatizações, mas jamais o atual governo aceitaria a palavra “privatização”.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Agronegócio Impulsinona o PIB brasileiro. E o governo com isso?
Bom dia, o Site Suinocultura Industrial publicou uma matéria (muito boa) divulgando a influência do agronegócio no PIB brasileiro (segue uma parte da matéria):"Redação (10/09/2008)- A agropecuária foi a principal responsável pela elevação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre de 2008. Do ponto de vista da produção, o setor cresceu 3,8% em relação aos três primeiros meses do ano, acima da taxa de crescimento do PIB, que foi de 1,6% no mesmo período. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (10).
Na comparação com o segundo trimestre de 2007, o PIB cresceu 6,1% e, mais uma vez, o setor agropecuário foi destaque, com alta de 7,1%. Nos dois casos, a agropecuária ficou à frente de indústria e serviços, de acordo com o resultado das Contas Nacionais Trimestrais - Indicadores de Volume e Valores Correntes divulgadas".
Póis como vimos a matéria fala de como é importante o agronegócio para o nosso país, isso estamos cansado de ver, a cada ano só vem se mostrando mais eficiente. Agora eu pergunto: E o governo com isso? que se diz tão preocupado, que a cada ano aumenta (verdade) os "beneficícios" para os produtores, será que tem demostrado a merecida preocupação com os agricultores, ou está mais ocupado com a propaganda (eleições, reeleições ou ainda reeeleições sei lá...)?
Vejam os seguintes dados (gatos do nosso governo) que encontrei no Tribunal de contas:
Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, no ano de 2008 terá uma enorme e gorda verba de 2.107.859, 10 Reais. Já a Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária do MAPA, que é responsável pelo controle de doenças que tanto o Brasil se orgulha de dizer que está livre terá uma verba de 33.870.619,13 Reais e a Superitendencia do Desenvolvimento do Nordeste terá 5.413.446, 99 Reais, claro a agricultura do nordeste já é tão desenvolvida pra que mais do que isso né!? E ai achamos que a coisa tá boa, o governo ta investindo, mas quando verificamos por exemplo o que gastam somente com a publicidade é de ficar indignado, olhem só:
Matisse Comunicação de Marketing Ltda vai receber do governo nesse ano 24.040.087,25 Reais, Lew Lara Propaganda e Comunicação Ltda 15.921.603,28 Reais, 141 Brasil Comunicação Ltda 10.327.635,84 Reais, Propeg Comunicação Ltda 9.712.416,55 Reais, é mole!? Só essas quatro empresas somam 60.001.742,92 Reais.(Dados do TCU)
É isso é a distribuição de renda no nosso governo.
Na comparação com o segundo trimestre de 2007, o PIB cresceu 6,1% e, mais uma vez, o setor agropecuário foi destaque, com alta de 7,1%. Nos dois casos, a agropecuária ficou à frente de indústria e serviços, de acordo com o resultado das Contas Nacionais Trimestrais - Indicadores de Volume e Valores Correntes divulgadas".
Póis como vimos a matéria fala de como é importante o agronegócio para o nosso país, isso estamos cansado de ver, a cada ano só vem se mostrando mais eficiente. Agora eu pergunto: E o governo com isso? que se diz tão preocupado, que a cada ano aumenta (verdade) os "beneficícios" para os produtores, será que tem demostrado a merecida preocupação com os agricultores, ou está mais ocupado com a propaganda (eleições, reeleições ou ainda reeeleições sei lá...)?
Vejam os seguintes dados (gatos do nosso governo) que encontrei no Tribunal de contas:
Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, no ano de 2008 terá uma enorme e gorda verba de 2.107.859, 10 Reais. Já a Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária do MAPA, que é responsável pelo controle de doenças que tanto o Brasil se orgulha de dizer que está livre terá uma verba de 33.870.619,13 Reais e a Superitendencia do Desenvolvimento do Nordeste terá 5.413.446, 99 Reais, claro a agricultura do nordeste já é tão desenvolvida pra que mais do que isso né!? E ai achamos que a coisa tá boa, o governo ta investindo, mas quando verificamos por exemplo o que gastam somente com a publicidade é de ficar indignado, olhem só:
Matisse Comunicação de Marketing Ltda vai receber do governo nesse ano 24.040.087,25 Reais, Lew Lara Propaganda e Comunicação Ltda 15.921.603,28 Reais, 141 Brasil Comunicação Ltda 10.327.635,84 Reais, Propeg Comunicação Ltda 9.712.416,55 Reais, é mole!? Só essas quatro empresas somam 60.001.742,92 Reais.(Dados do TCU)
É isso é a distribuição de renda no nosso governo.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Ser Pecuarista na Amazônia
Ser Pecuarista na Amazônia ou simplesmente Amazônida não é fácil!
(Matéria publicada no site Beef Point "www.beefpoint.com.br", escrito por Gil Reis )
Gil Reis
Advogado e Apresentador de TV e vive na Amazônia há quase quarenta anos
Ser pecuarista na Amazônia não é uma das tarefas mais fáceis, principalmente agora que os governos os elegeram como "bola da vez".
Há alguns dias atrás um amigo, do Pará, que tem uma empresa de engenharia e também é pecuarista, queixando-se me disse:
- Gil não agüento mais tanta pressão, é o governo, o trânsito, os clientes, os operários e tudo mais, acho que vou largar tudo e mudar-me para a minha fazenda e dedicar-me a cuidar dos bois!
Ao que respondi de imediato,
- Amigo vá com calma, verifique primeiro se a fazenda ainda é sua ou se algum dia já foi sua.
Essa é a triste realidade do Estado do Pará, vários movimentos, autodenominados de "sem terras", invadem quase que diariamente as propriedades rurais.
Fala-se muito em desenvolvimento sustentável, contudo às vezes é muito difícil passar das idéias às ações. Tomemos como exemplo o Estado do Pará. Durante quase duas décadas o ITERPA, Instituto de Terras do Pará, deixou de emitir títulos de terra, não reconhece os títulos emitidos por cartórios antigos e ignora a propriedade de terras cuja posse, muitas vezes, ultrapassa 70 anos. A falta de títulos de propriedade emitidos por órgão competente enseja uma série de problemas, as terras ficam à mercê de invasores, grileiros e bandidos. Um programa, sério, de desenvolvimento sustentável passa, inevitavelmente pelo processo de Regularização Fundiária.
Não bastasse esse fato o Pecuarista é obrigado a desenvolver as suas pastagens e a criar o seu rebanho em apenas 20% de sua propriedade, em função da legislação ambiental, não vai aí nenhuma crítica à proteção ambiental e sim a forma que se quer proteger o meio ambiente.
Apesar de toda a perseguição a Pecuária do Pará desenvolveu-se nos últimos anos e possui, hoje, o invejável plantel de mais de 18.000.000 de cabeças, entretanto, a despeito do competente trabalho da ADEPARÁ que com a vacinação anual conseguiu erradicar a "aftosa", a carne produzida no Estado continua sofrendo com as barreiras sanitárias de alguns países.
A alternativa encontrada pela cadeia produtiva foi exportar o "boi em pé", ou seja o boi vivo, para países como Líbano e Venezuela e aí novo problema: - foi construído um logradouro turístico que abriga diversos restaurantes em área do porto de Belém (único porto destinado a cargas gerais) e em razão disso o Ministério Público moveu Ação pedindo a proibição do embarque do boi por causa do "mau cheiro", o Juiz do Feito concedeu a proibição.
O Pará tornou-se o maior exportador de gado vivo do Brasil, responsável por, aproximadamente, 97% das exportações e a reação veio de imediato, o Governo do Estado taxou a exportação do boi em R$ 22,00 reais por cabeça embarcada além de já cobrar o ICMS no transporte dos animais destinados a exportação, ambas são cobranças inconstitucionais.
Algumas organizações, não se sabe com que intenção, começaram a ocupar a mídia acusando a exportação do gado vivo como responsável pelo aumento do preço da carne e o povo, que não entende nada de economia rural, começa a acreditar na mentira:
- "O autor [da frase] não é bom, mas é verdade: uma mentira dita muitas vezes vira verdade". Frase de Goebels usada pelo Chanceler Celso Amorim
O que é terrível, uma vez que qualquer pessoa que entenda um pouquinho de Pecuária sabe que a exportação de boi vivo não está entre os motivos de aumento do preço da carne. Proporcionalmente ao abate a exportação de boi não é significativa. 2007 foi o ano recorde em exportação de gado e o Brasil exportou por volta de 1% do volume de abate.
Pesquisas, demonstram que a distorção no preço da carne não ocorre nem no Pecuarista nem no Frigorífico, muito menos por causa da exportação do gado vivo e sim na distribuição, alguns supermercados, de vários estados, chegam a aumentar o preço da carne fornecida pelos frigoríficos em índices que variam de 36,14% a 115,67%.
Notícias chegam que aquela organização internacional denominada "Greenpeace" estaria promovendo campanha contra os produtos amazônicos (que saudade da época na qual os estrangeiros eram proibidos de interferir na soberania dos países, isso não se trata de xenofobia e sim de auto defesa). O mundo deveria estar preocupado com o volume de recursos dessa organização (pela atuação e badalação o seu orçamento anual deve ser maior do que o de muitos países do chamado Terceiro Mundo) e do poder que ela vem adquirindo pretendendo tornar-se a consciência universal ecológica.
Para completar o Ministério de Meio Ambiente inventou a figura do "boi pirata". O assunto se não fosse tão trágico e perigoso para a propriedade privada seria cômico, o que deve achar o cidadão que de cadeia produtiva da pecuária só entende de comer o seu churrasco? Que se trata de um boi de perna de pau, muletas, tapa-olho e um papagaio no ombro ou boi falsificado?
Mas, deixemos de lado um pouco o Pecuarista da Amazônia e falemos desse tão sofrido povo que é o Amazônida, até para seguir o roteiro estabelecido pelo título deste artigo.
São 25.000.000 de brasileiros tentando sobreviver e desbravar uma das regiões mais difíceis e perigosas do mundo, a mor parte deles veio para cá atendendo ao apelo do Governo Federal: - "Integrar para não entregar", alguém lembra disso?
Fala-se muito em desmatamento, o que é inegável, todavia vamos as razões do fato:
- Onde o Brasil e o mundo acham que vivem os Amazônidas? Nas capitais da Amazônia? Ledo engano, boa parte dos 25.000.000 de habitantes da região vive no meio rural (o meio rural da Amazônia é a floresta) produzindo para o seu sustento e de sua família e, ainda, para alimentar o Brasil e o mundo.
Existem bandidos e irresponsáveis na Amazônia? Claro que sim, eles existem por igual no País inteiro.
Entretanto, os empresários e o povo da Amazônia são sérios, decentes e empreendedores, dotados de uma consciência de cidadania que desafia a de algumas regiões.
Fala-se muito em desmatamento, o que é inegável, entretanto é preciso que se diga que a Amazônia não é um território de loucos e desvairados que querem destruir as suas próprias terras e se for observado com bastante cuidado o mapa do desmatamento verificar-se-á que o aumento e o descontrole deu-se com o advento dos tais "sem terras" que invadem as propriedades destruindo-as e devastando as reservas florestais exigidas por lei.
O Amazônida vive acuado e perseguido por milhares de ONGS internacionais, por um Parlamento e um Governo Federal, ambos muito imaginativos, intervencionistas, cheios de "boas intenções" e sem qualquer noção do que é viver e sobreviver na Amazônia e, ainda, sob a exploração de um "imperialismo brasileiro" que só vê na região riquezas a ser exploradas.
Existem conflitos agrários com morte? Claro que existem como também existem conflitos com morte por cachaça, por mulher, por honra e tudo mais, aqui é área de colonização, para cá vieram pessoas boas e pessoas más.
O Governo Federal tem intervindo na Amazônia a seu bel prazer como se a região fosse o quintal da casa dos Governantes da hora, tem criado reservas de todos os títulos e aí se configura a reforma agrária como um mito, o Amazonida que deseja ter a sua terrinha aguarda, até hoje, que Brasília um dia pense em uma reserva para efeito de reforma agrária e assentamento dos (que fique bem claro) Amazônidas.
Quando falo de Amazônida falo também dos povos indígenas da Amazônia contra os quais o Governo vem, cruelmente, praticando "política de exclusão social" sob a capa de "reservas indígenas". Muito bonita a desculpa de preservação cultural deixando o índio em condições subhumanas de vida. A memória das pessoas é muito curta e o conhecimento da história do Brasil é inexistente, o brasileiro é o produto da mistura de europeus, índios e negros, aí está o belíssimo povo que surgiu, nem por isso deixamos esquecidas as nossas raízes culturais.
O Amazônida é o campeão mundial da preservação florestal, pasmem os senhores.
Há 60 anos o Brasil era detentor de apenas 7% de toda a floresta nativa do planeta terra, hoje possuímos 28%.
Depois de conversar com vários segmentos da sociedade Amazônica cheguei a conclusão que o Amazonida está disposto a encabeçar um grande movimento e constituir um "fundo" para iniciar um grande programa de reflorestamento dirigido à Grã Bretanha, Estados Unidos, França, Itália e outros países que ao longo dos últimos 60 anos devastaram as suas florestas.
Alguns colegas de imprensa têm badalado muito sobre a Amazônia e fica no ar a impressão que o Amazônida é perigoso devastador, desmatador, que é o inimigo. Vamos parar com isso, o Amazônida é um brasileiro como outro qualquer, apenas com coragem suficiente para viver e desenvolver a Amazônia.
Os Amazônidas pedem aquelas pessoas que habitam o nosso lindo planeta se abstenham de falar ou emitir juízo de valor sobre a região Amazônica e seu povo sem antes conhecê-los.
Falar de alguém ou de alguma coisa sem conhecimento de causa é pura "fofoca".
(Matéria publicada no site Beef Point "www.beefpoint.com.br", escrito por Gil Reis )
Gil Reis
Advogado e Apresentador de TV e vive na Amazônia há quase quarenta anos
Ser pecuarista na Amazônia não é uma das tarefas mais fáceis, principalmente agora que os governos os elegeram como "bola da vez".
Há alguns dias atrás um amigo, do Pará, que tem uma empresa de engenharia e também é pecuarista, queixando-se me disse:
- Gil não agüento mais tanta pressão, é o governo, o trânsito, os clientes, os operários e tudo mais, acho que vou largar tudo e mudar-me para a minha fazenda e dedicar-me a cuidar dos bois!
Ao que respondi de imediato,
- Amigo vá com calma, verifique primeiro se a fazenda ainda é sua ou se algum dia já foi sua.
Essa é a triste realidade do Estado do Pará, vários movimentos, autodenominados de "sem terras", invadem quase que diariamente as propriedades rurais.
Fala-se muito em desenvolvimento sustentável, contudo às vezes é muito difícil passar das idéias às ações. Tomemos como exemplo o Estado do Pará. Durante quase duas décadas o ITERPA, Instituto de Terras do Pará, deixou de emitir títulos de terra, não reconhece os títulos emitidos por cartórios antigos e ignora a propriedade de terras cuja posse, muitas vezes, ultrapassa 70 anos. A falta de títulos de propriedade emitidos por órgão competente enseja uma série de problemas, as terras ficam à mercê de invasores, grileiros e bandidos. Um programa, sério, de desenvolvimento sustentável passa, inevitavelmente pelo processo de Regularização Fundiária.
Não bastasse esse fato o Pecuarista é obrigado a desenvolver as suas pastagens e a criar o seu rebanho em apenas 20% de sua propriedade, em função da legislação ambiental, não vai aí nenhuma crítica à proteção ambiental e sim a forma que se quer proteger o meio ambiente.
Apesar de toda a perseguição a Pecuária do Pará desenvolveu-se nos últimos anos e possui, hoje, o invejável plantel de mais de 18.000.000 de cabeças, entretanto, a despeito do competente trabalho da ADEPARÁ que com a vacinação anual conseguiu erradicar a "aftosa", a carne produzida no Estado continua sofrendo com as barreiras sanitárias de alguns países.
A alternativa encontrada pela cadeia produtiva foi exportar o "boi em pé", ou seja o boi vivo, para países como Líbano e Venezuela e aí novo problema: - foi construído um logradouro turístico que abriga diversos restaurantes em área do porto de Belém (único porto destinado a cargas gerais) e em razão disso o Ministério Público moveu Ação pedindo a proibição do embarque do boi por causa do "mau cheiro", o Juiz do Feito concedeu a proibição.
O Pará tornou-se o maior exportador de gado vivo do Brasil, responsável por, aproximadamente, 97% das exportações e a reação veio de imediato, o Governo do Estado taxou a exportação do boi em R$ 22,00 reais por cabeça embarcada além de já cobrar o ICMS no transporte dos animais destinados a exportação, ambas são cobranças inconstitucionais.
Algumas organizações, não se sabe com que intenção, começaram a ocupar a mídia acusando a exportação do gado vivo como responsável pelo aumento do preço da carne e o povo, que não entende nada de economia rural, começa a acreditar na mentira:
- "O autor [da frase] não é bom, mas é verdade: uma mentira dita muitas vezes vira verdade". Frase de Goebels usada pelo Chanceler Celso Amorim
O que é terrível, uma vez que qualquer pessoa que entenda um pouquinho de Pecuária sabe que a exportação de boi vivo não está entre os motivos de aumento do preço da carne. Proporcionalmente ao abate a exportação de boi não é significativa. 2007 foi o ano recorde em exportação de gado e o Brasil exportou por volta de 1% do volume de abate.
Pesquisas, demonstram que a distorção no preço da carne não ocorre nem no Pecuarista nem no Frigorífico, muito menos por causa da exportação do gado vivo e sim na distribuição, alguns supermercados, de vários estados, chegam a aumentar o preço da carne fornecida pelos frigoríficos em índices que variam de 36,14% a 115,67%.
Notícias chegam que aquela organização internacional denominada "Greenpeace" estaria promovendo campanha contra os produtos amazônicos (que saudade da época na qual os estrangeiros eram proibidos de interferir na soberania dos países, isso não se trata de xenofobia e sim de auto defesa). O mundo deveria estar preocupado com o volume de recursos dessa organização (pela atuação e badalação o seu orçamento anual deve ser maior do que o de muitos países do chamado Terceiro Mundo) e do poder que ela vem adquirindo pretendendo tornar-se a consciência universal ecológica.
Para completar o Ministério de Meio Ambiente inventou a figura do "boi pirata". O assunto se não fosse tão trágico e perigoso para a propriedade privada seria cômico, o que deve achar o cidadão que de cadeia produtiva da pecuária só entende de comer o seu churrasco? Que se trata de um boi de perna de pau, muletas, tapa-olho e um papagaio no ombro ou boi falsificado?
Mas, deixemos de lado um pouco o Pecuarista da Amazônia e falemos desse tão sofrido povo que é o Amazônida, até para seguir o roteiro estabelecido pelo título deste artigo.
São 25.000.000 de brasileiros tentando sobreviver e desbravar uma das regiões mais difíceis e perigosas do mundo, a mor parte deles veio para cá atendendo ao apelo do Governo Federal: - "Integrar para não entregar", alguém lembra disso?
Fala-se muito em desmatamento, o que é inegável, todavia vamos as razões do fato:
- Onde o Brasil e o mundo acham que vivem os Amazônidas? Nas capitais da Amazônia? Ledo engano, boa parte dos 25.000.000 de habitantes da região vive no meio rural (o meio rural da Amazônia é a floresta) produzindo para o seu sustento e de sua família e, ainda, para alimentar o Brasil e o mundo.
Existem bandidos e irresponsáveis na Amazônia? Claro que sim, eles existem por igual no País inteiro.
Entretanto, os empresários e o povo da Amazônia são sérios, decentes e empreendedores, dotados de uma consciência de cidadania que desafia a de algumas regiões.
Fala-se muito em desmatamento, o que é inegável, entretanto é preciso que se diga que a Amazônia não é um território de loucos e desvairados que querem destruir as suas próprias terras e se for observado com bastante cuidado o mapa do desmatamento verificar-se-á que o aumento e o descontrole deu-se com o advento dos tais "sem terras" que invadem as propriedades destruindo-as e devastando as reservas florestais exigidas por lei.
O Amazônida vive acuado e perseguido por milhares de ONGS internacionais, por um Parlamento e um Governo Federal, ambos muito imaginativos, intervencionistas, cheios de "boas intenções" e sem qualquer noção do que é viver e sobreviver na Amazônia e, ainda, sob a exploração de um "imperialismo brasileiro" que só vê na região riquezas a ser exploradas.
Existem conflitos agrários com morte? Claro que existem como também existem conflitos com morte por cachaça, por mulher, por honra e tudo mais, aqui é área de colonização, para cá vieram pessoas boas e pessoas más.
O Governo Federal tem intervindo na Amazônia a seu bel prazer como se a região fosse o quintal da casa dos Governantes da hora, tem criado reservas de todos os títulos e aí se configura a reforma agrária como um mito, o Amazonida que deseja ter a sua terrinha aguarda, até hoje, que Brasília um dia pense em uma reserva para efeito de reforma agrária e assentamento dos (que fique bem claro) Amazônidas.
Quando falo de Amazônida falo também dos povos indígenas da Amazônia contra os quais o Governo vem, cruelmente, praticando "política de exclusão social" sob a capa de "reservas indígenas". Muito bonita a desculpa de preservação cultural deixando o índio em condições subhumanas de vida. A memória das pessoas é muito curta e o conhecimento da história do Brasil é inexistente, o brasileiro é o produto da mistura de europeus, índios e negros, aí está o belíssimo povo que surgiu, nem por isso deixamos esquecidas as nossas raízes culturais.
O Amazônida é o campeão mundial da preservação florestal, pasmem os senhores.
Há 60 anos o Brasil era detentor de apenas 7% de toda a floresta nativa do planeta terra, hoje possuímos 28%.
Depois de conversar com vários segmentos da sociedade Amazônica cheguei a conclusão que o Amazonida está disposto a encabeçar um grande movimento e constituir um "fundo" para iniciar um grande programa de reflorestamento dirigido à Grã Bretanha, Estados Unidos, França, Itália e outros países que ao longo dos últimos 60 anos devastaram as suas florestas.
Alguns colegas de imprensa têm badalado muito sobre a Amazônia e fica no ar a impressão que o Amazônida é perigoso devastador, desmatador, que é o inimigo. Vamos parar com isso, o Amazônida é um brasileiro como outro qualquer, apenas com coragem suficiente para viver e desenvolver a Amazônia.
Os Amazônidas pedem aquelas pessoas que habitam o nosso lindo planeta se abstenham de falar ou emitir juízo de valor sobre a região Amazônica e seu povo sem antes conhecê-los.
Falar de alguém ou de alguma coisa sem conhecimento de causa é pura "fofoca".
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Sejam Bem Vindos
Eu me chamo Elizeu Marcondes do Vale, sou Zootecnista e moro em Foz do Iguaçu no Paraná. Estou criando esse Blog trazendo uma oportunidade a mais para quem gosta do assunto nutrição animal e as políticas que influenciam nosso trabalho.Sou um apaixonado pela profissão, apesar de ter pouco tempo de atuação nesse mercado (3 anos), já atuei em empresas experientes no ramo.Hoje estou trabalhando na região da fronteira do Brasil com Paraguay, na verdade tenho trabalhado mesmo no Paraguay, é isso ai com os Brasiguaios, e o interessante é que daqui podemos ver as coisas de modo diferente, podemos analisar o mercado brasileiro pelo entrosamento e companheiros que ai estão, e vemos qual a opinião dos estrangeiros sobre o mercado e as condições do Brasil. E vejo que o Brasil vai muito bem, safras recordes, exportações de carne recordes (apesar de toda a politicagem que se esconde atrás de aftosa e similares), e apesar disso tudo sentimos que a situação poderia estar melhor, e por que não está? Culpa do governo? Cultura dos nossos produtores? Acho que não há um culpado ou responsável, claro que esses personagens são influenciadores diretos, mas acho que a situação do Brasil é uma questão de evolução natural, evolução da política, evolução da cultura de nosso povo, das novas tecnologias, da formação dos técnicos que estão levando ao campo o conhecimento dos centros de pesquisa, uma mudança lenta e geral.
É inegável que o nosso país está sim destinado a ser o grande produtor de alimento para o mundo, tem todas as condições para esse feito, tem até a função disso. Por isso não podemos perder tempo, ficar olhando o bonde passar, vamos arregaçar as mangas e fazer bem o nosso papel, cada um na sua função, mas com pensamento em fazer certo. Vamos deixar pra trás a cultura de que o esperto é o que trapaceia.
É inegável que o nosso país está sim destinado a ser o grande produtor de alimento para o mundo, tem todas as condições para esse feito, tem até a função disso. Por isso não podemos perder tempo, ficar olhando o bonde passar, vamos arregaçar as mangas e fazer bem o nosso papel, cada um na sua função, mas com pensamento em fazer certo. Vamos deixar pra trás a cultura de que o esperto é o que trapaceia.
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